Patrick Johnstone, um dos maiores missiólogos de nossos dias, afirma: “quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha”.[1] Isso não quer dizer que só devemos orar, mas devemos orar e trabalhar; nessa sequência. Vemos um exemplo da relação entre oração e ação em Martinho Lutero: “Devemos orar com tanto vigor como se tudo dependesse de Deus e trabalhar com tanta dedicação como se tudo dependesse de nosso esforço”.[2] Andrew Murray (1828-1917), líder missionário na África do Sul, há mais de um século, escreveu o livro Key to the Missionary Problem [Chave para o problema missionário]. Nele identificou o problema como (1) falta de paixão para com Cristo e os perdidos e (2) ausência de oração para obter poder do Espírito Santo. Ele disse que o amor apaixonado por Cristo produz uma paixão santa nos fiéis, tal qual a que Cristo tinha para que as pessoas fossem salvas. O que produz tal paixão? A resposta que Murray nos deu foi: “Oração”! Por isso, quando a oração pelo poder de Deus, para realizar o trabalho de Deus, se tornar a petição de todo cristão, todos os problemas em missões serão resolvidos.
Lidório afirma que “missiólogos e pesquisadores
como David Garrisson, Patrick Johnstone, David Barret, Bruce Carlton, J.
Johnson e David Watson têm mencionado a clara ligação entre a oração e o
plantio de novas igrejas”.[3] No entanto,
quando olhamos para a Palavra de Deus, isso não é novidade, nem deveria ser
visto como uma surpresa ou segredo, pois as Escrituras revelam um Deus que faz
promessas e as cumpre, usando as orações dos justificados. Nas Escrituras, são
vários os textos que enfatizam a oração pela salvação de pecadores. No Salmo
67.1-3 está escrito: “Seja Deus gracioso para conosco e nos
abençoe, E faça resplandecer sobre nós o rosto; Para que se conheça na terra o
teu caminho e, Em todas as nações, a tua salvação. Louvem-te os povos, ó Deus;
Louvem-te os povos todos”. Salmo
2.8 diz que o Pai declarou ao Filho: “Pede-me, e eu te darei as nações por
herança e as extremidades da terra por tua possessão”.
No NT, na oração modelo ensinada pelo Senhor Jesus, está escrito: “Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.9-10). Nenhuma oração é mais missionária do que essa. As petições citadas acima requerem missões e evangelização. A pessoa que, sinceramente, faz a oração do Senhor (Pai nosso) anseia por ver Deus sendo louvado e adorado em todo lugar na terra. O Senhor Jesus disse aos seus discípulos: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt 9.37-38). Jesus deixou claro que o chamado e envio dos missionários é, primeiramente, o trabalho de Deus, pois, Ele é o “senhor da seara”. Nossa primeira tarefa é orar para que Ele chame e envie pessoas da sua própria escolha. Temos a certeza de que, se orarmos, Ele enviará as pessoas.
Em obediência à ordem de Jesus de permanecerem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder, os discípulos vão para o cenáculo para esperar em oração, e ao receber o poder do Espírito, Pedro prega e cerca três mil pessoas se convertem. O apóstolo Paulo escreveu mais sobre as orações que ele oferecia, continuamente, pelos fiéis, trabalhadores e missionários, do que sobre outra coisa. Paulo considerava a oração como prioridade. Orar era uma atividade missionária para Paulo. O assunto da batalha espiritual é tratado em Efésios 6.10-20. Paulo descreve, detalhadamente, a “armadura de Deus” que os cristãos necessitam usar, se quiserem manter-se firmes contra as artimanhas do diabo. O clímax da instrução de Paulo, depois de todas as partes da armadura terem sido identificadas, é que a igreja se revestisse “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (v. 18). E adiciona: “(Orai) também por mim: para que me seja dada no abrir da minha boca a palavra, para com intrepidez fazer conhecido o mistério do evangelho pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo” (vv. 19-20).
Mais tarde, preso em Roma, Paulo pediu que os colossenses orassem para que Deus abrisse uma porta, não para sua libertação, mas, uma porta para o evangelho e sua proclamação, de forma clara: “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra portas à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifesto, como devo fazer” (Cl 4.3-4). Em 2 Tessalonicenses 3.1-2 há um resumo dos pedidos que Paulo fazia, repetidamente, com respeito às orações pelas missões: “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós; e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos”.
Deus capacita os missionários a conquistarem o território de Satanás por meio da oração. Ele lhes dá o poder de falar do evangelho com coragem e clareza e eles veem as pessoas se arrependerem e voltarem a Cristo. Deus abre portas e remove barreiras, em resposta às orações e é glorificado, à medida que o seu reino avança. Não é de se admirar que Paulo pedisse às igrejas que orassem por ele. Embora forte na fé, dotado como missionário e bem-sucedido no seu trabalho, Paulo possuía um profundo senso da necessidade da oração. Para ele, a oração era uma ação missionária.
No seu livro A Igreja Missional na Bíblia, Goheen elencou treze passos para uma igreja missional hoje. Dentre eles, há uma ênfase na oração. Ele diz que
No NT, na oração modelo ensinada pelo Senhor Jesus, está escrito: “Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.9-10). Nenhuma oração é mais missionária do que essa. As petições citadas acima requerem missões e evangelização. A pessoa que, sinceramente, faz a oração do Senhor (Pai nosso) anseia por ver Deus sendo louvado e adorado em todo lugar na terra. O Senhor Jesus disse aos seus discípulos: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt 9.37-38). Jesus deixou claro que o chamado e envio dos missionários é, primeiramente, o trabalho de Deus, pois, Ele é o “senhor da seara”. Nossa primeira tarefa é orar para que Ele chame e envie pessoas da sua própria escolha. Temos a certeza de que, se orarmos, Ele enviará as pessoas.
