Primeiro, o ímpeto primário para a missão é a necessidade espiritual. Tanto Jesus como seus discípulos foram enviados a homens e mulheres que eram necessitados espiritualmente. Embora as necessidades físicas sejam, às vezes, direcionadas durante o curso da missão, o foco é espiritual.
Segundo, o objetivo primário da missão é redentivo. Este princípio segue o primeiro logicamente. Jesus veio buscar e salvar o perdido. Após a ressurreição, os discípulos foram enviados para proclamar o perdão dos pecados. Em ambos os casos o propósito foi promover o plano divino de redenção.
Terceiro, a missão tem uma abrangência mundial. Jesus antecipou uma missão universal, e a missão dos discípulos pós-ressurreição era explicitamente universal. O propósito redentivo da missão estende-se a “todas as nações”.
Quarto, o enviado em missão exercita a mesma autoridade do enviador. Do mesmo modo que o Pai conferiu sua autoridade ao Filho, assim Jesus conferiu sua autoridade aos discípulos. A continuidade da autoridade é o mesmo exemplo proeminente entre o enviador e o enviado.
Quinto, a obediência caracterizaria o enviado em missão. Jesus foi comissionado para fazer a vontade do Pai, e ele esperava seus discípulos obedecer tudo que ele tinha ordenado a eles. Se as intenções divinas para a missão existem para serem cumpridas, então a obediência é essencial para aquele que é enviado.
Sexto, a pregação/ensino é a atividade primária do enviado em missão. Jesus foi enviado para pregar. A missão dos discípulos pós-ressurreição incluía a pregação, e a missão pós-ressurreição enfatizava a pregação e o ensino. A proclamação deve permanecer central para o empreendimento da missão.
Sétimo, a comunicação fiel da mensagem da missão trará resultados positivos. Jesus previa o resultado da missão em crescimento extensivo e transformação intensiva. A mensagem da missão contém dentro de si o potencial para produzir estes resultados. O que é requerido, portanto, é a comunicação fiel dessa mensagem.
Existem, é claro, outros princípios que podem – e devem – ser tirados do ensino de Jesus sobre a missão. Os setes precedentes são simplesmente um ponto inicial. Eles servem para nos lembrar, porém, que Jesus tinha muito a dizer sobre o tópico e estas suas palavras apontam o caminho para a compreensão da igreja da tarefa confiada a ela.”
John D. Harvey
Conclusão do capítulo “Mission in Jesus's Teaching”, p.48-49. Do livro Mission in rhe New Testament. Tradução Robson Rosa Santana.
Muito bom!
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