16 de abril de 2010

A filsofia na Patrística (Agostinho) e na Idade Média (Aquino)

INTRODUÇÃO 

O propósito desse trabalho é demonstrar em linhas gerais a influência da filosofia no final da idade média conhecida como escolástica. Especialmente no contexto da hegemonia católica no ocidente. Dessa forma, como mostraremos abaixo, o modo de fazer filosofia nesse período foi condicionado pela teologia, embora não tanto como o foi no período da patrística.

Para um conhecimento mais abrangente, em termos de tempo, vamos fazer uma breve descrição da influência filosófica em dois períodos distintos da história da igreja cristã, a patrística (século I ao século VII), especialmente a influência filosófica em Agostinho de Hipona; e na Idade Média (século VIII ao século XIV), através de seu maior expoente Tomás de Aquino.

Ainda em termos introdutórios, faremos uma conceituação do que seja a filosofia. A palavra “filosofia” é de origem grega, composta de “philo” e “sophia”. “Philo” significa amizade, amor fraterno, respeito. “Sophia”, por sua vez, quer dizer sabedoria. Como diz Marilena Chaui (2002, p.17), “Filosofia, significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber, desejar saber”. Desse modo, a filosofia é um estado de espírito que anseia, deseja, tem estima pelo conhecimento verdadeiro.

Ainda segundo Chaui, é atribuído a Pitágoras (séc. IV a.C.) a invenção da palavra filosofia. “Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos” (2002, p.17).

Mas de qual tipo de conhecimento se encarrega a filosofia? Qual a matéria específica da filosofia? De fato, é muito difícil definir o campo de ação filosófica. Na verdade, todas as áreas do conhecimento estão abraçadas com a filosofia. Deve-se destacar que não somente a origem da palavra é grega, mas a própria filosofia é grega. No sentido que se entende a influência da filosofia em Agostinho e Tomás de Aquino, ou seja, “como a aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego” (CHAUI, 2002, p.18). A influência filosófica nesses dois teólogos cristãos vem de Sócrates, Platão e Aristóteles, especialmente dos dois últimos. Desse modo, antes de adentrarmos nos dois filósofos cristãos, vejamos resumidamente a filosofia destes filósofos gregos.

Sócrates (470- 399 a.C.) foi o ponto alto da filosofia grega. Fundador da filosofia moral ou axiologia. Inventou a dialética, “método que investiga a natureza da verdade mediante a análise crítica de conceitos e hipóteses” (Enciclopédia ENCARTA, 2001, CD-ROM). Sócrates considerava a alma uma combinação de inteligência e caráter do indivíduo. “Enfatizou a necessidade de um autoexame analítico das crenças de cada um, de definições claras para os conceitos básicos, e de um levantamento racional e crítico dos problemas éticos.” (ENCARTA). Segundo seu discípulo estas são palavras de Sócrates:

Se, porém, digo que o maior bem para um homem é justamente este, discorrer todos os dias sobre a virtude e os outros argumentos sobre os quais me ouvistes raciocinar, examinando a mim mesmo e aos outros, e, que uma vida sem exame não é digna de um ser humano, ainda menos acreditaríeis no que digo. (PLATÃO, 2001, p. 72).

Platão (428-347 a.C.), como disse antes, foi discípulo de Sócrates. Aceitou sua filosofia, no que tange a teoria das ideias ou doutrina das formas, ou seja, para ele “as formas não são objetos físicos, nem são simplesmente símbolos lógicos ou matemáticos. Pelo contrário, têm existência objetiva e proveem a realidade para os objetos físicos no mundo dos sentidos, que somente pode imitar essas formas de modo imperfeito” (HABERMAS, 1999, vol. III, p. 156).

Aristóteles (384-322 a.C.) foi aluno da Academia de Platão. Mas ao contrário deste, propôs que não há existência fora dos objetos que os representam. Aristóteles definiu os conceitos e princípios básicos de muitas ciências teóricas como a lógica, biologia, física e psicologia. “Ao estabelecer os rudimentos da lógica como ciência, desenvolveu a teoria da inferência dedutiva, representada pelo silogismo e por um conjunto de regras, fundamentando o que viria a ser o método cientifico” (ENCARTA).

