“Estou sem tempo”.
“Trabalho pelo dia e não dar para ir aos cultos da semana”. “Estou decepcionado
com as pessoas da igreja, melhor ficar em casa”. “Minha casa fica longe;
logo... não dá para ir à noite aos cultos”. “Esse culto de oração é muito
chato, não gosto, por isso não vou”. “Participar de algum trabalho da igreja
não vai dar, não tenho talento, nem disposição”. “Não dou mais dízimos e
ofertas, acho que está mal administrado”... etc.
Essas e outras desculpas
são apresentadas diariamente pelos chamados cristãos para não ir aos cultos ou
não se envolver pessoalmente nos trabalhos da Igreja do Senhor Jesus Cristo. As
palavras descritas em Malaquias 1:6-14 são carregadas de queixas do próprio
Deus para com aqueles que se dizem seus adoradores.
Nesse texto o Deus
Todo-poderoso diz que é natural os filhos honrarei aos seus pais biológicos,
bem como os servos honrarem seus senhores, e por isso pergunta: “se eu sou Pai
e Senhor onde está a honra e respeito para Comigo?” (v.6).
Na Antiga Aliança eram
oferecidos animais e pães como oferta de gratidão, perdão dos pecados, e Deus
já havia regulado, na Sua Palavra, a qualidade da oferta que Ele receberia. Em
outras palavras, Deus não recebe qualquer coisa. Seus servos sabem que Deus
quer o melhor, o perfeito, a excelência. Mas quantos de nós oferecemos o resto,
a sobra e mesmo assim de má vontade e com displicência e desleixo (cp. v.13).
No trabalho damos o
melhor de nós. Pois assim poderemos fazer carreira e ganhar mais para se ter
uma vida melhor. Mas a obra de Deus, quando feita, é realizada de forma
relaxada. E ao assim fazermos, estamos dizendo: “a mesa do Senhor é desprezível”
(v.7).
Nos estudos nos
esforçamos para fazer cursos, cursinhos, treinamentos, atualizações. Colocam-se
os filhos nas melhores escolas. Investe-se tempo e dinheiro nessas coisas. Não
que não seja necessário. É claro que é. Mas não se investe na leitura diária da
Bíblia. Não sobra tempo para a intimidade com Deus. Não se investe na compra de
livros cristãos que edifiquem a vida espiritual, o casamento, a criação dos
filhos. Investimos maçiçamente na carreira profissional e mirradamente na
carreira cristã. E assim dizemos (sem palavras): “a mesa do Senhor é imunda”
(v.12).
Há crentes que estão
satisfeitos com as ofertas “imundas” apresentadas no altar de Deus e talvez Ele
já esteja dizendo: “não tenho prazer em vocês”, “nem aceito esse tipo de
oferta” (v.10). Apresente o fruto dessa desmotivação e descaso ao seu chefe ou
ao seu professor (cp. v.9).
Cuidado! “Pois maldito
seja o enganador” (v.14), que tendo o melhor para ofertar a Deus, dá o que Ele
abomina: a não primazia, ou seja, o segundo, terceiro, quarto .... lugar.
Pois muitas das desculpas para não estar
em comunhão nos cultos no templo, nem se envolver ativamente no Reino de Deus,
refletem a nossa ansiedade pelas coisas desta vida. E Jesus nos ordena
veementemente: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”
(Mt 6.33).
A mesa do Senhor é
santa!
Robson Rosa Santana
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