4 de novembro de 2008

MAÇONARIA

J. Dominguez, M.D.[1]

Uma ordem secreta fraterna de maçons livres e aceitos, espalhada pelo Império Britânico, com cerca de 5 milhões de membros; 3 milhões nos Estados Unidos, com 250 mil na maçonaria negra “Salão do Príncipe” ["Prince Hall"] (rejeitada pela maioria das lojas brancas).
- Alguns Maçons a definem como “um belo sistema de moralidade fundamentada em alegorias e ilustradas por símbolos”. Também como “a realização de Deus pela prática da Fraternidade”: Alcançar a Deus fazendo boas obras para seu próximo.
A Maçonaria tem sido descrita como “a maior, mais rica, mais secreta e mais poderosa força privada no mundo”... e certamente, “a mais enganadora”, essa é a concepção do publico em geral e pelos 3 primeiros graus de “iniciados”: Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom (o básico da “Loja Azul”).

Estes Iniciados são propositadamente recebidos!, crendo que sabem tudo, embora não saibam algo sobre a verdadeira Maçonaria. Nas palavras de Albert Pike, cuja obra “Moral e Dogma” (Morals and Dogma) é o monitor padrão da Maçonaria e cópias são freqüentemente presenteadas aos membros, “os primeiros três graus são a corte externa do Templo. Parte dos símbolos são apresentados lá ao Iniciado, mas ele é intencionalmente enganado por falsas interpretações. Não há a intenção de que eles venham a compreender; porém tem-se a intenção de que ele imagine que entenderam... é suficiente para a massa dos chamados Maçons imaginar que tudo está contido nos Graus Azuis” (“Morals and Dogma”, p. 819).

Maçonaria: (do francês “pedreiro”, “operário em pedra”,) iniciou-se no século 13 como uma “União de Operários” dos construtores de catedrais para ajudar uns aos outros; era o “trabalho” ou a “maçonaria de operários”, encontrando-se nas “lojas”.

Franco-Maçonaria: com o declínio da construção de catedrais, algumas lojas de maçons operários começaram a aceitar membros honorários para sustentar sua membresia declinante ... e daí nasceu a “Franco-Maçonaria”, não para construir “catedrais”, mas para construir “catedrais de homens”, e “a catedral do mundo inteiro”... é a “maçonaria especulativa”, adotando os ritos e ornamentos de antigas religiões, ordens, seitas, o oculto e irmandades de cavalheiros.

Oficialmente, a Franco-Maçonaria nasceu em 1717, quando 4 Lojas reuniram-se na Taverna Macieira (Apple Tree Tavern) em Londres e prepararam uma constituição de Franco-Maçons e Aceitos, escrita por Anderson. Mas eles dizem que suas origens remotam ao Egito, Síria, Babilônia... e os escultores em pedra do Templo de Salomão, especialmente “Hirão Abiff” (1 Rs 7.13-14; 2 Cr 2.3-4), uma figura famosa por causa de sua morte causada por se recusar a revelar os segredos aos intrusos... o “Jesus Cristo” para muitos maçons... embora seja uma “ironia”, porque o Templo de Salomão não foi construído com pedras, mas com madeiras, trazidas por outro “Hirão”, o Rei de tiro (1 Rs 5.1-12).

SÍMBOLOS MAÇÔNICOS:
Emblema

Compasso e o esquadro formam o triângulo de Deus, com a letra “G” no centro, ou o “olho” de Deus... ou sob o topo de uma Bíblia aberta.

Eles são as três jóias indispensáveis de uma Loja, representando “igualdade, liberdade e fraternidade”.
O “compasso” é o elemento masculino, representa solidariedade, por fazer um círculo; o “esquadro”, o elemento feminino, representa justiça (retidão).
Os cinco pontos da “sociedade”:
“pé a pé”: para ajudar seu irmão.
“joelho a joelho”: orar por seu irmão.
“peito a peito” :guardar os segredos.
“mão para trás”: dar assistência ao irmão caído, e justificar seu caráter na ausência, assim como perante seu presença.
“Boca ao ouvido”: para sussurrar bons conselhos.
LOJAS E RITOS:
Existem “3 ritos” principais, com mais de 1.000 graus, sobreposto sobre 3 divisões maiores, variando de pais a país, com nenhuma autoridade central (Encyclopedia Britannica).
Eles se encontram em “Lojas”, com pelos menos 7 membros; cada Loja é a unidade básica da Maçonaria, com uma paróquia e supostamente ninguém possui um nível superior ao Mestre de sua Loja, nem mesmo o Grande Mestre. Uma “Grande Loja” em cada estado, com pelos menos 4 Lojas, é como uma “diocese”. Um “Grande Mestre” pelo jeito possui um nível superior a algum maçom do 33º grau. Em muitos países, Grandes Lojas são corpos nacionais, mas isso não funcionou nos Estados Unidos.