Agostinho, antes de sua conversão ao cristianismo, foi influenciado pelo neoplatonismo. Por isso, é importante ressaltar em linhas gerais o que significa. O neoplatonismo foi “a forma principal da filosofia grega entre os séculos III e VI d.C” (FERGUSON, vol. III, p. 15). Procurava desenvolver e sintetizar as ideias metafísicas de Platão. Conforme a Enciclopédia Encarta,

O neoplatonismo é uma variante do monismo idealista, para o qual a realidade última do Universo é o Uno, perfeito, incognoscível e infinito. Deste Uno emanam vários planos de realidade, sendo o nous (inteligência pura) o mais elevado. Do nous deriva a alma universal, cuja atividade criadora origina as inferiores almas humanas. O nous e a alma universal são da mesma substância, ou seja, consubstanciais ao Uno.

Ainda segundo Ana Vasconcelos (2011, p.74), “os neoplatônicos acreditavam que o Mal não tinha existência no mundo, o que existia era apenas a ausência do Bem. Pare eles, a perfeição e a felicidade eram adquiridas pela contemplação filosófica.”


1. A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA EM AGOSTINHO (PATRÍSTICA)

Agostinho (354-430), filho de Patrício, um pagão, e Mônica, uma cristã. Foi inspirado intelectualmente ao ler Hortensius, de Cícero. Em 373 afiliou-se à religião maniqueísta. Ensinou retórica na África do Norte (373-382) e em Roma (383). Nesta cidade abandonou o maniqueísmo e se tornou um cético. No ano seguinte foi ensinar em Milão, onde foi influenciado pela leitura filosófica neoplatônica e pelos sermões do bispo da cidade, Ambrósio.

Converteu-se ao cristianismo, foi batizado por Ambrósio. Retirou-se dois anos para estudar e foi ordenado sacerdote em Hipona, África do Norte, em 391. Em 395 foi ordenado bispo. Sobressai-se no restante da sua vida como bispo de Hipona, as controvérsias que participou e nos escritos que produziu, muitos deles de natureza apologética. Dentre as controvérsias destacam-se os conflitos contra o donatismo e o pelagianismo. É considerado o pai da teologia ortodoxa e um dos maiores doutores da Igreja Católica ocidental.

À época de Agostinho, e por toda a Idade Média, a filosofia ficou subordinada ao cristianismo. Isso não quer dizer que não havia nenhuma diferença entre filosofia e teologia, razão e fé; mas que a filosofia não tinha mais uma posição independente, pois era estudada principalmente por teólogos cristãos, os quais se tornaram personagens importantes na história do cristianismo.

A filosofia de Agostinho é estritamente platônica: metafísica, gnosiologia e ética. Embora fosse influenciado pelo platonismo, bem como outros personagens expoentes da patrística, ideias novas à filosofia greco-romana eram inevitáveis por causa da fé cristã em Deus revelado nas Escrituras Sagradas. Muitas questões filosóficas foram tratadas à luz da Bíblia. Dentre essas ideias novas à filosofia, Chaui (2002, p. 30) cita:

A ideia da criação do mundo, do pecado original, de Deus como trindade una, de encarnação e morte de Deus, de juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos, etc. Precisou também explicar com o mal pode existir no mundo, já que tudo foi criado por Deus, que é pura perfeição e bondade. Introduziu, sobretudo com Santo Agostinho e Boécio, a ideia de “homem interior”, isto é, da consciência moral e do livre-arbítrio, pelo qual o homem se torna responsável pela existência do mal no mundo.

 

Além dessas respostas às questões surgidas da Bíblia, a destilação de seu pensamento filosófico pode ser resumida nas palavras de D. W. Ramlyn, (2006): “Agostinho tirou a inferência de que todo nosso conhecimento é, em maior ou menor extensão, um produto da iluminação que Deus nos concede. Este é talvez o aspecto fundamental de sua filosofia”. E mais:

 Desta maneira, alega Agostinho, da mesma forma que aquilo que todos percebemos não é meramente um aspecto de nossos órgãos de sentidos, mas algo visível e independente de nós, no caso de outras formas de conhecimento, incluindo o das verdades eternas, o que conhecemos deve ser independente de nós. Em um sentido, conhecemos todas as coisas em Deus, se apenas no sentido em que Deus é a fonte dessa iluminação da qual depende o conhecimento. 

