A história registrada
Josué 4.21-24 traz muitas implicações para nós hoje, bem como para o assunto do
avivamento. É um fato que Deus tem feito coisas maravilhosas no meio do Seu
povo. Ele já havia mandado 10 pragas aos egípcios e depois dividiu o Mar
Vermelho. Após 40 anos peregrinando no
deserto, estavam às portas da terra prometida. Vendo com seus próprios olhos a
terra de Canaã. De um lugar desértico, agora contemplavam uma terra que manava
leite e mel. Um grande contraste. Mas havia um problema: entre eles e a terra
prometida havia o Rio Jordão.
Como atravessar todo
esse povo, com crianças, animais e bens? Deus age e divide o Rio Jordão.
Novamente atravessam como em terra seca. Então Deus dá o seguinte mandamento a
Josué: tirem doze pedras e coloquem em
Gilgal. Era um memorial. Um marco para não se esquecerem de quem é Deus e o
que ele fez. O Senhor deixa claro o propósito no v.24: “Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte,
a fim de que temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias”. Esse relato
bíblico serve não apenas para olharmos para o passado, mas par renovar nossos
corações para o que Deus pode fazer hoje!
Diante do assunto em
tela, quais são as marcas essenciais dos avivamentos, os quais devemos buscar e
identificar nos avivamentos de hoje?
1) Senso da majestade de Deus
Quando Deus desce,
somos tomados pela consciência aguda da Sua majestade: Glória, Santidade e Poder. Passamos a ter uma percepção da presença
de Deus. Avivamento fala de despertamento, derramamento, descida. É Deus
descendo até nós. Foi assim na transfiguração testemunhada por Pedro, João e
Tiago. Foi assim no Pentecostes. Foi assim em todos os avivamentos do passado.
Deus deixa de ser um conceito, uma ideia, uma doutrina. Ele se torna real,
presente, sensível! Os olhos se abrem para contemplar a sua glória. Assim foi
com Isaías: “meus olhos viram o Rei!”.
2) Senso de pecaminosidade pessoal
Somos
levados a uma terrível culpa pelo pecado. Deixamos de lado o moralismo, ao
achar que somos melhor que os outros, mas batemos no peito como o publicano da
parábola contada por Jesus: “Deus, tem
misericórdia de mim, pecador”. Não é um remorso, é um profundo
arrependimento porque temos sido rebeldes, desobedientes. Por termos tido a
arrogância de desobedecer às ordens do Santo Rei do Universo.
3) Compreensão da maravilha da salvação por meio de Jesus
A
obra de Cristo se torna real. Não é apenas uma história distante. Passamos a
compreender que o Filho de Deus nos ama e se deu por nós. Jesus se torna mais
pessoal: “Ele morreu por mim, os meus pecados estão perdoados”. E assim
somos levados a penetrar nesse amor de Deus e adorá-lo com todo nosso coração. A
Santa Ceia passa a ter um significado mais profundo.
4) Desejo ardente que outros conheçam a Cristo
Como somos
contagiados, entusiasmados (cheios de Deus), somos cheios também de amor pelos
perdidos. Não conseguimos deixar de falar da obra graciosa de Jesus. Queremos
que nossos familiares e amigos sejam convertidos. Começamos a orar por eles com
intercessão profunda. Assim como Jesus orou por Jerusalém (Mt 23.37-39).
Jonathan Edwards descreve
os frutos do avivamento ocorrido em Northampton, no Estado de
Massachussets (EUA, em 1735):
A obra prontamente operou uma gloriosa alteração na cidade. De forma que, na primavera e verão que se seguiram, ela parecia (refiro-me à cidade) estar cheia da presença de Deus. Nunca tinha sido tão cheia de amor ou cheia de alegria, e ao mesmo tempo tão cheia de aflição, como então. Houve admiráveis indicações da presença de Deus em quase cada casa. Foi um tempo de alegria para famílias como resultado de salvação ter chegado a elas. Pais regozijando-se pelo novo nascimento de seus filhos, maridos a respeito das esposas e esposas a respeito dos maridos. As obras de Deus foram vistas em Seu santuário. O dia de Deus era um deleite, e Seus tabernáculos amáveis. Nossas assembleias públicas eram maravilhosas. A congregação estava ativa no serviço de Deus. Todos concentrando intensamente na adoração pública. Cada ouvinte estava ansioso por beber as palavras do ministro à medida que saiam de sua boca. A assembleia em geral, de tempos em tempos, dissolvia-se em lagrimas enquanto a Palavra era pregada. Alguns choravam de aflição e pesar, outros de alegria e amor, outros com compaixão e preocupação pelas almas de seus semelhantes.
Conclusão
Isso é o que acontece
em tempos de avivamento espiritual. Há uma mistura de convicção de pecado e
alegria. Há um senso de temor, ações de graças e louvor. São dias de céu na
terra. Você vê essas marcas na sua vida ou igreja? Se não, faça a oração de
Isaías 64.
Pr.
Robson Rosa Santana
Adaptado do livro Avivamento, de D. Martyn Lloyd-Jones (Ed. PES)
Muito bom, obrigado
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