9 de abril de 2019

Éfeso



ÉFESO - a capital da Ásia proconsular, que era a parte ocidental da Ásia Menor. Foi colonizado principalmente de Atenas. No tempo dos romanos, trazia o título de "a primeira e maior metrópole da Ásia". Distinguiu-se pelo Templo de Diana (q.v.), quem lá teve o seu principal santuário; e por seu teatro, o maior do mundo, capaz de conter 50 mil espectadores. Era, como todos os teatros antigos, aberto para o céu. Aqui eles foram exibidos as lutas de animais selvagens e de homens com bestas (cf. 1Co 4:9; 9:24-25; 15:32).

Muitos judeus tinhas suas residências nesta cidade, e aqui as sementes do evangelho foram semeadas imediatamente após o Pentecostes (At 2:9; 6:9). No encerramento de sua segunda viagem missionária (cerca de 51 d.C.), quando Paulo estava voltando da Grécia para a Síria (At 18: 18-21), ele primeiro visitou esta cidade. Ele permaneceu, entretanto, por um curto período de tempo, enquanto ele se apressava em guardar a festa, provavelmente de Pentecostes, em Jerusalém; mas ele deixou Áquila e Priscila para continuar o trabalho de espalhar o evangelho.

Durante a sua terceira viagem missionária, Paulo chegou a Éfeso pelas "regiões mais altas" (At 19:1), ou seja, das partes do interior da Ásia Menor, e permaneceu aqui por cerca de três anos; (At  19:10). Provavelmente durante esse período as sete igrejas do Apocalipse foram fundadas, não pelos trabalhos pessoais de Paulo, mas por missionários que ele pode ter enviado de Éfeso, e pela influência de conversos que retornavam a seus lares.

Em seu retorno de sua viagem, Paulo tocou Mileto, cerca de 48 quilômetros ao sul de Éfeso (Atos 20:15) e enviando os presbíteros de Éfeso para encontrá-lo lá, ele entregou-lhes aquela despedida  tocante registrada em 20:18-35. Éfeso não é novamente mencionada até próximo ao fim da vida de Paulo, quando ele escreve a Timóteo exortando-o a "permanecer em Éfeso" (1 Timóteo 1: 3).

Dois dos companheiros de Paulo, Trófimo e Tíquico, provavelmente foram, provavelmente, nativos de Éfeso (At 20:4; 21:29, 2Tm 4:12). Em sua segunda epístola a Timóteo, Paulo fala de Onesíforo tendo-o servido em muitas coisas em Éfeso (2 Timóteo 1:18). Ele também "enviou Tíquico a Éfeso" (2 Timóteo 4:12) provavelmente para atender aos interesses da igreja lá. Éfeso é mencionada duas vezes no Apocalipse (Ap 1:11; 2:1).

O apóstolo João, segundo a tradição, passou muitos anos em Éfeso, onde morreu e foi sepultado.

Uma parte do local desta cidade outrora famosa é agora ocupada por uma pequena aldeia turca, Ayasaluk, que é considerada como uma corrupção das duas palavras gregas, hagios theologos; isto é, "o divino santo ".

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EPHESUS. In: EASTON’S Bible Dictionary. Disponível em: http://eastonsbibledictionary.org/1225-Ephesus.php. Acesso em: 9 abr. 2019. Tradução: Robson Rosa Santana.

4 de abril de 2019

A rejeição dos samaritanos e a repreensão aos discípulos (Lucas 9.51-56)



Introdução
Nosso texto mostra uma fase distinta no ministério de Jesus.
Somente em Lucas registra-se essa nova fase em que Jesus toma a decisão de ir para Jerusalém cumprir a Sua missão.
No nosso texto especifico, Jesus está saindo da Galileia, rumo a Jerusalém, mas precisava passar pela Samaria.
Como a multidão era grande, Jesus resolve enviar emissário avisando da comitiva de Jesus e ao mesmo tempo pedindo hospedagem como peregrinos indo para festa da Páscoa em Jerusalém.

Aprendemos nesse episódio lições preciosas:

1)    A determinação de Jesus em cumprir sua missão salvadora em Jerusalém (v.51)
Havia um tempo determinado para os sofrimentos e morte de nosso Salvador.
Por varias vezes em João Ele disse que não era chegadas a sua hora, no entanto, Sua hora estava chegando.
Quando Jesus contemplou esse momento ele olhou através deles e além deles, para glória que deveria se seguir.
1Tm 3.16: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.”
É nessa perspectiva da glória que Ele vai para Jerusalém.
Aplic.: Rm 8.18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”

2) A grosseria e rejeição de Jesus em certa aldeia (v.53)
Jesus já havia passado por uma aldeia dos samaritanos antes (João 4) e foi bem recebido por muitos. No entanto, nessa aldeia não os receberam.
Embora Jesus tenha sido educado, enviando pessoas para avisar da necessidade de pousada, mesmo assim não receberam. Pelo contrário, foram muito rudes.
Cremos que Jesus e os seguidores iriam pagar pela hospedagem e alimentação, mas não quiseram. Perderam uma grande chance de poder ouvir do evangelho da graça de Deus!
Aplic.: Os mensageiros de Jesus frequentemente enfrentam tratamento como esse. Devemos estar preparados para isso.

3) O ressentimento de Tiago e João (v.54)
A vontade deles era que acontecesse com essa aldeia o mesmo que Sodoma e Gomorra. Queriam sua destruição por meio do fogo. Há até uma parte louvável em tudo isso: primeiro, eles confiavam no poder de Deus; segundo, eles assim o queriam para honrar Seu Mestre rejeitado.
No entanto, as falhas deles eram maiores, pois Jesus havia sido rejeitado em Nazaré e em Gadara, mas não agiu com juízo contra esses lugares. Pelo contrario, agiu com paciência. Como Jesus destruiria uma cidade, sabendo que muitos dali criam nele?
Aplic.: devemos nós vigiar para não sermos zelosos, porém sem o entendimento bíblico. Rm 10.2 diz: “Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.”