 Agostinho deixou registrados muitos escritos. Dentre seus escritos principais que fazem parte do primeiro período, entre 386 e 396, estão os de natureza filosófica: Contra os Acadêmicos (386), A Vida Feliz (386), Da Ordem (386), Da Imortalidade da Alma e da Gramática (387), Da Grandeza da Alma (387-388), Da Música (389-391), Do Professor (389), e Do Livre Arbítrio (FW, 387-388) (ver N. L. GEISLER, vol. I, p. 33).

Citando ainda Norman L. Geisler, quando trata do terceiro período das suas obras (411-430), diz que A Cidade de Deus “talvez tenha sido a maior de todas” (vol. I, p. 33). Na qual, segundo o articulista da Enciclopédia Encarta, “formulou uma filosofia teológica da história”.

No artigo “Filosofia Ocidental”, da Enciclopédia Encarta, vemos uma síntese e a influência da filosofia de agostiniana:

Agostinho conciliou a ênfase dada pelos gregos à razão com a insistência dos romanos nas emoções religiosas dos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos, gerando um sistema de pensamento que se transformou na própria doutrina do cristianismo da época. Em grande parte graças a sua influência, o pensamento cristão foi platônico em espírito até o século XIII.

 

2. TOMÁS DE AQUINO E A ESCOLÁSTICA CRISTà

Tomás de Aquino nasceu em Roccasecca perto de Aquino, na Itália (1225-1274). Ficou conhecido como filósofo, teólogo, doutor da Igreja (Doctor Angelicus), patrono das universidades, colégios e escolas católicas.

Com apenas cinco anos foi morar num mosteiro beneditino, mas depois foi levado pela sua família a estudar na nova universidade secular de Nápoles (1239). Nessa universidade se juntou aos dominicanos. Em 1245 estudou sob a orientação de Alberto Magno, no Convento de São Tiago na cidade de Paris (França). Juntamente com Magno, Aquino fundou uma escola em Colônia (hoje na Alemânia). Voltou a Paris em 1252 para ensinar na universidade. Entre 1259 e 1268 Aquino ensinou nas Curiae papais na Itália. Seus últimos anos de vida se deram em Nápoles ensinando numa casa de fundamento dominicano. Morreu em 7 de março de 1274, em Fossanova, quando estava a caminho do Concílio de Lyon. “Aquino foi canonizado em 1326, proclamado doutor da igreja em 1567, recomendado para estudo pelo papa Leão XIII (Aeterni Patris) em 1879, e declarado patrono das escolas católicas em 1880” (GEISLER, vol. III, p. 540-541).

Não é possível caracterizar o mé­todo de Tomás de Aquino por uma obra; ao menos deve ser chamado eclético. Por volta de novena e oito obras são atribuídas a ele. A maior e mais importante de suas obras é Summa Theologica, uma espécie de teologia sistemática com abordagem filosófica. Através do mesmo papa Leão XIII, citado acima, seu sistema foi declarado o ensino oficial da Igreja Católica Apostólica Romana.

O seu mé­todo é aristotélico, platônico e socrático. É indutivo e dedutivo. É analítico e sintético. Ele escolheu o melhor que podia encontrar naqueles que o precedeu. Aprovando o que era verdadeiro e rejeitando o que era falso. Percebe-se, no entanto, que a sua in­fluência maior é aristotélica.

As obras de Tomás podem ser divididas em quatros grupos: (1) Comentários; (2) Sumas; (3) Questões; e (4) opúsculos. Foi justamente com o legado deste frade dominicano que o escolasticismo chegou ao seu apogeu. Segundo H. Bettenson (1998, p.228), “a exposição sistemática da fé católica em termos de filosofia aristotélica produziu uma re­volução no pensamento cristão, pois Agostinho e Anselmo consideravam o platonismo como sendo a filosofia especificamente cristã.” No começo, os seguidores de Aristóteles eram encarados como ‘averroístas’, mas o aristotelismo modificado, que era o funda­mento da monumental Summa Theologica de Tomás de Aquino.