Em obediência à ordem de Jesus de permanecerem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder, os discípulos vão para o cenáculo para esperar em oração, e ao receber o poder do Espírito, Pedro prega e cerca três mil pessoas se convertem. O apóstolo Paulo escreveu mais sobre as orações que ele oferecia, continuamente, pelos fiéis, trabalhadores e missionários, do que sobre outra coisa. Paulo considerava a oração como prioridade. Orar era uma atividade missionária para Paulo. O assunto da batalha espiritual é tratado em Efésios 6.10-20. Paulo descreve, detalhadamente, a “armadura de Deus” que os cristãos necessitam usar, se quiserem manter-se firmes contra as artimanhas do diabo. O clímax da instrução de Paulo, depois de todas as partes da armadura terem sido identificadas, é que a igreja se revestisse “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (v. 18). E adiciona: “(Orai) também por mim: para que me seja dada no abrir da minha boca a palavra, para com intrepidez fazer conhecido o mistério do evangelho pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo” (vv. 19-20).
Mais tarde, preso em Roma, Paulo pediu que os colossenses orassem para que Deus abrisse uma porta, não para sua libertação, mas, uma porta para o evangelho e sua proclamação, de forma clara: “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra portas à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifesto, como devo fazer” (Cl 4.3-4). Em 2 Tessalonicenses 3.1-2 há um resumo dos pedidos que Paulo fazia, repetidamente, com respeito às orações pelas missões: “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós; e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos”.
Deus capacita os missionários a conquistarem o território de Satanás por meio da oração. Ele lhes dá o poder de falar do evangelho com coragem e clareza e eles veem as pessoas se arrependerem e voltarem a Cristo. Deus abre portas e remove barreiras, em resposta às orações e é glorificado, à medida que o seu reino avança. Não é de se admirar que Paulo pedisse às igrejas que orassem por ele. Embora forte na fé, dotado como missionário e bem-sucedido no seu trabalho, Paulo possuía um profundo senso da necessidade da oração. Para ele, a oração era uma ação missionária.
No seu livro A Igreja Missional na Bíblia, Goheen elencou treze passos para uma igreja missional hoje. Dentre eles, há uma ênfase na oração. Ele diz que
a oração é essencial para a missão da igreja porque esta é a missão de Deus. Sabemos disso, mas nossa tendência humanista é depender de nossos próprios recursos e priorizar o planejamento à oração. De alguma maneira temos de quebrar o poder dessa idolatria e realmente crer que esta é a missão de Deus.[4]Goheen cita três imagens da importância da oração. A primeira é a imagem da Pá. Pois “todas as facetas e os benefícios da salvação de Cristo nos são concedidos, individualmente e coletivamente, por meio da obra do Espírito, à medida que os desterramos por meio da oração”.[5] A segunda imagem é da posição estratégica. Estamos em batalha espiritual, e para não sermos aprisionados pelo espírito da nossa cultura rebelde contra Deus, precisamos orar pelo poder do Espírito que santifica e alinha nossas vontades com a vontade do Pai. Por fim, Goheen cita a imagem da Linha de frente. Segundo ele, a oração de manutenção é orar para manter o que já temos. Pela nossa própria vida. No entanto, a oração de linha de frente “anseia para que Deus aja de modo a transformar vidas, crê que ele pode fazê-lo e por isso espera, confiantemente, pela mudança, orando fervorosamente por essa ação poderosa”.[6] Lidório enfatiza a oração como uma das estratégias para plantação de novas igrejas, e afirma
que há possivelmente no mundo hoje mais de 200 grandes movimentos de plantio de igrejas em pleno andamento. Em todos eles seus líderes testificaram a presença de oração intencional, voluntária e abundante. Tanto pela equipe que evangeliza e planta igrejas quanto pelo povo que recebe o evangelho. Se desejamos plantar igrejas precisamos orar.[7]
Pr. Robson Rosa Santana
[1] Apud LIDÓRIO, Ronaldo. Plantando Igrejas: teologia bíblica,
princípios e estratégias de plantio de igrejas. São Paulo, 2007, p. 83.
[2] LUTERANOS. Disponível em: <http://www.luteranos.com.br/conteudo/espiritualidade>. Acesso em: 24 nov. 2015.
[3] LIDÓRIO, Plantando Igrejas, p. 83.
[4] GOHEEN, Michael. A Igreja Missional na Bíblia: luz para as nações. Tradução Ingrid Neufeld de Lima. São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 246.
[2] LUTERANOS. Disponível em: <http://www.luteranos.com.br/conteudo/espiritualidade>. Acesso em: 24 nov. 2015.
[3] LIDÓRIO, Plantando Igrejas, p. 83.
[4] GOHEEN, Michael. A Igreja Missional na Bíblia: luz para as nações. Tradução Ingrid Neufeld de Lima. São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 246.
[5] Ibid., p. 246. Essa é a ideia do Catecismo de Heidelberg na Pergunta 116. “Por que a oração é necessária aos cristãos? R. Porque a oração é a parte principal
da gratidão, que Deus requer de nós . Além disto, Deus quer conceder sua graça e seu
Espírito Santo somente aos que continuamente Lhe pedem e agradecem, de todo o
coração.”
[6] GOHEEN, A Igreja Missional na Bíblia, p. 247.
[7] LIDÓRIO, Plantando Igrejas, p. 84.
[6] GOHEEN, A Igreja Missional na Bíblia, p. 247.
[7] LIDÓRIO, Plantando Igrejas, p. 84.
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