4) A repreensão de Jesus a Tiago e João (v.55)
Primeiro, Jesus diz: “Vocês não sabem de que espírito são”. Jesus está dizendo mais ou menos o seguinte: “esse sentimento e reação não são bons. Isso revela orgulho, paixão e vingança pessoal travestido de zelo por mim”.
Jesus não tinha ensinado isso a eles, mas a amar (até os inimigos), a abençoar, a interceder. Amaldiçoar era o oposto da vocação para o qual foram chamados.
Segundo, Jesus mostra o propósito geral da fé cristã: ”Pois o Filho do homem para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Cristo veio para acabar com as inimizades, não para fomentá-las. Ele ensinou aos discípulos a usar de seus maiores esforços para abençoar os outros.


Conclusão
A missão principal de Jesus foi morrer pelos pecadores escolhidos pelo Pai. Obviamente Ele fez e ensinou muitas coisas que servem de modelo para nós.
Enquanto ia para entregar Sua vida como Cordeiro de Deus, ele instrui Seus discípulos, bem como muitos outros aos quais teve oportunidade de ensinar.
Sejam através de sinais ou doutrinas, Jesus estava mostrando a importância do ministério do ensino bíblico, ao mesmo tempo que demonstrava amor e misericórdia para com todos.
Ele veio como o Messias Salvador e no tempo que teve no ministério antes da Sua partida, ele discípulos os Seus sobre viver e ensinar.

Pr. Robson Santana
Igreja Presbiteriana do Brasil

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* Estudo adaptado de Matthew Henry, Mateus a João, p. 590-591.
* Estudos preparados para os cultos semanais nos lares.

Jesus tem autoridade sobre espíritos malignos (Lucas 9.37-42)



Introdução
O que um pai não faz por seus filhos? Aqui nesse texto vemos a angustia de um homem que há muito tempo vinha sofrendo com as ações diabólicas na vida de seu filho.

Contexto
Essa história se dá logo após a transfiguração de Jesus a três apóstolos: Pedro, Tiago e João.
Enquanto aguardavam ao pé do monte, multidões se juntaram a eles, dentre eles um pai e seu filho terrivelmente oprimido e destruído pela obra de Satanás.

Aqui nesse relato, aprendemos 5 lições preciosas:

1) Uma multidão ansiosa queria se encontrar com Jesus
Embora Jesus tenha estado pouco tempo ausente, uma multidão queriam segui-lO, como foi predito a respeito dEle.
Aplic.: Que nosso coração seja assim também, desejoso de estar na presença de Jesus, e não desperdiçar essa oportunidade.
Ilust. Maria e Marta. Maria se quedava aos pés de Jesus, e essa era a melhor parte.

*2) O pai do jovem possesso foi insistente em seu pedido* (v.38)
Aquele pai pede que Jesus olhe com compaixão e misericórdia pela vida de seu filho.
Aplic.: “Aproximemo-nos de Cristo e levemos nossos filhos até Ele, para que todos possamos receber um olhar” (Matthew Henry).
Deus sabe qual é nosso sofrimento, pois contemplou o sofrimento de Seu Filho único por nós.

3) A situação do jovem era deplorável (v.39)
O espírito maligno tomava a consciência daquele rapaz, ele gritava, sofria convulsões e era quebrantado. Definhava (cf. Lucas 9. De acordo com Marcos era um espírito que o deixava mudo.
Aplic.: O diabo pode ter uma ação devastadora na vida das pessoas, mas feliz aquele que tem acesso a Jesus!
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).
“Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” (1 Jo 3.8).

4) Quão fracos os discípulos eram na sua fé (v.40)
Jesus traz uma palavra e exortação aos discípulos. Eles haviam recebido autoridade para expelir demônios, mas não tinham fé e confiança suficientes para cumprir o chamado de Jesus para eles.
Mt 17.21: “Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.”
Aplic.: Jesus exortava seus discípulos a terem fé e confiança, e nesses casos específicos, era preciso de oração e jejum.

*5) Jesus opera a cura de modo eficaz* (v.42)
Mesmo que seus discípulos não puderam curar aquele jovem, Jesus pode.
O demônio ainda causou danos àquele jovem, mas Jesus o curou completamente.
Diz o texto que depois da expulsou do demônio, Jesus entregou menino ao seu pai.
Aplic.: Devemos ser gratos a Deus, quando nossos filhos são restaurados de alguma enfermidade, é como tivéssemos o recebendo das mãos de Deus. Deus nos entrega de volta e precisamos consagrá-los a Deus para que vivam na Sua presença. Os filhos não são nossos, devemos cria-los para a glória de Deus.

CONCLUSÃO / APLICAÇÃO
 Parte importante do ministério de Jesus foi a expulsão de demônios. Jesus começou a limitar e destruir a obra de Satanás. Este não pode impedir a expansão do Evangelho.
 Muitas vezes a igreja é como aqueles discípulos. Ela recebeu a autoridade de Jesus, mas não exercita a sua fé. Tornamo-nos irrelevantes, não causamos impacto. Vidas não são libertas e salvas. É preciso oração e jejum.
 Que o Senhor continue a iluminar esse mundo em trevas e use a cada um de nós poderosamente.

Pr. Robson Santana
Igreja Presbiteriana do Brasil



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Estudo adaptado de Matthew Henry, Mateus a João, p. 590-591. 
* Meditações em Lucas para Culto nos Lares.