O que este princípio não significa?
a) Que as mulheres precisam se sujeitar a todos os homens em todos os lugares.
b) Que as mulheres são essencialmente inferiores aos homens.
c) Que as mulheres devem aceitar a tirania de seus maridos.
O QUE É “SUJEITAR-SE”?
“Colocar-se sob a autoridade de alguém”. “Subordinar-se”, “submeter-se”, “sujeitar-se”, “obedecer” são traduções legítimas.
Traz a idéia de submeter-se voluntariamente quando no passivo (Cf. Lc 2.51; 10.17; Rm 8.7; 1Co 16.16 etc.). Ver também Cl 3.18 e Tt 2.5.
Três modos usados por Paulo para submissão:
(1) Comparação: assim como a Igreja a Cristo;
(2) exemplo: relação de Cristo e a Igreja;
(3) extensão: “em tudo”.
“Foi dado ao marido a responsabilidade de guiar a família, mesmo com o sacrifício de sua vida (Ef 5.25-28). O papel da mulher é apoiar, ajudar e sustentar o marido no desempenho dessa missão”.
O termo traz a idéia de autoridade, de que alguém tem uma autoridade à qual se deve submeter-se e também a idéia de que é necessário submeter-se àquela autoridade.
“Autoridade, no conceito bíblico, não é uma coisa que uma pessoa tem por razão de força física, poder financeiro ou gênero – mas é sempre algo delegado por Deus”.
Líder secular - Aquele que manda, exige, cobra, ameaça e lucra
Líder espiritual - Aquele que serve, nutre, acolhe, orienta e valoriza.
“Ao dizer sejam submissas, Paulo estava dizendo ‘amem seu marido, cuidem dele, preocupem-se com ele, ajudem-no como ajudadoras idôneas e fiéis, sejam companheiras dele, em todos os momentos”.
RAZÕES PARA SUJEITAR-SE
(1) Razão Devocional – “como ao Senhor” (cf. Cl 3.18 – “como convém ao Senhor”)
Foi o Senhor quem determinou e em reverência a Ele a mulher se submete. Ou, a esposa deve ser somente naquelas coisas determinadas e ordenadas pelo Senhor.
Isso implica que para ser submissa ao marido tem de ser primeiro submissa a Cristo. Se não é submissa a Cristo, fica quase impossível sujeitar-se voluntariamente ao marido. E se é algo devocional tem de ser voluntária e espontânea, como tem de ser a Cristo (Rm 12.1).
(2) Razão Teológica – “porque o marido é o cabeça da mulher” (v.23). “Cabeça” significa “autoridade”, não se pode amenizar o seu significado. Quando Deus criou e estruturou o universo, não o fez caótico, sem ordem e confuso. “Para organizá-lo, Deus usou o princípio de delegar autoridades”. Os governos têm assim a sua base. A sociedade, a igreja e em todas as áreas. Até a divindade segue esse principio hierárquico, 1 Co 11.3 (cf. Fp 2.5-8; Jo 14.28). “Pai e Filho são iguais – entretanto, o Pai é o cabeça do Filho no que diz respeito ao plano da redenção do homem”.
CONCLUSÕES
1. Submissão não foi algo contextual, mas é para hoje também.
2. Não implica na superioridade do homem nem na desvalorização da mulher.
3. O problema básico de muitas famílias é a falta de respeito e obediência à autoridade, por parte dos filhos com relação aos pais e por parte das esposas em relação aos maridos.
Aos maridos fica a pergunta: “Você exerce o papel de líder que Deus lhe deu?”.
À esposa cristã: “há uma necessidade profunda de você compreender os fundamentos da sua posição. Você não foi chamada para ser escrava, oprimida, humilhada – mas você foi chamada para, como serva de Deus, obedientemente, cristãmente, em amor, conscientemente, reconhecer e sujeitar-se à autoridade do seu marido. Quer você seja mais culta do que ele, mais espiritual do que ele, ou qualquer coisa mais que ele, isso não importa, ele é a autoridade que Deus colocou em sua vida. Você precisa compreender isto e em amor sujeitar-se”.
IMPLICAÇÕES
Como as esposas devem submeter-se ao seu marido?
1. Ore por seu marido.
2. Permita que ele exerça autoridade e liderança no lar. Ex.: Miss EUA: “Fui eu quem decidiu quem seria o chefe lá em casa. O chefe da minha casa é o meu marido. Ele é o cabeça de nossa família”.
Sugestões para a esposa de temperamento forte casada com um marido passivo:
a) Não o sobrecarregue. Se ele não está acostumado a tomar decisões... Dê-lhe tempo para que se acostume...
b) Considere a decisão dele como final. Quando ele se decidir, não o contradiga. Apoie-o na decisão que tomou, mesmo que você não concorde [...] à medida que ele percebe que você confia nele, ele começará a tomar decisões para lhe agradar.
c) Faça um acordo com ele sobre pequenas decisões. O marido precisa de informações da esposa (filhos, casa, finanças etc) para que possa tomar decisões corretas. Mas também pode delegar à esposa decisões que ela sabe ser da concordância dele.
3. Seja o complemento de seu marido. Você é a auxiliadora idônea. “Você não vai agir contra o seu marido, você não vai agir antes do seu marido, você não vai agir independentemente do seu marido”[...]. Muitos casamentos estão em convulsão; não há relação entre cabeça e corpo, a cabeça está dizendo uma coisa, e o corpo se debatendo em outras direções. Esposas convulsionadas são aquelas que agem sem sintonia com seu marido.
Rev. Austustus Nicodemus Lopes
Adaptado do livro A Bíblia e Sua Família
Sempre achei que fosse realmente esse tipo de submissão, mas quando durante um casamento um pastor ou padre diz esse versiculo,boa parte dos presentes entende assim, principalmente por causa do machismo de nossa sociedade.Gostei muito desse esclarecimento.
ResponderExcluirO casamento não é uma guerra, na qual devemos nos degladiar para ter razão. E devemos sempre num momento de conflito pensar na frase "é melhor ser feliz ou ter razão".
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