31 de julho de 2008

O ministério dos diáconos


O surgimento do ministério diaconal
O ministério diaconal surgiu por causa da discriminação dos judeus cristãos da Judéia e Palestina (de fala e cultura hebraica) para com os judeus cristãos helenistas (de origem grega, mas sem adotar seus hábitos); especialmente porque as viúvas deste último grupo estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos. Surge, então, a celeuma, as murmurações.
Os apóstolos tomando conhecimento desse problema resolveram a questão da seguinte forma: “... escolham entre vocês sete homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria...” (At 6.3).
É preciso que se destaque que a palavra grega diákonos significa “serviço”, e com relação à Igreja era serviço aos irmãos materialmente; enquanto os apóstolos se dedicavam a questões espirituais: oração e pregação da Palavra. Isso mostra que o evangelho deve atingir o homem integralmente: corpo e alma.

Qualidades ou virtudes dos diáconos
Os apóstolos, em Atos 6.3, disseram que estes servos de Deus deveriam ser “de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Posteriormente, o apóstolo Paulo, falando ao jovem pastor Timóteo, orienta-o acerca das qualidades do diácono: “devem ser homens de palavra e sérios. Não beber muito vinho, nem ser gananciosos. Eles devem se apegar à verdade revelada da fé e ter sempre a consciência limpa... deve ter somente uma esposa e ser capaz de governar seus filhos e toda a sua família” (1Tm 3.8,9,12). E por que Paulo exige essas qualidades? Porque “devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos” (1Tm 3.10 - NVI). Ainda hoje as igrejas cristãs precisam encontrar essas qualidades naqueles que desejam exercer oficialmente esse ministério na igreja.

As funções dos diáconos
Eles devem servir na igreja especialmente nas questões da ação social e no bom andamento e boa ordem dos trabalhos da igreja. Vejamos de forma mais especifica o que diz a Constituição da nossa igreja (CI/IPB), no Art. 53: “O Diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob supervisão deste, dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências”.

Conclusão
O sistema presbiteriano representativo (democrático) de governo é o que mais se ajusta ao espírito do Novo Testamento. Os apóstolos disseram: “escolham entre vocês... homens” (At 6.3).
Outra coisa que se destaca é que sejam homens; pois, segundo a Bíblia, os oficiais que exercem autoridade devem ser homens. Por fim, depois de todo o processo de análise e escolha, estes homens devem ser ordenados pelo Conselho, perante a Igreja para o desenvolvimento de seu trabalho ou oficio (Art. 113, CI/IPB).
Como relata Lucas, no caso dos primeiros Diáconos, “estes homens foram levados aos apóstolos, que oraram e puseram as mãos sobre as cabeças deles” (At 6.6). E, conforme Art. 114, “só poderá ser ordenado e instalado quem, depois de instruído, aceitar a doutrina, o governo e a disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil, devendo a igreja prometer tributar-lhe honra e obediência no Senhor, segundo a Palavra de Deus e esta Constituição”.
Que o Senhor levante homens vocacionados e qualificados e que ajude a igreja a reconhecer e eleger esses servos de Deus.

Pr. Robson R. Santana
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL


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