18 de outubro de 2015
16 de outubro de 2015
Propósito
"O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade” (Pv 16.4)
Nada do que Deus criou foi sem sentido, sem razão, sem propósito. Às
vezes nos perguntamos a respeito de determinados bichos e insetos: para que
Deus fez isso? Pode ter certeza que há um propósito, algum objetivo. E se para
os seres inferiores Deus tem propósito para cada um, imagine para nós seres
humanos, criados a Sua imagem e semelhança!
Assim como todas as coisas, Deus nos criou com o propósito principal de
glorificá-lO e desfrutar da Sua presença, tanto nesta vida e como na por vir. O
apóstolo Paulo entendeu isso claramente: “Porque dele, e por meio dele, e para
ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
Embora façamos muitas coisas nesta vida que pareça não ter ligação com culto e
adoração a Deus, na verdade tem. Pois essas coisas secundárias devem servir de
meio para o nosso fim principal de glorificar a Deus.
Glorificamos a
Deus através da nossa vida de consagração ao Senhor e comunitariamente como
Igreja, Corpo vivo de Cristo. A grande questão é entender como usar os nossos
dons para que a Igreja cumpra também o seu propósito, pois a Igreja cumpre a
sua finalidade por meio da individualidade de cada membro da Igreja, ou seja,
de mim e de você.
O propósito
principal da Igreja é adorar a Deus.
A Igreja adora em resposta a Sua revelação de quem Ele é e em gratidão ao que
Ele fez por nós, por meio de Jesus Cristo. Adoração
é estilo de vida. Não é simplesmente entendimento conceitual, mas,
principalmente, experiência pessoal com o Deus Trino.
Outro propósito é a evangelização.
Há um desejo genuíno de Deus de que pecadores do mundo inteiro sejam salvos por
meio de Jesus. As últimas palavras de Cristo antes da sua ascensão aos céus enfatizam
esse fim: “... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc
16.15; leia também Mt 28.18-20; Lc 24.44-49; Jo 17.18; At 1.8). A Igreja foi
enviada a pregar o evangelho a todas as pessoas (Jo 20.21).
A educação cristã é o objetivo que dá
direção a tudo na Igreja, uma vez que a Palavra de Deus é luz para o caminho e
lâmpada para os nossos pés (Sl 119.105). Educação significa o ensino da
doutrina sadia da Bíblia (2 Tm 3.16-17; At 2.42).
A ação social é o serviço que a Igreja
deve realizar como reflexo do amor e da misericórdia para com aqueles que
necessitam da nossa ajuda material, primeiramente para com os irmãos da fé (Gl
6.10), mas também aos não crentes (Mt 4.23, 9.35).
Por fim, não em
último lugar, pois todos os propósitos da Igreja devem ser realizados ao mesmo
tempo, vem a comunhão. A comunhão
tem origem na palavra comum. A igreja
é a comunidade dos lavados e remidos
no sangue de Cristo. Temos em
comum Jesus , que nos faz filhos de Deus; e como filhos,
devemos viver como família unida.
Pessoalmente Deus
te fez com um propósito. Você não está aqui por acaso. Sua vida tem sentido.
Jesus lhe deu vida abundante (Jo 10.10). Mas o que você tem feito para cumprir
o propósito de Deus para sua vida, bem como cumprir os Seus propósitos para a
Igreja? Deus quer que você participe e se envolva ativamente dos trabalhos da
Igreja! Ele pode contar com você?
Pr. Robson Rosa Santana
10 de outubro de 2015
Educando Filhos no Caminho (Pv 22.6)
INTRODUÇÃO
Que tipo de criação você tem dado a
seus filhos?
Diante de uma atitude de desobediência
ou rebeldia, o que você faz?
Quando a criança dá desculpas para não
ir à igreja, qual a sua decisão?
Ou quando seu filho adquire o vício
por jogos eletrônicos, por filmes, pela internet, etc.?
Quando assistindo a programas ou
desenhos diabólicos ou pornográficos, qual a sua atitude quanto a isso?
Falo isso porque há pais que deixam os
filhos fazerem o que querem. Todos os caprichos que eles têm são realizados.
Há pais que têm medo de desagradar o
filho e se torna refém emocional dele.
É preciso entender que criança não
nasce anjinho. Como diz a Bíblia: nascem pecadores (Sl 51.5).
Não tenho a intenção de abordar toda a
questão da criação de filhos, mas dar uma introdução ao assunto e me deter no
texto de Provérbios 22.6 e outros textos desse livro, uma vez que o tempo não
nos permite abranger tudo sobre a questão.
1) O QUE É SER CRIANÇA?
Para os pais filhos são sempre
crianças.
Quero me deter aos filhos especialmente
nos seus primeiros anos de vida.