Com adaptações o aristotelismo adentrou na teologia cristã através de Tomás de Aquino. Este usou de tal maneira as obras e o pensamento de Aristóteles que não era apenas algo incidental, mas princípios metodológicos. Para Aquino a teologia e a ciência estão em harmonia, tal qual a razão e a fé. Para ele a teologia era uma ciência. Porém é distinta do conhecimento racional, pois apenas com a razão o homem não obtém a fé. Esta só poder chegar através da revelação especial e da graça. Talvez ele esteja parafraseando Paulo quando diz que o fundamento da verdade revelada não pode ser percebido pela ra­zão, mas a fé o aceita baseada na autoridade divina. Os princípios que devem reger a teologia são:

O conhecimento sobrenatural do próprio mundo, o conhecimento que Deus e os seus anjos possuem acerca de questões divinas. Desta maneira, a teologia recebe caráter científico, embora não possa provar a si mesma ou mesmo compreender plenamente os princípios sobre os quais baseia suas afirmações (HÄGGLUND, 1995, p.158). 

Conforme Normam L. Geisler e Paul D. Feinberg (1996, p.231), Tomás de Aquino tem o seguinte argumento, a posteriori (do efeito para a causa), para provar a existência de Deus:

(1)  Todo efeito, pela sua própria natureza, precisa de uma causa.

(2)  Todo ser contingente é um efeito.

(3)  Logo, todo ser contingente é causado.

(4)  Segue-se, portanto, que a causa de todo ser contingente não é contingente, mas, sim, necessária (ou seja: Deus).

Aquino sabia que nem tudo pode ser explicado pela razão, requer necessariamente fé, como as doutrinas da Trindade, a encarnação de Jesus.

Quanto aos seus escritos, pode-se dizer que, embora tenha vivido menos de cinquenta anos, são de tamanhos variados, tanto breves quanto longas. De acordo com The Catholic Encyclopedia (Vol XIV, 1912), 

As obras de Tomás de Aquino podem ser classificadas como filosófica, teológi­ca, bíblica e apologética, ou controversa. Porém, a divisão sempre não pode ser rigidamente mantida. A Summa Theologica, por exemplo, contém muito que é filosófico, enquanto a Summa contra gentiles é principalmente, mas não exclusivamente, filosófico e apologético. Os seus trabalhos filosóficos são, principalmente, comentários em Aristóteles, e os primeiros escritos teológicos importantes foram comentários dos quatro livros de "Sentenças" de Pedro Lombardo; mas ele não segue servilmente o filósofo ou o Mestre das Sentenças. 

Tomás de Aquino foi o maior expoente do escolasticismo. Ele soube sintetizar o que havia de melhor nos pensamentos cristãos e pagãos de sua época. Segundo L. FRANCA (1964, p.113-114),

Santo Tomás é o maior gênio da Escolástica. Espírito eminentemente coordenador, sintético e coerente, funde num sistema de proporções gigantescas e harmoniosas os materiais acumulados pelos séculos que o procederam. O que de mais verdadeiro havia produzido a filosofia grega no seu mais alto representante - o Estagirita, o que de mais profundo havia inspirado a sabedoria cristã, reunido e compendiado na obra genial do grande bispo de Hipona, quanto de aproveitável haviam legado os pensadores cristãos, árabes e judeus dos primeiros séculos medievais, tudo amadurecido pela meditação pessoal e opulentado pelos frutos originais de sua especulação, foi por Tomás de Aquino utilizado para a construção desta síntese orgânica - filha da tradição fecundada pelo gênio, maravilhosa pela unidade de seu tratado, pela solidez de seus princípios, pela profundidade ampla e luminosa de suas doutrinas, pelo rigor conciso de suas fórmulas, pela universalidade de suas aplicações. 

 Sendo aristotélico não se deixou levar cegamente por esta filosofia. Pois tomou certa independência de Aristóteles e o repensou totalmente. Chegando até a completar a sua obra, especialmente a metafísica, purificando-a de seu naturalismo.

Além do que vimos acerca do seu pensamento em relação à fé e razão, e a possibilidade do conhecimento de Deus, Tomás de Aquino também abordou as questões metafísicas. Segundo ele, a função do sábio era conhecer a ordem. Vejamos resumo de Geisler (1993, p. 541) sobre isso:

A ordem que a razão produz nos seus próprios atos é a lógica. Aquela que ela produz mediante atos da vontade é a ética. A ordem que a razão produz nas coisas externas é a arte. Mas a ordem que a razão contempla (mas não produz) é a natureza. Quando a natureza é comtemplada no âmbito dos sentidos, estudam-se as ciências físicas. A natureza estudada no âmbito daquilo que é quantificável é a matemática. Mas a natureza estudada no âmbito do ser é a metafísica.