O básico da “Loja Azul”:
As Lojas Azuis são aquelas em que os 3 primeiros graus são conferidos: Aprendiz, Companheiro e o Mestre Maçom. Os 3 Graus usam aventais “azuis”, a cor oficial da Franco-Maçonaria, e a única forma apropriada de dirigir-se ao Mestre da Loja é “Venerável Mestre”.

1 – Rito Escocês:
Tem 33 graus, eles podem falar sobre política e religião na Loja e as Lojas têm uma organização geral, para agir com um todo. Ateus não são admitidos, como não são admitidos negros, mulheres, crianças e pessoas pobres.
O Grau 18, da “Rosa Cruz”, é “anti-cristão: o candidato tem de passar uma cruz sem Cristo, através do Calvário, da Ascensão e do Inferno, e o INRI[2] da cruz quer dizer ‘a natureza inteira renovada pelo fogo’”.
Somente cristãos podem alcançar os graus 18 ao 33, e o grau 30, “Cavaleiro Kadosh[3]” é mais anti-católico; a “vingança” é o motivo desse grau.
Os primeiros 3 graus vestem “aventais azuis”; do 4 ao 18, “aventais vermelhos”; 19 a 30 “aventais pretos” e do 31 ao 33 “aventais brancos”.
Existem 2 Jurisdições nos Estados Unidos:
1 – A “Norte”, norte de Ohio, com sede em Lexington, Massachusetts.
2 – A “Sul”, com 35 estados e sede em Washington, D.C., a mais abertamente anti-católica, fundadora da Ku-Klux-Klan, e publicadora da revista “New Age” (“Nova Era”).

2 – O “Rito de York” ou “Rito Americano”:
Com 10 graus, aqui não é concedido falar sobre política e religião nas Lojas. Os ateus não são admitidos, e recusam-se a admitir qualquer um, exceto Maçons Cristãos. Mulheres, crianças, negros e pobres não são admitidos.
No 7º grau, o do Real Arco, o nome do Deus da Maçonaria é revelado: “Jah-Bul-On”, que aglutina “Yahweh”, o Deus da Bíblia; “Baal”, o deus dos Assírios, um falso deus na Bíblia; e “On”, o deus-sol dos egípcios, Osíris.[4]

3 – O “Grande Oriente da França”:
Aqui, os ateus são aceitos. Começou quando Napoleão tentou unir e controlar as Lojas e Ritos diferentes através de seu filho José. Ele falhou, mas um novo Rito brando nasceu para acomodar os Positivistas e Ateus.
Os “negros” não eram permitidos na Maçonaria, porém mais tarde o “Salão do Príncipe” (“Prince Hall”) para negros foi criado, com 250.000 membros. Mas as Lojas dos Estados Unidos rejeitam a legitimidade das Lojas Maçônicas Negras (Encyclopedia Britannica).
“Organizações associadas”, também foram criadas para cuidar das parentas femininas dos Mestres Maçons na “Ordem da Estrela do Oriente”; para rapazes, a “Ordem de DeMolay” e a “Ordem dos Construtores”. Para garotas, a “Ordem das Filhas de Jó” e a “Ordem do Arco-Íris”... E ainda mais o “Santuário Branco”, conhecida por suas obras de caridades.

OS MAÇONS E O CRISTIANISMO:
Muitos líderes cristãos e muçulmanos proíbem a Franco-Maçonaria... porque é a sociedade secreta mais enganadora, como veremos a seguir:

Católicos:
Os Maçons foram excomungados da Igreja Católica por 8 Papas: Em 1738 por Clemente XII "In Eminenti", a primeira das 29 bulas contra a Franco-maçonaria. Pio IX emitiu 6 bulas contra a Maçonaria. Leão XIII, em 1884, em "Humanum Genus", e endossou a visão de que o “objetivo supremo real” dos maçons é “perseguir o Cristianismo com ódio indomado e que eles nunca descansarão até verem lançado em terra todas as instituições religiosas estabelecidas pelo Papa”... e por último, João Paulo II em 1983... Você não pode ser um católico e um maçom!
Se você quiser ser um maçom, você está automaticamente fora da Igreja Católica, excomungado! Estas são as palavras do Cardeal Ratzinger[5], aprovadas e ordenadas por João Paulo II em novembro de 1983: “O julgamento negativo da Igreja com relação a associações maçônicas permanece inalterado uma vez que seus princípios têm sido sempre irreconciliáveis com a doutrina da Igreja, e, portanto, os membros delas continuam proibidos. Os católicos que se arrolam em associações maçônicas estão em um estado de grave pecado e não podem receber a Santa Comunhão. Autoridades Eclesiásticas Locais não têm a faculdade de pronunciar um julgamento sobre a natureza das associações maçônicas que possam incluir a diminuição do julgamento acima mencionado”.