Poderíamos fechar com a faixa etária
de 0 aos 17 anos. Período da infância e adolescência.
É o período principal na formação
emocional e psicológica de uma pessoa.
É justamente a essa criança, a este
filho que Deus exorta a ensinar, a instruir no caminho que deve andar.
Outra tradução traz “instrui o menino”
(RC).
É tarefa principal dos pais ensinarem
seus filhos a andar no caminho de Deus!
Os pais não podem se eximir dessa
responsabilidade.
Ser pai e mãe no sentido pleno da
palavra não é somente colocar um ser no mundo e deixá-lo à deriva, seguindo
seus instintos.
Especialmente porque há uma pressão
interna e externa que nos impulsiona para uma vida desregrada, perniciosa,
promíscua, rebelde, em outras palavras, para uma vida pecaminosa, uma vida sem
o padrão ou aprovação de Deus.
Quando falo de pressão interna, quero dizer que a semente do pecado habita em nós
e é preciso ensinar aos filhos a ter uma vida regrada.
A pressão
externa são as tentações mundanas com suas influências terríveis.
Por isso, digo e repito, a criança não
pode ser deixada aos seus próprios desejos e vontades.
Os pais crentes precisam criar seus
filhos no caminho de Deus.
O texto que lemos diz: “Ensina a
criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se
desviará dele.” (RA)
O verbo “ensina” está no imperativo (verbo
hebraico qal).
É mandamento do Senhor que os pais
estejam atentos ao processo de desenvolvimento de seus filhos.
E não é no caminho que ele quer andar,
mas no caminho que “deve andar”.
Isso quer dizer que os pais devem ter
uma influência ativa e positiva para que seus filhos sejam abençoados e
abençoadores.
ENSINAR
O QUE?
O livro de Provérbios nos dá algumas
direções sábias:
1)
Ensine Os Filhos A Temerem A Deus
Pv 1.7: “O temor do SENHOR é o princípio do
saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”.
Pv.
9.10: “O temor do SENHOR é o
princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”.
O temor tem dois aspectos:
a)
Reverência – é um
temor sagrado diante da santidade de Deus. Ele é superior a nós. É o Deus
todo-poderoso. O Criador. Diante dele devemos nos dobrar.
b)
Receio de desagradar a Deus
– é preciso temer a Deus porque Ele tem o direito de punir, castigar e julgar.
Esses dois aspectos devem nos levar a
ensinar os filhos todos os atributos de Deus.
Às vezes, os pais, e até a Igreja,
ensinam somente acerca de um Deus bondoso, amoroso.
Deus como um vovôzão. Isso parece mais
com um Papai Noel do que com o Deus da Bíblia!
O livro de Provérbios mostra os resultados
do temor do Senhor:
1º)
Deus prolonga a vida:
Pv
10.27: “O temor do SENHOR
prolonga os dias da vida, mas os anos dos perversos serão abreviados”.
Pv
14.27: “O temor do SENHOR é
fonte de vida para evitar os laços da morte”.
2º)
É mais lucrativo do que ter riquezas
Pv
15.16: “Melhor é o pouco, havendo o temor
do SENHOR, do que grande tesouro onde há inquietação”.
2) Ensine Os Filhos A Guardarem Suas Mentes
Pv
4.23: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida”.
Coração à moradia das emoções e do intelecto =
mente.
As forças do mal, mais do que nunca,
está travando uma batalha pela mentes das pessoas, a começar pelas crianças.
Pais e mães são responsáveis, em
parte, por guardar a mente dos seus filhos contra as influências do mal.
Como disse John McArthur Jr (2001,
p.70): “O ataque contra os pensamentos justos vem de variadas fontes:
televisão, rádio, cinema, música, internet, e atualmente até mesmo do currículo
escolar. Por isso a tarefa dos pais é realmente difícil.”
Por causa dessas seduções mundanas e
diabólicas, os pais precisam controlar os filhos naquilo que eles veem e
escutam.
Deus lhe deu autoridade para isso.
Aplicação: Às vezes controlamos os filhos para
não se machucarem fisicamente, para não cair, não se afogar num rio, mas
deixamos suas mentes se encherem de tudo o que não presta, mesmo que isso seja
pecado contra Deus.
Controlar não significa somente privar
os filhos de fazerem determinadas escolhas, mas explicar o porquê de não fazê-las
e as consequências ao fazê-las.
É preciso ensiná-los a terem escolhas
sábias. Escolhas de acordo com a vontade de Deus.
3)
Ensine Os Filhos A Obedecerem Aos Pais
Os pais têm o dever de ensinar a obediência a seus filhos.
Esta é uma das responsabilidades
básicas de sua tarefa.
Se quisermos de fato criar filhos para
serem de Deus, eles precisam aprender a obediência aos pais.
