O
ministério diaconal surgiu por causa da discriminação dos judeus cristãos da
Judéia e Palestina (de fala e cultura hebraica) para com os judeus cristãos
helenistas (de origem grega, mas sem adotar seus hábitos); especialmente porque
as viúvas deste último grupo estavam sendo esquecidas na distribuição de
alimentos. Surge, então, a celeuma, as murmurações.
Os
apóstolos tomando conhecimento desse problema resolveram a questão da seguinte
forma: “... escolham entre vocês sete
homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria...” (At 6.3).
É
preciso que se destaque que a palavra grega diákonos
significa “serviço”, e com relação à Igreja era serviço aos irmãos
materialmente; enquanto os apóstolos se dedicavam a questões espirituais:
oração e pregação da Palavra. Isso mostra que o evangelho deve atingir o homem
integralmente: corpo e alma.
Qualidades
ou virtudes dos diáconos
Os
apóstolos, em Atos 6.3, disseram que estes servos de Deus deveriam ser “de confiança, cheios do Espírito Santo e de
sabedoria”. Posteriormente, o apóstolo Paulo, falando ao jovem pastor
Timóteo, orienta-o acerca das qualidades do diácono: “devem ser homens de palavra e sérios. Não beber muito vinho, nem ser
gananciosos. Eles devem se apegar à verdade revelada da fé e ter sempre a
consciência limpa... deve ter somente uma esposa e ser capaz de governar seus
filhos e toda a sua família” (1Tm 3.8,9,12). E por que Paulo exige essas
qualidades? Porque “devem ser
primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem
como diáconos” (1Tm 3.10 - NVI). Ainda hoje as igrejas cristãs precisam
encontrar essas qualidades naqueles que desejam exercer oficialmente esse
ministério na igreja.
As
funções dos diáconos
Eles
devem servir na igreja especialmente nas questões da ação social e no bom
andamento e boa ordem dos trabalhos da igreja. Vejamos de forma mais especifica
o que diz a Constituição da nossa igreja (CI/IPB), no Art. 53: “O Diácono é o
oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob supervisão deste,
dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao
cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência
nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que
haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências”.
Conclusão
O
sistema presbiteriano representativo (democrático) de governo é o que mais se
ajusta ao espírito do Novo Testamento. Os apóstolos disseram: “escolham entre
vocês... homens”
(At 6.3).
Outra
coisa que se destaca é que sejam homens;
pois, segundo a Bíblia, os oficiais que exercem autoridade devem ser homens.
Por fim, depois de todo o processo de análise e escolha, estes homens devem ser
ordenados pelo Conselho, perante a
Igreja para o desenvolvimento de seu trabalho ou oficio (Art. 113, CI/IPB).
Como
relata Lucas, no caso dos primeiros Diáconos, “estes homens foram levados aos
apóstolos, que oraram e puseram as mãos sobre as cabeças deles” (At 6.6). E,
conforme Art. 114, “só poderá ser ordenado e instalado quem, depois de
instruído, aceitar a doutrina, o governo e a disciplina da Igreja Presbiteriana
do Brasil, devendo a igreja prometer tributar-lhe honra e obediência no Senhor,
segundo a Palavra de Deus e esta Constituição”.
Que
o Senhor levante homens vocacionados e qualificados e que ajude a igreja a
reconhecer e eleger esses servos de Deus.
Pr. Robson R.
Santana
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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