Batistas
Líderes batistas têm se referido a ela como “uma irmandade pecaminosa das trevas satânica”; “há uma incompatibilidade inerente [própria] entre a Maçonaria e a fé cristã”; “existe um grande perigo de que o Maçom Cristão possa encontrar-se comprometendo sua fidelidade a Jesus” (União Batista da Escócia, 1965).

Luteranos
Os Luteranos dizem: “A Maçonaria resulta em idolatria” (Sínodo de Missouri, EUA, 1959).

Presbiterianos
“A Maçonaria é uma instituição religiosa e como tal é definitivamente anti-cristã” (Assembléia Geral, Rochester, EUA, 1942).

Igreja da Inglaterra (Anglicana)
“Há várias razões fundamentais à questão da compatibilidade da Franco-maçonaria com o Cristianismo (Sínodo Geral, Londres, 1987... e vários membros do comitê eram Maçons!).

Igreja Ortodoxa Russa
“Qualquer Ortodoxo que se junta a Maçonaria perde todos os direitos e privilégios de sua membresia na Igreja” (Acker, “Strange Altars” [“Altares Estranhos”], página 60).

Metodistas
“Existe um grande perigo de que o cristão que se torna um franco-maçom se encontrará comprometendo suas crenças cristãs. Os Metodistas não devem tornar-se maçons” (Assembléia Geral, Londres, 1985).
... No entanto, muitos maçons são Protestantes brancos, e alguns são Católicos e Ortodoxos!

BELOS “PRINCÍPIOS”... E O “ENGANO”:
Os aparentes “princípios” da Maçonaria são belos e muitos maçons são bons, honestos, enganados na superfície da Irmandade, especialmente nos três primeiros graus Maçons, que constitui a maioria deles!... que, nas palavras de Albert Pike, já citadas, “eles são intencionalmente iludidos por falsas interpretações” (p. 129).
Para ser aceito como um Maçom, você tem de crer na “paternidade de Deus, na irmandade dos homens e na imortalidade da alma”. E isto é belo, porém como um chocolate com veneno mortal dentro, porque terminará roubando suas crenças cristãs, muçulmanas ou judaicas.

Os “3 princípios” da Maçonaria são:
“Amor fraternal a todos tipos de pessoas,
Ajudar os aflitos,
E a verdade como atributo divino.”
Estes três princípios, mais “confie em Deus” são belos, mas muitos graus maçons elevados são guiados por ganância e interesse próprio, bem como social, político ou econômico, fazendo da Maçonaria nada menos do que a Máfia da Inglaterra, nas palavras de Knight e Short ("The Brotherhood" [“A Irmandade”], "Inside the Brotherhood [“Por Dentro da Irmandade”]).
Os “4 pontos perfeitos de entrada” são: “Gutta” (garganta), “pectora” (tórax ou peito), “manus” (mão) e “pedes” (pés), para ensinar cuidado e prudência naquilo que se come e bebe, no que se diz e pensa no coração, no que você faz e onde vai... belo! Mas enquanto muitas lojas são como clubes de irmãos dedicados a fazer caridade, alguns membros dos graus mais elevados são obstinados em destruir religiões e estruturas econômicas e sociais inteiras de nações inteiras.
“As 4 virtudes cardeais” também são belas: Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça. Mas enquanto muitas lojas sopram um espírito de filantropia em geral, alguns maçons mais elevados têm enchido o público, e a tarefa maior da Grande Loja hoje é convencer um público cínico crescente de que a Maçonaria não é uma conspiração padrão, nem uma sociedade secreta, nem mesmo uma “sociedade com segredos”, mas um clube privado inofensivo que beneficia toda a comunidade por inculcar valores morais e espirituais sublimes em seus membros. Mas não é isto! Porque a franco-maçonaria pode espiritualmente enriquecer uma existência, mas pode roubar-lhe seus valores cristãos. Ela pode ser conservadora, mas também uma força reacionária na política, religião ou economia, suficiente para criar uma revolução, de esquerda ou direita.


[1] Extraído do site: http://religion-cults.com/Secret/Freemasonry/Freemasonry.htm [acesso 10/05/2005]. Tradução: Pr. Robson Rosa Santana – rrsantana@hotmail.com. Para um estudo mais profundo acerca da Maçonaria ler o livro de William Schnoeleben (ex-maçom do 32º grau), Maçonaria: do outro lado da luz, , 1 Ed. CLC Editora: São José dos Campos, 1995.
[2] Jesus Nazareno Rei dos Judeus (originalmente colocado sob a cruz de Jesus, para indicar o seu crime).
[3] Kadosh, palavra hebraica que significa “santo” (Nota do Tradutor).
[4] Ver mais sobre o nome do Deus da Maçonaria do cap. 5 do livro de Schnoeleben, Maçonaria: do outro lado da luz. (N.T.).
[5] atual Papa Bento XVI (N.T.).

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