Pv
4.1-4: “Ouvi, filhos, a instrução
do pai e estai atentos para conhecerdes o entendimento; 2 porque vos dou boa doutrina; não deixeis o
meu ensino. 3 Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante
de minha mãe, 4 então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as
minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive;”.
Isso envolve disciplina e, quando
necessário, castigo e correção.
Pv
13.24: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina”.
Em hebraico [TM] o verbo é “odeia” [KJV,
NIV].
Pv
22.15: “A estultícia [tolice] está ligada ao coração da criança, mas a vara
da disciplina a afastará dela”.
Pv
23.13,14: “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a
vara, não morrerá. 14 Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do
inferno”.
Filhos sem limites em casa vão quebrar
a cara lá fora!
Aplicação: hoje em dia alguns pais é que são
obedientes aos filhos!
E pior, têm sido envergonhado por
eles:
Pv
29.15: “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si
mesma vem a envergonhar a sua mãe”.
4)
Ensine Os Filhos A Escolherem As Amizades
Este talvez seja o ensino mais vital
que os pais têm para orientar os seus filhos e talvez esse seja o mais
negligenciado.
Os pais têm de ajudar os filhos a
escolher as boas amizades, para que também eles possam aprender por si sós.
& 1Co 15.33: “Não vos enganeis: as más
conversações corrompem os bons costumes”. Paulo cita aqui o escritor grego
Menandro (342-292 a .C).
A conduta moral, a linguagem e as
atividades que os filhos se envolvem normalmente são influenciadas pelos
colegas. Para o bem ou para o mal.
Raramente a criança se impõe ao grupo.
Pois quer ser aceita pelos colegas.
Por isso os pais precisam agir
ativamente para que os filhos tenham boas companhias.
As más influências dos “amigos”
representam um perigo fatal.
1Co 5.6: “...Não sabeis que um pouco de fermento leveda
a massa toda?”
Como
Salomão sabia que as más companhias provavelmente iriam querer influenciar seu
filho para o mal, ele orienta-o:
Pv 1.10: “Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te,
não o consintas”.
5)
Ensine Os Filhos A Amarem Ao Próximo
Pv 3.27-29: “Não te furtes a fazer o bem a quem de
direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. 28 Não digas ao teu próximo:
Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo. 29 Não maquines o mal contra o teu próximo,
pois habita junto de ti confiadamente.”
Amar
ao próximo é uma doutrina fundamental da lei de Deus:
Lv 19.18: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Eu sou
o Senhor”.
Os
rabinos diziam que “amar” se aplicava ao próximo, mas não ao inimigo (cf. Mt
5.43).
Jesus,
no entanto, reafirma o que Lv 19.18 quer dizer, que devemos amar a todos,
inclusive os nossos inimigos.
Os
pais devem ensinar isso aos filhos.
Amar
não somente aos amigáveis, mas os que se opõem ao seu filho, exercitando assim
o dom da misericórdia.
Outro
texto de Provérbios ressalta esse ponto:
Pv 25.21-22: “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe
pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber, 22 porque assim
amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e o SENHOR te retribuirá.”
Conclusão
Pv 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.
Pv 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.
Você
terá uma recompensa maravilhosa quando você ensina seu filho a andar no caminho
de Deus.
Será
um filho abençoado.
E se
por acaso ele/ela vier a se desviar do Senhor, a sua consciência estará limpa,
porque você fez a sua parte.
Já
imaginou a culpa que repousará sobre sua vida, se você vir seu filho numa vida
desregrada, desvirtuada, sofrida, e você saber que foi por causa da sua
negligencia. Porque você resolveu não usar a autoridade que Deus lhe deu para
educar seu filho?
Quero
finalizar com as palavras de John McArthur Jr, citadas no livro Como Educar seus Filhos Segundo a Bíblia
(pp .88-89):
(1)
“Se vocês não ensinarem seus filhos a temer a Deus, o diabo os ensinará a odiar
a Deus”.
(2)
“Se você não os ensinarem a guardar sua mente, o diabo os ensinará a ter uma
mente corrupta”.
(3)
“Se vocês não os ensinarem a obedecer aos pais, o diabo os ensinará a serem
rebeldes e a destruir o coração dos pais”.
(4) “Se
não os ensinarem a escolher cuidadosamente as amizades, o diabo escolherá as
companhias deles”.
(5) Se
não os ensinarem a amar ao próximo, o diabo os ensinará a amar somente a si
mesmos”.
Ao
final da sua vida e após repetir a lei de Deus aos israelitas, disse Moisés:
Dt 6.4-9: “4
Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.
5 Ame
o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as
suas forças.
6 Que
todas estas palavras que hoje te ordeno estejam em teu coração.
7
Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver
sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando
se levantar.
8
Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa.
9
Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.”
Robson Rosa Santana
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