 CONCLUSÃO

Até certo ponto somos influenciados pelo nosso tempo. Com estes dois grandes homens da história da igreja não poderia ser diferente. Agostinho de Hipona foi influenciado pela filosofia que predominava em sua época: o platonismo e a reinterpretação da sua metafísica, o neoplatonismo. Quando da sua conversão ao cristianismo a filosofia passou a ser vista pelos olhos das Escrituras Sagradas. Na verdade, Agostinho, como dissemos, é o pai da teologia ortodoxa. Não é por acaso que ele é um dos mais citados tanto por católicos romanos como pelos reformadores protestantes.

Tomás de Aquino, por sua vez, subiu nos ombros dos gigantes do passado. Viveu cerca de nove séculos após Agostinho. Teve o privilégio de receber a influência dos pais da igreja e de muitos teólogos e filósofos da Idade Média. Sua teologia foi influenciada, principalmente por Aristóteles. De fato, seu gênio é grandioso. Basta olharmos para o conteúdo da sua obra, a exemplo da Summa Theologica.

Tomás é venerado como Santo pela Igreja Católica e é considerado como o professor modelo para os que estudam para o sacerdócio. Suas obras são há muito tempo referência para os programas de estudos obrigatórios das ordens sagradas (como padres e diáconos) e também para os que se dedicam à formação religiosa em disciplinas como teologia, história, liturgia, filosofia católica e direito canônico.

O papa Bento XV, na encíclica Fausto Appentente Die (1921), dogmatizou: “Esta Ordem [dominicana], portanto, sempre honrada como mestra da verdade, adquiriu novo brilho quando a Igreja declarou ser seu o ensinamento de Tomás e este Doutor, homenageado com os especiais louvores dos Pontífices, mestre e patrono das escolas católicas”.

Já disseram que toda verdade é verdade de Deus. A filosofia busca a sabedoria, ama a verdade. E independente de quem a tenha dito, se for a verdade, vem de Deus. Desse modo, filósofos gregos como Sócrates, Platão e Aristóteles, na busca da sabedoria verdadeira, iluminados pela imagem de Deus em suas almas, trouxeram à humanidade fachos de luz, que foram usados por Agostinho e Aquino para melhor expor a fé cristã em seus dias.

 

BIBLIOGRAFIA

 

BENTO XV. Encíclica Fausto Appentente Die. Disponível em: https://www.vatican.va/content/benedict-xv/en/encyclicals/documents/hf_ben-xv_enc_29061921_fausto-appetente-die.html. Acesso: 19 abr. 2022.

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CHAUI, Marilena. Filosofia: série novo ensino médio. 1 ed. São Paulo: Ática, 2002. 232p.

ELWELL, Walter A. (ed.). Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. 1 ed. 3 vol. São Paulo: Vida Nova, 1993.

 Enciclopédia Microsoft Encarta. Redmond: Microsoft Corporation, 2001. 1 CD-ROM.

FRANCA, L. Noções de História da Filosofia17 ed., revista. Rio de Janeiro: AGIR, 1964.

GEISLER, Norman L., FEINBERG, Paul D. Introdução à Filosofia: uma perspectiva cristã. 2 ed. Tradução Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 1996.

HÄGGLUND, Bengt. História da Teologia. Tradução Mário L Rehfeldt e Gládis Knak Rehfeldt, 5  Ed. Porto Alegre: Concórdia, 1995.

HAMLYN, D. W. Uma História da Filosofia Ocidental. Tradução de Ruy Jungmann. Acesso em 23 de nov. 2006.

PLATÃO. Apologia de Sócrates & Banquete. Tradução de Pietro Nassetti, 1a Edição, São Paulo: Martin Craret, 2001.

­The Catholic EncyclopediaVolume XIV. Copyright 1912 by Robert Appleton Company Online Edition Copyright 1999 by Kevin Knight Nihil Obstat. Disponível em: https://www.newadvent.org/cathen/14663b.htm. Acesso em: 20 Mai. 2022. Minha tradução.

VASCONCELOS, Ana. Manual Compacto de Filosofia. 2ª Ed. São Paulo: Rideel, 2011.

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