31 de julho de 2008

Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura

Pode-se resumir nesses três pontos a bandeira da Reforma Protestante: Só a Graça, Só Fé, Só a Escritura. Os substantivos graça, fé e escritura são conhecidos desde o Novo Testamento, no entanto, foram sofrendo alterações em seus conceitos no decorrer dos séculos. A de­generação de seus significados ocorreu principalmente durante a Idade Média, ou seja, do século V ao XV.

A idade média foi o período em que as doutrinas bíblicas da graça de Deus na salvação de pecadores foram perdendo a sua essência em nome da autoridade papal, dos Concílios da igreja, entre outros artifícios. E assim as Escrituras foram perdendo seu valor para a tradição da Igreja. Até hoje parecem não ver que a Bíblia e a Tradição são contraditórias, auto-excludentes, inconciliáveis.


Foi preciso muitos mártires para que enfim surgisse um homem que Deus usou para fazer uma mudança radical no modo de se interpretar as Boas Novas de salvação que o Senhor nos trouxe por meio de Jesus Cristo.


A primeira dessas declarações é Só a Graça. O único e suficiente meio de alguém obter a salvação é ser alvo ou objeto da Graça de Deus. Nada além do presente imerec­ido de Deus é o fundamento, a base para que o pecador seja salvo. Ele olha para a hu­manidade caída e conclui que ninguém é merecedor da salvação, por isso Ele salva a quem quer: Do Senhor vem a salvação (Jonas 2.9). É pela graça.


A segunda declaração foi Só a Fé. Que grande luta teve o reformador da Igreja Martinho Lutero! Por toda a sua vida tentou alcançar a salvação por suas próprias forças. Lutero achava que seus esforços, penitências, em suma, suas obras, poderiam lhe dar a paz com Deus que tanto buscava. Era isso que o catolicismo vigente e atual ensina acer­ca daquilo que a Palavra de Deus chama de fé em Cristo. “...0 homem é justificado pela fé, independentemente das obras lei” (Romanos 3.28). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).


A terceira declaração da fé protestante é Só a Escritura. Por Escritura se entende o conjunto do Velho e Novo Testamentos, ao qual chamamos de Bíblia. A Bíblia deve ser a única regra de fé e prática. Tudo aquilo que o pecador precisa para ser salvo e viver uma vida reta e santa diante do Deus Altíssimo está escrito na Sua Palavra. Quaisquer desvi­os ou acréscimos são doutrinas humanas, heréticas e diabólicas. O cristão deve se cont­entar com a Palavra de Deus, nada mais além. O resumo de tudo isso é que a salvação é pela graça, motivada pelo infinito amor de Deus, por isso Soli Deo Gloria: Só a Deus Glória.


Pr. Robson R. Santana
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

Homenagem aos missionários

Os missionários são as pessoas mais parecidas com Jesus.

Eles não medem as conseqüências para fazer a vontade do Pai.

Eles saem, na maioria das vezes, do melhor para o pior.

Eles vencem os desconfortos e privações por amor aos pecadores perdidos.

Eles ultrapassam barreiras sociais, linguísticas e espirituais para fazer Cristo conhecido.

Eles não consideram a vida preciosa para si mesmos.

Eles são os que estão mais sintonizados com o coração de Deus, pois Deus é um Deus missionário.

Para mim, eles são os verdadeiros heróis da humanidade.

Que Deus transforme os nossos corações para amar de fato e de verdade o pecador carecido da salvação.
Pr. Robson Rosa Santana

O ministério dos diáconos


O surgimento do ministério diaconal
O ministério diaconal surgiu por causa da discriminação dos judeus cristãos da Judéia e Palestina (de fala e cultura hebraica) para com os judeus cristãos helenistas (de origem grega, mas sem adotar seus hábitos); especialmente porque as viúvas deste último grupo estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos. Surge, então, a celeuma, as murmurações.
Os apóstolos tomando conhecimento desse problema resolveram a questão da seguinte forma: “... escolham entre vocês sete homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria...” (At 6.3).
É preciso que se destaque que a palavra grega diákonos significa “serviço”, e com relação à Igreja era serviço aos irmãos materialmente; enquanto os apóstolos se dedicavam a questões espirituais: oração e pregação da Palavra. Isso mostra que o evangelho deve atingir o homem integralmente: corpo e alma.

Qualidades ou virtudes dos diáconos
Os apóstolos, em Atos 6.3, disseram que estes servos de Deus deveriam ser “de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Posteriormente, o apóstolo Paulo, falando ao jovem pastor Timóteo, orienta-o acerca das qualidades do diácono: “devem ser homens de palavra e sérios. Não beber muito vinho, nem ser gananciosos. Eles devem se apegar à verdade revelada da fé e ter sempre a consciência limpa... deve ter somente uma esposa e ser capaz de governar seus filhos e toda a sua família” (1Tm 3.8,9,12). E por que Paulo exige essas qualidades? Porque “devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos” (1Tm 3.10 - NVI). Ainda hoje as igrejas cristãs precisam encontrar essas qualidades naqueles que desejam exercer oficialmente esse ministério na igreja.

As funções dos diáconos
Eles devem servir na igreja especialmente nas questões da ação social e no bom andamento e boa ordem dos trabalhos da igreja. Vejamos de forma mais especifica o que diz a Constituição da nossa igreja (CI/IPB), no Art. 53: “O Diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob supervisão deste, dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências”.

Conclusão
O sistema presbiteriano representativo (democrático) de governo é o que mais se ajusta ao espírito do Novo Testamento. Os apóstolos disseram: “escolham entre vocês... homens” (At 6.3).
Outra coisa que se destaca é que sejam homens; pois, segundo a Bíblia, os oficiais que exercem autoridade devem ser homens. Por fim, depois de todo o processo de análise e escolha, estes homens devem ser ordenados pelo Conselho, perante a Igreja para o desenvolvimento de seu trabalho ou oficio (Art. 113, CI/IPB).
Como relata Lucas, no caso dos primeiros Diáconos, “estes homens foram levados aos apóstolos, que oraram e puseram as mãos sobre as cabeças deles” (At 6.6). E, conforme Art. 114, “só poderá ser ordenado e instalado quem, depois de instruído, aceitar a doutrina, o governo e a disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil, devendo a igreja prometer tributar-lhe honra e obediência no Senhor, segundo a Palavra de Deus e esta Constituição”.
Que o Senhor levante homens vocacionados e qualificados e que ajude a igreja a reconhecer e eleger esses servos de Deus.

Pr. Robson R. Santana
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL