16 de outubro de 2025

Sete Soluções para a Falta de Dinheiro


Aprendendo princípios antigos para uma vida financeira próspera e equilibrada

Você já se perguntou por que algumas pessoas prosperam enquanto outras vivem sempre no limite, mesmo trabalhando tanto? A diferença, muitas vezes, está em princípios simples — e antigos. Neste artigo, descubra sete segredos de sabedoria financeira ensinados há séculos em O Homem Mais Rico da Babilônia (Ed. Harper Collins, 2017) e veja como aplicá-los hoje para viver com equilíbrio, segurança e propósito.

Tenho me dedicado à leitura de uma série de livros sobre administração financeira e planejamento para uma melhor qualidade de vida na fase final da jornada. Além de acompanhar especialistas em investimentos nas redes sociais, assistir a vídeos, podcasts e ler relatórios financeiros disponíveis gratuitamente, aprendi muito com três obras essenciais: Pai Rico, Pai Pobre (Robert T. Kiyosaki), Os Segredos da Mente Milionária (T. Harv Eker) e, atualmente, O Homem Mais Rico da Babilônia (George S. Clason). Resolvi, então, fazer um resumo adaptado de um dos capítulos deste último livro.

No capítulo 3, intitulado “Sete Soluções para a Falta de Dinheiro”, Arkad — personagem fictício — é convocado pelo rei da Babilônia para ensinar ao povo como tornar-se próspero. A cidade era rica, mas apenas poucos desfrutavam dessa riqueza. A seguir, vejamos como ele apresenta suas lições.

Primeira solução: Comece a fazer seu dinheiro crescer

Segundo o homem mais rico da Babilônia, é preciso começar com o que já temos e, a partir daí, reservar uma parte do que ganhamos. Sua orientação é clara: guardar 10% da renda. Esse é o ponto de partida para qualquer prosperidade duradoura.

Segunda solução: Controle seus gastos

Normalmente, adequamos nossas despesas ao que ganhamos. Para não gastarmos igual ou mais do que recebemos, é necessário focar no essencial e aprender a controlar nossos desejos. Um bom orçamento revela para onde o dinheiro está indo e nos ajuda a eliminar desperdícios. Assim, é possível viver de modo equilibrado, satisfazendo necessidades – incluindo o lazer - sem comprometer toda a renda.

Terceira solução: Multiplique seus rendimentos

Arkad ensina que o dinheiro deve “trabalhar para nós”. Ele ilustra com o exemplo de um empréstimo a um comerciante — o que, hoje, seria ilegal para pessoas físicas (agiotagem) —, mas o princípio permanece: fazer o dinheiro gerar mais dinheiro.

Atualmente, isso se aplica aos investimentos, seja em renda fixa, que oferece mais segurança e previsibilidade (como Tesouro Direto — Selic ou IPCA+, CDBs, LCIs, LCAs, Debêntures), seja em renda variável, que envolve maior risco e potencial de lucro (como ações, fundos imobiliários — FIIs —, ETFs, BDRs ou criptomoedas). Em palavras simples, emprestamos nosso dinheiro a instituições que o usam para obter lucros — e nos recompensam por isso. Clason resume bem: “A riqueza de um homem não deve ser aquilatada pelas moedas que ele consegue juntar; ela se acha, sim, nos lucros que essa soma pode produzir” (p. 46).

Quarta solução: Proteja seu dinheiro contra a perda

Como o mercado financeiro e a política econômica são instáveis, é essencial proteger os investimentos. Arkad afirma que primeiro e principal princípio de um investimento é a “segurança do capital aplicado” (p. 48). É preciso estudar antes de investir e buscar orientação de pessoas experientes. Altos rendimentos sem segurança são armadilhas que levam à perda do capital principal. É sábio usar os conhecimentos dos melhores investidores e/ou consultores financeiros.

Quinta solução: Faça do lar um investimento seguro

Arkad aconselha: “Tenha seu próprio lar”. Ter uma casa própria, além de garantir estabilidade, geralmente é mais econômico do que pagar aluguel. O valor que se gasta mensalmente em aluguel muitas vezes equivale à prestação de um financiamento, mas sem retorno patrimonial.

Sexta solução: Assegure uma renda para o futuro

A vida se estende da infância à velhice — e a aposentadoria raramente mantém o mesmo padrão de vida da fase ativa. Por isso, é imperioso preparar-se. Investimentos em previdência privada, seguros de vida e imóveis são alternativas para garantir estabilidade no futuro. Como afirma Clason: “Seja previdente quanto às necessidades de sua velhice e quanto à proteção de sua família” (p. 53).

Sétima solução: Aumente sua capacidade de ganhar

Por fim, Arkad ensina que devemos ampliar nossas fontes de renda. Muitos reclamam do pouco que ganham, mas não buscam capacitação ou novas oportunidades. Reclamar não muda nada. É preciso agir: poupar, investir, qualificar-se e, se possível, diversificar as fontes de rendimento. Com atitude e disciplina — e a bênção de Deus — é possível prosperar.

Essas sete soluções mostram que prosperar não é questão de sorte, mas de sabedoria, disciplina e propósito. A Bíblia ensina: “Os planos bem elaborados levam à fartura, mas o apressado sempre acaba na miséria” (Provérbios 21.5). Deus não condena o dinheiro — Ele nos alerta sobre o amor a ele, a avareza, que é idolatria. Quando colocamos as finanças a serviço de propósitos justos e do bem, o dinheiro se torna uma ferramenta de bênção, e não de escravidão. Comece hoje mesmo a aplicar esses princípios. Pequenas atitudes diárias podem transformar sua vida financeira e abrir o caminho para uma vida mais estável, generosa e abençoada.

Robson Rosa Santana
Pastor da Igreja Presbiteriana Solar Park (Inhumas-GO)

21 de agosto de 2025

O valor incalculável do reino dos céus (Sermão em Mateus 13.44)

 ARA O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.

 Introdução

Imagine-se caminhando em um terreno aparentemente comum. Aos olhos humanos, não há nada de especial: apenas pedras, terra dura e mato seco. Mas, de repente, ao cavar, você se depara com um cofre cheio de ouro, pedras preciosas e riquezas incalculáveis. Como reagiria? Certamente sua vida mudaria para sempre.

Foi exatamente essa a cena descrita por Jesus na Parábola do Tesouro Escondido. Um homem comum encontra um tesouro extraordinário — e, tomado de alegria, vende tudo para adquiri-lo.

Essa parábola não é sobre riqueza material, mas sobre algo infinitamente maior: o valor incalculável do reino de Deus. Jesus nos mostra que o maior bem da vida não está no que o mundo oferece, mas em pertencer a Ele, em viver sob Seu governo e experimentar a salvação em Cristo.

E aqui está a pergunta crucial: qual é o valor que você dá ao reino de Deus?

 1. O Tesouro Descoberto (v. 44a)

O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu.

Na Palestina antiga, era comum esconder riquezas na terra, já que não havia bancos. Muitas vezes, esses tesouros ficavam esquecidos quando o dono morria.

·  Esse homem não estava procurando especificamente, mas trabalhando, cavando a terra. Muitas vezes, Deus se revela justamente quando estamos em meio à vida comum (Itamir).

·  O tesouro aqui representa o reino dos céus, a salvação em Cristo, a plenitude de vida com Deus (Hendriksen, Hernandes, Matthew Henry).

·  O detalhe de “esconder novamente” mostra a consciência de que precisava adquiri-lo de forma legítima, sem violar a lei. Aqui entra a lei rabínica mencionada por Itamir:

o Se tirasse o tesouro, deveria devolvê-lo ao dono do campo.

o Se deixasse, poderia comprá-lo legitimamente e então tê-lo.

→ O homem escolhe o caminho correto, revelando que o acesso ao reino exige legitimidade e entrega verdadeira.

Aplicação: Muitos olham para a Bíblia e para a fé cristã e só veem “um campo comum”, sem perceber o tesouro escondido em Cristo. Quantos frequentam a igreja, mas não enxergam a preciosidade do evangelho!

 2. A Alegria da Descoberta (v. 44b)

“E, transbordante de alegria, vai, “

·  O homem não lamenta o preço, mas se alegra pelo que encontrou.

·  A salvação em Cristo não é apenas renúncia, mas sobretudo alegria incomparável.

·  Hernandes Dias Lopes observa que não se trata de uma troca amarga, mas de uma troca feliz: o evangelho traz a alegria suprema do coração humano.

·  A conversão não é perder, é ganhar o maior de todos os tesouros!

Aplicação: O verdadeiro cristão não vive uma vida triste de perdas, mas uma vida alegre em Cristo. Essa alegria não depende de circunstâncias, mas da certeza de ter encontrado o que é eterno.

 3. O Custo da Aquisição (v. 44c)

“...vende tudo o que tem e compra aquele campo.”

·  Aqui está o ponto central da parábola: o tesouro vale mais do que tudo o que possuímos.

·  Não significa que podemos comprar a salvação — ela é graça gratuita de Deus (Hendriksen). Mas significa que o discipulado exige renúncia total, prioridade absoluta de Cristo sobre tudo.

·  Matthew Henry diz: “Aqueles que discernem este tesouro nunca estarão em paz até torná-lo seu, custe o que custar.”

·  Jesus não pede um pedaço da nossa vida, mas a entrega total do coração.

Aplicação para o crente:

·  Renunciar pecados acariciados, hábitos mundanos, prioridades egoístas.

·  Viver o reino é obedecer à vontade de Deus acima de tudo (Itamir).

Aplicação para o incrédulo:

·  O evangelho exige decisão: ou Cristo é o tesouro supremo da sua vida, ou algo terreno ocupa esse lugar.

·  Vale a pena abrir mão do passageiro para ganhar o eterno.

 Conclusão: O Tesouro Maior

 A parábola nos leva a refletir: o que tem mais valor para nós?

·  Para muitos, o tesouro está no dinheiro, no status, nos prazeres deste mundo.

·  Mas o cristão verdadeiro sabe que tudo isso é pó diante da sublimidade de Cristo.

 O exemplo de Paulo é o comentário mais vivo desta parábola:

“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele” (Fp 3.8-9).

 Apelo

Hoje, Jesus lhe mostra o tesouro do reino. Talvez você tenha olhado apenas para “o campo”, sem ver sua preciosidade. Mas Deus lhe revela: o verdadeiro tesouro é Cristo.

·  Crente, viva com alegria e entrega total, colocando o reino acima de todas as coisas.

·  Incrédulo, não desperdice sua vida com aquilo que perece. Corra para Cristo, e você terá o tesouro eterno.

  Pr. Robson Santana



Pesquisa:

LOPES, Hernandes Dias. As parábolas de Jesus. São Paulo: Hagnos, 2008. p. 70-71.
HENDRIKSEN, William. Mateus. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. v. 2, p. 91-92.
NEVES, Itamir. Comentário Bíblico de Mateus: Através da Bíblia. 2. ed. São Paulo: Rádio Trans Mundial, 2012. p. 114-115.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Mateus a João. São Paulo: CPAD, 2008. P. 172-173.

30 de julho de 2025

Assuma a Responsabilidade: O Antídoto Bíblico contra o Vitimismo

Vivemos em tempos em que a vitimização se tornou uma prática comum. Muitos preferem apontar dedos do que olhar para o espelho. Quando as coisas vão mal, é mais fácil culpar o governo, o patrão, o cônjuge, os irmãos da igreja ou até o próprio Deus. Esse espírito de vitimismo enfraquece a alma, paralisa a fé e impede o crescimento pessoal e espiritual. Por outro lado, a Palavra de Deus nos chama à autorresponsabilidade — a atitude madura e piedosa de reconhecer nossa parte nas situações e de tomar decisões práticas.
Quanto ao nosso trabalho e vida financeira, há quem viva reclamando da crise, dos preços altos e do salário baixo, mas se recusa a planejar, economizar ou estudar algo novo para ganhar melhor e ter uma melhor qualidade de vida. Provérbios 21.5 é claro: “Os planos do diligente tendem à fartura, mas a pressa excessiva, à pobreza.” A Bíblia elogia o trabalhador diligente (Pv 10.4) e condena o preguiçoso. O cristão é chamado a trabalhar com zelo e honestidade, lembrando-se que tudo deve ser feito “como para o Senhor” (Cl 3.23).
No que tange às relações familiares, quantas vezes ouvimos frases como: “Minha família não me entende”, ou “Meu casamento não dá certo por causa do outro”. Embora existam situações reais de sofrimento, é necessário perguntar: qual tem sido minha atitude? Efésios 5.25 diz aos maridos: “Maridos, amem a sua mulher, como também Cristo amou a igreja e se entregou por ela.”  E em Tito 2.4-5, Paulo orienta as mulheres a serem sensatas, boas donas de casa e submissas aos maridos. Assumir a responsabilidade é amar, perdoar, servir e dialogar — mesmo quando o outro falha.
Quanto à nossa vida de santidade diante do Senhor, sabemos que a santificação é uma obra do Espírito, mas exige cooperação consciente da nossa parte. Hebreus 12.14 declara: “Procurem viver em paz com todos e em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Transferir a culpa da falta de crescimento espiritual para os outros é fugir da responsabilidade. O Senhor nos chama a negar a nós mesmos, tomar a cruz e segui-lo diariamente (Lc 9.23).
Ainda com relação à nossa espiritualidade, como está nosso compromisso com a obra do Senhor? Há quem assista aos cultos como um “cliente da fé”, esperando apenas ser servido. Mas Jesus nos chamou para sermos servos. Em Mateus 25, os servos que multiplicaram os talentos ouviram: “Muito bem, servo bom e fiel... entre no gozo do seu senhor” (Mt 25.21). Quem se vitimiza diz: “Não tenho tempo, ninguém me chama, já fui magoado.” Mas quem assume a responsabilidade diz: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8).
Jesus, como exemplo maior para todas as áreas da vida, não se vitimizou diante da cruz. Pelo contrário, Ele assumiu Sua missão com coragem e determinação, dizendo: “Ninguém tira a minha vida de mim, mas eu espontaneamente a dou” (Jo 10.18). Cristãos maduros seguem esse exemplo. Não fogem da dor, não terceirizam a culpa, não se escondem atrás de desculpas. Eles se levantam, oram, pedem perdão, recomeçam e servem com alegria.
Irmãos, deixemos de lado toda desculpa, toda murmuração, todo espírito de vítima. Em Cristo, somos mais que vencedores (Rm 8.37). Que cada um de nós se examine, se humilhe, se disponha, e diga como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Assuma a responsabilidade da sua vida com fé, atitudes concretas e dependência de Deus. A colheita vem para quem planta com fidelidade.

Pr. Robson Santana
Igreja Presbiteriana Solar Park
Inhumas - GO

11 de julho de 2025

Perdão: mandamento de Deus

Em nossa caminhada de fé, enfrentamos o profundo e transformador mandamento bíblico do perdão. O apóstolo Paulo nos exorta com clareza: "Antes, sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo" (Efésios 4:32). Perdoar não é uma sugestão; é uma ordem clara do Senhor, um reflexo essencial do Seu caráter em nós. 

Precisamos perdoar, em primeiro lugar, porque fomos perdoados. Pense na dívida imensa que tínhamos para com Deus, cancelada por Cristo na cruz (Colossenses 2:13-14). Como recipientes de tamanha graça, como podemos negar o perdão a quem nos deve muito menos? 

Além disso, guardar ressentimento e amargura é como tomar veneno esperando que o outro morra. Esses sentimentos nos aprisionam, corroendo nossa paz, nossa saúde espiritual e nossos relacionamentos com Deus e com os outros (Hebreus 12.15). Perdoar é, em consequência, um ato de libertação para o nosso próprio coração. 

A Bíblia nos presenteia com exemplos poderosos que nos inspiram. Pense em José, traído, vendido como escravo e injustiçado por seus próprios irmãos. Anos depois, quando eles, temerosos, se prostraram diante dele, José viu a mão soberana de Deus e declarou: "Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem" (Gênesis 50:20). Ele perdoou completamente, restaurando sua família. 

E quem pode esquecer a comovente parábola do Pai do Filho Pródigo, contada por Jesus? Aquele pai, imagem do próprio Deus, não guardou rancor pelo filho que o desonrou e desperdiçou tudo. Ao avistá-lo retornando, humilhado, correu ao seu encontro, abraçou-o e o restaurou com alegria transbordante, antes mesmo de ouvir um pedido formal de perdão (Lucas 15:11-32). Esse é o perdão ativo, cheio de compaixão e graça que nos é oferecido e que somos chamados a imitar. 

Diante dessas verdades e exemplos, somos desafiados a fazer uma pausa sincera e sondar nosso próprio coração. É um exercício necessário, embora por vezes, difícil. Precisamos nos perguntar com honestidade: Existe alguém cujo nome, quando mencionado, traz um nó no estômago ou um frio no coração? Guardamos recordações de ofensas passadas, remoendo-as em silêncio? Evitamos certas pessoas, alimentando uma barreira invisível de mágoa? Será que justificamos nossa falta de perdão, minimizando a imensa graça que nós mesmos recebemos dia após dia? 

Lembremo-nos: perdoar não significa aprovar o erro, esquecer magicamente a dor (embora a memória possa se suavizar com o tempo) ou necessariamente restaurar uma confiança cega de imediato. Significa, pela graça que nos sustenta, decisivamente soltar o direito de retaliar, entregar a pessoa e a situação nas mãos justas de Deus (Romanos 12:19), e buscar uma disposição interior de não deixar que a mágoa controle nossa vida ou nosso precioso relacionamento com o Senhor. 

Perdoar é um ato de obediência que flui da dependência do Espírito Santo. Pode ser um processo árduo, mas é profundamente libertador e agradável ao nosso Pai. Por isso, neste momento, convido você a fechar os olhos, silenciar diante dEle e perguntar: "Senhor, há alguém que preciso perdoar?". Se o Espírito trouxer um nome ou uma situação à mente, não o ignore. Clame pela força de Cristo. Decida perdoar, passo a passo, entregando o peso a Ele. 

A liberdade e a paz genuínas que brotam da obediência a este mandamento são frutos preciosos da mesma graça que já nos alcançou e nos sustenta. Que Deus nos conceda corações sensíveis e dispostos a perdoar, assim como fomos e continuamos a ser perdoados em Cristo. 

Em Cristo Jesus, 

Pr. Robson Santana

robsonsantana.teo@gmail.com

16 de março de 2025

Meu corpo, minhas regras! Será? Estudo indutivo em 1Ts 4.3-8

Como manter a pureza sexual em um mundo que nos pressiona ao contrário?

Texto base: 1 Tessalonicenses 4:3-8

Objetivo: Compreender a perspectiva bíblica sobre relacionamentos e intimidade, aplicando seus princípios à vida cotidiana.

Método: OIA - Observação, Interpretação e Aplicação

1. OBSERVAÇÃO

Leia o texto com atenção: 1 Tessalonicenses 4:3-8 (NVI)
  • "A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejo, como os pagãos que desconhecem a Deus. Neste assunto, ninguém prejudique ou engane seu irmão. O Senhor castigará todas essas práticas, como já dissemos e asseguramos a vocês. Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. Portanto, aquele que rejeita estas instruções não está rejeitando o homem, mas o próprio Deus, que lhes dá o seu Espírito Santo."
Faça perguntas sobre o texto:
  • O que significa "santificação"?
  • O que é "imoralidade sexual" no contexto deste texto?
  • Como podemos "controlar o próprio corpo de maneira santa e honrosa"?
  • Por que Paulo compara os que praticam imoralidade sexual aos "pagãos"?
  • Qual a relação entre santidade e o Espírito Santo?

2. INTERPRETAÇÃO

Contexto:
  • Paulo está instruindo os tessalonicenses sobre como viver uma vida que agrada a Deus.
  • A igreja em Tessalônica era composta por gentios que viviam em uma cultura com padrões morais diferentes dos ensinamentos cristãos.
Significados:
  • Santificação: Processo de ser separado para Deus, tornando-se mais semelhante a Cristo.
  • Imoralidade sexual: Relações sexuais fora do casamento, incluindo adultério, fornicação e outras práticas sexuais ilícitas.
  • Controlar o próprio corpo: Exercer domínio próprio sobre os desejos sexuais, buscando a pureza.
  • Pagãos: Aqueles que não conhecem a Deus e vivem segundo os padrões do mundo.
Princípios:
  • A vontade de Deus é que vivamos em santidade, abstendo-nos da imoralidade sexual.
  • O controle do próprio corpo é essencial para a santidade.
  • A imoralidade sexual prejudica os relacionamentos e ofende a Deus.
  • Deus nos chama para a santidade, capacitando-nos através do Espírito Santo.

3. APLICAÇÃO

Reflexão pessoal:
  • Como este texto desafia meus padrões de relacionamento e intimidade?
  • Em quais áreas da minha vida preciso buscar maior santidade?
  • Como posso cultivar o domínio próprio sobre meus desejos sexuais?
  • De que forma posso honrar a Deus em meus relacionamentos?
Ação:
  • Estabeleça limites claros em seus relacionamentos, buscando a pureza e o respeito mútuo.
  • Cultive relacionamentos saudáveis com pessoas que compartilham seus valores.
  • Busque o apoio de líderes e mentores para fortalecer sua fé e resistir às tentações.
  • Ore pedindo a Deus força e sabedoria para viver em santidade.

CONCLUSÃO
  • 1 Tessalonicenses 4:3-8 nos ensina que Deus se importa com nossos relacionamentos e nossa intimidade.
  • Ele nos chama para viver em santidade, abstendo-nos da imoralidade sexual e buscando o controle do próprio corpo.
  • Ao aplicarmos esses princípios, honramos a Deus, fortalecemos nossos relacionamentos e experimentamos a plenitude da vida em Cristo.

* * *

Encontro Jovem
Igreja Presbiteriana Solar Park (Inhumas-GO)
Pr. Robson Santana
15 de março de 2025

19 de fevereiro de 2025

O Grande Segredo do Contentamento Cristão

Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4:11b).

Vivemos em um mundo marcado pelo descontentamento. Somos constantemente incentivados a buscar mais: mais conforto, mais bens, mais realizações. Entretanto, o apóstolo Paulo, escrevendo de dentro de uma prisão, nos surpreende ao declarar que aprendeu a viver contente em qualquer circunstância. Ele chama isso de um “segredo”, algo que precisamos aprender e praticar, e não uma habilidade natural ou resultado de situações favoráveis. Mas o que está por trás desse segredo?

Em primeiro lugar, precisamos entender que o contentamento verdadeiro não depende das circunstâncias. Muitas vezes, achamos que seremos felizes quando alcançarmos algo que desejamos: uma casa maior, um salário melhor, ou quando superarmos problemas. Contudo, Paulo ensina que a fonte do contentamento não está no que temos ou enfrentamos, mas em quem somos em Cristo. Isso significa que a alegria cristã está firmada em algo muito mais profundo do que condições externas, porque vem de Deus.

Em segundo lugar, o contentamento surge de um coração satisfeito em Deus. O salmista Asafe expressa isso no Salmo 73:25, dizendo: “Quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.” Assim como Paulo, ele reconheceu que Deus é suficiente, e que nada pode preencher nossa alma além d’Ele. O segredo do contentamento é viver com a certeza de que tudo o que temos, seja muito ou pouco, é fruto do cuidado amoroso de Deus e suficiente para nossas necessidades.

Em terceiro lugar, o contentamento vai além do material. A sociedade nos ensina a medir nosso valor e felicidade pelas coisas que possuímos, mas o cristão é chamado a um caminho diferente. Um coração satisfeito em Deus não se desespera pela falta de algo, mas aprende a valorizar o que já foi dado. Como o puritano Jeremiah Burroughs disse: "O contentamento cristão é aquela doce, interior, quieta e graciosa disposição de espírito que se submete e deleita na sábia e paternal providência de Deus em qualquer condição.”

Em quarto lugar, o contentamento transforma o sofrimento. Paulo nos ensina que até mesmo em momentos de fraqueza e dor, podemos encontrar força em Cristo. Ele ouviu do próprio Senhor: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Isso nos mostra que, mesmo quando enfrentamos dificuldades, podemos confiar que Deus está usando tudo para o nosso bem e para nos moldar à imagem de Cristo.

Por fim, o segredo do contentamento está em Cristo. Quando Paulo escreve: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13), ele não está falando sobre conquistas extraordinárias, mas sobre sua capacidade de enfrentar qualquer situação — seja abundância, seja escassez — com paz no coração, porque sua força vinha do Senhor. Assim, o contentamento cristão é aprendido por meio da comunhão com Cristo, confiando n’Ele como nossa fonte de alegria e satisfação.

O que isso significa para nós hoje? Como igreja, precisamos buscar essa mesma confiança em Deus e testemunhar ao mundo uma vida que não é abalada pelas circunstâncias. Não é fácil, e como Paulo, precisamos aprender dia após dia. Mas é possível, porque o Senhor é fiel. Ele continua sendo a nossa porção, como nos lembra Lamentações 3:24: “O Senhor é a minha porção; portanto, esperarei nele.”


Que Deus nos ensine o segredo do contentamento e nos ajude a viver com gratidão e paz em qualquer situação, sabendo que em Cristo temos tudo o que precisamos.

Robson Santana
Pastor da Igreja Presbiteriana Solar Park (Inhumas-GO)

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* Artigo adaptado do cap. 2 do livro "Aprendendo A Estar Contente", de Jeremiah Burroughs (Editora PES).

30 de janeiro de 2025

Pentecostes e Juízo Final: escatologia em Joel 2.28-32

Joel, profeta em Judá, trouxe uma mensagem de alerta e esperança. A praga de gafanhotos, vista como juízo divino, chamava o povo ao arrependimento. Contudo, Joel também anunciou uma promessa grandiosa: o derramamento do Espírito Santo, que iniciaria uma nova era na história da redenção.

A promessa de Deus sobre o derramamento do Espírito é segura e abundante. Ele cumpriu essa promessa no Pentecostes (Atos 2.16-21). A vinda do Espírito foi um evento transformador, mas não se limitou a aquele momento. O Espírito Santo permanece atuante na igreja ao longo dos tempos, batizando e incorporando à comunhão dos santos todos os que foram chamados à salvação. É Ele quem convence os pecadores do pecado, conduzindo-os ao arrependimento e à fé em Cristo. Jesus prometeu que o Espírito seria dado em plenitude, capacitando os crentes a viver em santidade e cumprir a missão dada por Deus. O Espírito transforma vidas, conduzindo os crentes a uma relação mais profunda com o Pai.

Joel destaca o alcance universal do derramamento do Espírito: "Sobre toda a carne". Essa promessa abrange todas as pessoas, sem distinção de raça, gênero, idade ou posição social (Números 11.29; Atos 10.34-48). Homens e mulheres são igualmente capacitados, jovens e idosos são chamados a participar do plano divino, e até servos e servas recebem o Espírito, evidenciando que Deus não faz acepção de pessoas (Gálatas 3.28; Atos 21.8-9).

Esse derramamento tem um propósito claro: capacitar os crentes a proclamarem a Palavra com ousadia e discernimento espiritual. Assim como Deus falou por meio de sonhos e visões aos profetas do passado, Ele continua a manifestar Sua vontade revelada nas Escrituras para guiar Seu povo.

Contudo, Joel também anuncia sinais extraordinários que precederão o "grande e terrível Dia do Senhor" (Apocalipse 6.12), um tempo de juízo divino e da consumação final do plano redentor de Deus. Apesar desses sinais de juízo, há uma promessa consoladora: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10.13). A salvação em Cristo é oferecida a todos, como vimos no Pentecostes, quando o Espírito capacitou os discípulos a proclamar o evangelho em várias línguas.

Diante dessas verdades, o derramamento do Espírito é um chamado à santidade, ao poder e à missão. Ele nos conduz a uma vida plena no Espírito, caracterizada por arrependimento, confissão e unidade na igreja. Devemos orar por um reavivamento que renove nossa fé e nos capacite a proclamar Cristo ao mundo como Salvador, enquanto também advertimos sobre Sua segunda vinda como Juiz.

Robson Santana
pastor presbiteriano

24 de dezembro de 2024

O Natal de Jesus: A Soberania de Deus na Salvação de Pecadores

No Natal, celebramos o cumprimento do plano eterno de Deus para a redenção da humanidade. O relato
de Mateus 1.18-25 nos revela a soberania divina na encarnação de Cristo e nos convida a uma resposta de fé e obediência. Este texto nos ensina que Deus orquestra a história para cumprir Sua promessa redentora.

Primeiramente, vemos a soberania de Deus na concepção de Jesus (v. 18-20). Ele foi concebido pelo Espírito Santo, destacando que a salvação é obra divina e não humana. José, ao enfrentar o dilema da gravidez de Maria, é guiado por Deus através de um anjo. Isso nos lembra que Deus dirige cada detalhe de Sua obra redentora, mesmo quando não compreendemos Seus caminhos. Somos chamados a confiar na soberania divina, especialmente em situações difíceis.

Além disso, o propósito redentor de Jesus é central (v. 21). O nome "Jesus" significa "o Senhor salva", e Ele veio para salvar Seu povo dos pecados. Isso reflete a doutrina da eleição, mostrando que Deus escolheu um povo para redimir. A missão de Cristo é lidar com o problema mais profundo da humanidade: o pecado. Devemos reconhecer nossa necessidade de salvação e nos alegrar na provisão divina em Cristo.

O cumprimento das promessas de Deus também é evidente (v. 22-23). Mateus conecta o nascimento de Jesus à profecia de Isaías 7.14, destacando que Ele é "Emanuel", Deus conosco. A encarnação é a maior demonstração da fidelidade de Deus, confirmando que Ele cumpre Suas promessas e está presente com Seu povo. Isso nos dá confiança para viver com a certeza de que Deus está conosco.

Por fim, a obediência de José nos serve como modelo de fé prática (v. 24-25). Ele obedeceu imediatamente às instruções divinas, mesmo diante de possíveis críticas. Sua fé nos desafia a obedecer a Deus com confiança, sabendo que Sua graça nos capacita a fazer Sua vontade.

Neste Natal, lembre-se de que o nascimento de Cristo não é apenas um evento extraordinário, mas a obra soberana de Deus para salvar pecadores. Confie na soberania de Deus, celebre a missão redentora de Jesus, viva com a certeza de Sua presença e obedeça com fé, sabendo que Ele sempre cumpre Suas promessas.

Robson Santana 
Pastor Presbiteriano

31 de outubro de 2024

Reformas na história do povo de Deus e na nossa vida (2 Crônicas 29.1-10)

Introdução

Com o tempo, quase tudo precisa de uma reforma: casa, carro, até mesmo nosso guarda-roupa. Nossa vida espiritual não é diferente. Em nossa jornada cristã, enfrentamos períodos de apatia ou até de envolvimento com as coisas deste mundo, e, como resultado, há uma necessidade de restaurar e renovar nosso relacionamento com Deus.

Como exemplo bíblico desse fato, Asafe relata no Salmo 73, “quase me resvalaram os pés” porque ele estava olhando para a prosperidade dos ímpios. Ele reconheceu o perigo de tirar os olhos do Senhor.

Ao refletir sobre 2 Crônicas 29, onde se fala da reforma religiosa realizada pelo rei Ezequias em Judá, veremos também outras reformas que ocorreram na história bíblica, na história da Igreja e em nossas próprias vidas.

Contexto

Esse texto nos apresenta o rei Ezequias, um dos maiores reformadores da história bíblica, que buscou restaurar o verdadeiro culto ao Senhor. O reinado de seu pai, Acaz, foi marcado pelo abandono da adoração a Deus, conforme a Lei de Moisés, substituindo-a pela idolatria e culto aos deuses de Damasco, num pragmatismo que desagradou profundamente ao Senhor:

 “No tempo da sua angústia, cometeu ainda maiores transgressões contra o Senhor; ele mesmo, o rei Acaz. Pois ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco, que o feriram, e disse: Visto que os deuses dos reis da Síria os ajudam, eu lhes oferecerei sacrifícios para que me ajudem a mim. Porém eles foram a sua ruína e a de todo o Israel” (2 Crônicas 28:22-23).

Como resultado dessa apostasia, a ira e o juízo de Deus vieram sobre Judá e Jerusalém (2 Crônicas 29:8-9). Esse exemplo nos lembra de que a rebeldia e o afastamento de Deus têm consequências sérias. Mas, pela graça de Deus, Ele sempre levanta homens e mulheres dispostos a reformar e renovar o Seu povo.

Desenvolvimento

Já no início de seu reinado, Ezequias deu o primeiro passo para restaurar o culto a Deus (v.3), purificando o templo e restaurando o culto segundo a Palavra. Do capítulo 29 ao 31, encontramos detalhes dessas reformas.

Aplicação: Não cabe ao homem inventar formas de cultuar a Deus. O culto é regulado pela Palavra e deve ser teocêntrico, tendo Deus como o centro e a sua glória como o propósito maior.

Exemplos de Reformas na História Bíblica e Eclesiástica

1. Esdras e Neemias – Após o exílio, estes líderes conduziram o povo a uma restauração da vida religiosa, conforme a Lei de Moisés. Essa reforma era um retorno aos fundamentos da fé e à adoração ao único Deus.

2. Jesus Cristo – Quando Jesus veio, Ele também trouxe uma reforma. Ele declarou: “Não vim revogar a lei, mas cumprir” (Mateus 5:17), e condenou a adição de tradições e cargas humanas que afastavam o povo de Deus, como em Mateus 23:13 e 11:28, oferecendo o verdadeiro descanso que a Lei apontava.

3. Reforma Protestante – No século XVI, homens como Lutero, Zwinglio, Calvino, Farel e Knox se levantaram para reformar uma igreja que havia se desviado das Escrituras. Os reformadores proclamaram os princípios: Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Solus Christus, e Soli Deo Gloria.

Aplicação: A Necessidade de Reformas Pessoais

Assim como as reformas religiosas foram necessárias no passado, nossa vida espiritual também precisa de constante renovação e reforma. É comum que nos afastemos do propósito de Deus, e precisamos buscar sempre um retorno à Sua Palavra.

1 Timóteo 4:1-3 fala de tempos em que alguns abandonariam a fé e seguiriam doutrinas de demônios. Não é diferente em nossos dias. Reformar nossa vida significa voltar para Deus e deixar que Sua Palavra seja o nosso guia.

Reformas Necessárias na Nossa Vida

1. Santificação (v.4-5): “Trouxe os sacerdotes e os levitas, reuniu-os na praça leste e lhes disse: — Escutem, levitas! Santifiquem agora a si mesmos e santifiquem a Casa do Senhor, Deus de seus pais. Tirem do santuário tudo o que é impuro”

Ezequias instruiu os sacerdotes a se purificarem e purificarem o templo, removendo toda a imundícia. Muitos cristãos ainda justificam sua falta de santidade por causa da sua personalidades ou das circunstâncias. No entanto, Hebreus 12:14 é claro: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”

2. Fidelidade (v.6a): “Porque nossos pais foram infiéis e fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, nosso Deus, e o abandonaram.”

Os antepassados do povo haviam feito o que era mal, abandonando o Senhor. É uma chamada para sermos fiéis à aliança com Deus e aos princípios bíblicos.

3. Comunhão e Adoração (v.6b): “Desviaram o seu rosto do tabernáculo do Senhor e lhe viraram as costas.”

Muitos deixam de congregar, distanciando-se da comunhão e do ensino. O autor de Hebreus nos adverte a não abandonar a congregação, e a Palavra nos encoraja a edificar uns aos outros.

4. Apreço pela Palavra de Deus (v.7b): “apagaram as lâmpadas”.

Ezequias viu que as lâmpadas que deviam queimar diante de Deus estavam apagadas. Isso reflete uma vida sem direção bíblica. Como afirma o Salmo 119:105, “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.”

5. Vida de Oração (v.7c): “não queimaram incenso”.

A oração é o incenso que sobe ao trono de Deus. O salmista diz, em Salmo 141:2, “Suba à tua presença a minha oração, como incenso.” Devemos fazer da oração o primeiro e não o último recurso em nossa vida.

6. Consagração (v.7d): “nem ofereceram holocaustos no santuário ao Deus de Israel.”

Ezequias notou a falta de holocaustos, que simbolizavam o sacrifício e a entrega a Deus. Em Romanos 12:1, Paulo nos chama a sermos sacrifícios vivos. Precisamos viver uma vida de total consagração ao Senhor.

No versículo 10, Ezequias declara: “Agora estou decidido a fazer uma aliança com o Senhor.” E nós, estamos dispostos a fazer o mesmo? O que precisa ser reformado em sua vida? Hoje é o dia de renovar sua aliança com o Senhor, de pedir a Ele que faça uma reforma completa em você.

Que possamos clamar por um coração reformado, moldado e renovado pela Palavra e pelo Espírito de Deus. 


Robson Santana

Pastor presbiteriano

8 de novembro de 2023

Primeiro Sinal de Jesus em um Casamento (João 2.1-11)

 INTRODUÇÃO

Nosso texto, que registra o primeiro milagre ou sinal de Jesus, deve chamar a atenção do verdadeiro cristão.

Como diz no v.11: “Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galileia”.

Há muitas formas de analisarmos um texto bíblico. Na maioria das vezes os pregadores colocam o foco em nós, e são rápidos trazer lições práticas em redor do ser humano.

Vi um sermão de um pastor conhecido que tinha como tema: “A diferença que Jesus faz na família”. Outro tema parecido poderia ser: “A importância que Jesus dá para a família”.

 
Todos esses enfoques são verdadeiros quando olhamos a Bíblia em geral.

Mas o propósito de Jesus ter ido àquela celebração de casamento e ter realizado Seu primeiro lá, tem a ver com a Sua pessoa e obra.

Outro pastor presbiteriano (Rev. Ageu) abordou da seguinte forma: “Por que Jesus transformou água em vinho?”

Como os irmãos verão, vamos abordar alguns detalhes, mas o foco é no sinal que aponta para o próprio realizador do milagre.

Vejamos alguns ensinos que podemos tirar desse texto:

 

1. JESUS MOSTRA A DIGNADADE DO CASAMENTO

A presença de Jesus no casamento foi primeiro ato público de Seu ministério.

Casamento é algo ordenado por Deus para o benefício do ser humano: homem e mulher.

Em nossos tempos o casamento tem sido tratado com muita banalidade.

Muitos se casam sem compreender a seriedade do matrimonio.

A filosofia de muitos é: vou casar, se não der certo a gente separa.

Os registros oficiais de divórcio no Brasil deixam claro isso.

ACIMA DE TUDO HÁ UM FATO QUE JAMAIS PODE SER DESPREZADO: JESUS É O EMANUEL. A presença de Jesus naquele casamento é o fato claro de Deus andando em nosso meio: Jesus é o Deus conosco. O casamento também é uma figura clara da UNIÃO ENTRE JESUS E SEU POVO.

Outra coisa que precisa ser destacada é a resposta de Jesus à pergunta de sua mãe. Maria sabia quem era Seu Filho, que Ele tinha poder para fazer aparecer vinho em todo lugar. Mas Jesus disse com todo amor e carinho por Sua mãe: “não se intrometa nas coisas do Pai”.

Por isso Jesus continua no v.4: “Ainda não é chegada a minha hora.”

Jesus no casamento já falava acerca da Sua morte (“minha hora”)

Várias vezes ele falou que não era chegada a Sua hora.

Depois da Ceia, sabendo da proximidade da traição e da Cruz, Ele orou ao Pai:Depois de dizer essas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: — Pai, é chegada a hora. Glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti,
assim como lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”
(
João 17:1,2)

JESUS É O CORDEIRO DE DEUS.


2. HÁ SITUAÇÕES EM QUE A DIVERSÃO E A ALEGRIA SÃO BENÇÃOS DE DEUS

       Fica claro que Jesus não iria num ambiente em reinasse o pecado. Jesus está aqui legitimando uma festa de casamento, que naquela época durava vários dias, alguns falam em até 7 dias de celebração do casamento.

Ec 10.19: “As festas são feitas para rir, o vinho alegra a vida, e o dinheiro dá conta de tudo.”

Como dissemos acima há lugares e ambientes que não são convenientes para os crentes.

Ryle: “o servo de Cristo não tem o direito de entregar a Satanás e ao mundo as recreações inofensivas e atividades que promovem a reunião da família”

A DICA é sempre perguntar: Jesus iria onde estou indo ou estou querendo ir?

Não esqueçamos que estamos sempre na PRESENÇA DE DEUS (coram Deo)


3. O PRIMEIRO SINAL: TRANSFORMAÇÃO DE ÁGUA EM VINHO

Jesus transformou água em vinho. Como orientados por Maria, os garçons pegaram as 6 talhas, cada uma dava e metretas (em torno de 40l).

Toda essa água (c.600l) foi transformada em vinho, e do melhor vinho, como disse o mestre sala.

Nesse sentido o grande destaque é para o poder infinito de Jesus: EL SHADAI.

Jesus foi e continua sendo o Deus Todo-poderoso.

O propósito do milagre/sinal, como está escrito no final do v.11, foi Jesus manifestar a Sua glória para que seus discípulos crescem nEle.

Aqueles que seriam enviados ao mundo para testemunhar de Cristo, precisava, antes de tudo, crer nEle.

 

CONCLUSÃO

Nesse casamento podemos frisar a importância do casamento, da família e das festas e diversões sadias.

MAS O FOCO principal foi revelar quem era Jesus de Nazaré.

Revelar a glória de Jesus. Ele não era apenas o filho de Maria de Nazaré, mas o Deus Filho encarnado, o Mediador entre Deus e os homens.

Jesus é o Deus conosco (Emanuel)

Jesus é o Cordeiro de Deus (que daria sua vida na hora preparada pelo Pai)

Jesus é o Deus Todo-poderoso (El Shadday).

E o que esse texto tem a ver conosco?

1Tm 1:15 “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.”


Robson Santana
Pastor presbiteriano

29 de agosto de 2023

Batalha espiritual: o mundo, a carne e o diabo

Texto base: Mateus 13.1-23

Introdução

A Parábola do semeador (Mt 13.1-23) nos apresenta claramente quais são os três inimigos da Palavra de Deus: O diabo, o mundo e a nossa carne.

1. Diabo

O diabo é um anjo que se rebelou contra Deus e caiu de seu estado original. Seu propósito, desde então, é ser inimigo de Deus e dos homens. Desde Adão até o livro de Apocalipse vemos ele agindo na vida das pessoas para levá-las ao pecado e incredulidade. Como ser espiritual invisível, age de forma sorrateira com a intenção de enganar e manipular as pessoas para longe de Deus.

A palavra Satanás vem do hebraico e quer dizer “adversário”; vemos essa forma mais no Antigo Testamento. Diabo, por sua vez, vem do grego e significa “acusador”. Juntamente com ele caíram outros anjos, que formam, assim, um exército do mal. Embora Deus os tenha julgado e reservado para juízo, ele continuar a agir enganando as nações até o dia do juízo final, dia que ele, os demônios e todos os incrédulos, sofreram a punição eterna do inferno de fogo.

a) Devemos resistir ao diabo

Tg 4.7: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.

1 Pe 5.7-8: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.”

b) Não demos lugar ao diabo

Ef 4.26-27: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo”.

2. O Mundo

Há três concepções bíblicas para a palavra mundo. Mundo como toda a Terra. Mundo no sentido de pecadores (Joao 3.16). E mundo como um sistema de vida e prática rebelde contra Deus. É nesse sentido que Deus nos diz para não sermos amigos do mundo, nem o amar, como veremos a seguir.

1 Jo 2.15-17: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.

Tg 4.4: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?”
3. A Carne

Assim como a palavra mundo, na Bíblia a palavra carne também tem alguns significados. No sentido que este estudo quer abordar, carne significa uma vida separada do controle do Espírito Santo, a nossa natureza pecaminosa que afetar todo nosso ser, corpo e alma.

a) Não ofereçam o corpo aos prazeres da carne

Rm 6. 12-13: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça”.

b) Façam morrer a natureza terrena

Cl 3.5-6: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”

c) Andem no Espírito Santo

Gl 5.16-17: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.

Conclusão

Como crentes, enquanto estivermos aqui nesse mundo, sempre estaremos envolvidos numa guerra espiritual para assim vivermos em santidade e serviço a Deus. Nosso maior inimigo está dentro de nós, a nossa natureza pecaminosa. Devemos viver em consagração contínua para não satisfazermos a sua vontade.

Devemos também estar alertas a qualquer estilo de vida que o mundo em nosso redor tenta nos impor que seja rebelde contra Deus. Como vimos, não devemos ter amizade ou comunhão com as práticas mundanas pecaminosas.

Por fim, a Palavra de Deus nos dar conta que há um inimigo sutil e experiente (satanás e os demônios) tentando nos seduzir com suas ciladas em nossa mente e coração, bem como usando outras pessoas para fazermos pecar e nos afastar de Deus. Devemos resistir-lhe firmes na fé, pois maior é Deus que está conosco. Em Cristo Jesus somos mais que vencedores (Rm 8.37).

Pr. Robson Santana

29 de março de 2023

O Príncipe, de Maquiavel: uma resenha

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe: comentado por Napoleão Bonaparte. Trad. Pietro Nassetti. 7ª reimpressão. São Paulo: Martin Claret, 2010. Original em Italiano: Il Principe (1513-1516).

Niccolò Machiavelli, mais conhecido como Maquiavel, nasceu em Florença, Itália, em 1469. Ele viveu em uma época de mudanças políticas e culturais significativas, marcada por conflitos entre cidades-estado italianas e invasões estrangeiras. Maquiavel passou a maior parte de sua vida como funcionário público em Florença, onde desempenhou vários cargos, incluindo secretário da Segunda Chancelaria, uma posição importante no governo florentino. Maquiavel morreu em 1527, após uma longa doença, deixando para trás uma obra que influenciaria a história do pensamento político até hoje.

Maquiavel é frequentemente retratado como um defensor da amoralidade política, da tirania e da crueldade, mas sua obra é muito mais complexa do que essa imagem simplista sugere, por isso tem sido objeto de inúmeras interpretações e controvérsias, sendo considerada por alguns como uma apologia da tirania e da amoralidade, e por outros como um tratado realista sobre a natureza do poder político.

"O Príncipe" é a obra mais famosa de Maquiavel e considerada uma das obras mais importantes da literatura política ocidental. Foi escrita em 1513, mas publicada pela primeira vez em 1532, cinco após sua morte. Essa obra que se tornou famosa por suas ideias controversas sobre a natureza do poder e da política. O livro não foi escrito para um público geral. Foi dedicado a Lourenço de Médici, membro da família que havia retomado o controle de Florença e que Maquiavel esperava impressionar com suas ideias políticas. O livro é escrito em forma de conselhos para um príncipe fictício, oferecendo orientação sobre como adquirir e manter o poder.

Maquiavel escreveu o livro como um guia para o príncipe ideal, que deveria ter habilidades e características específicas para governar com eficácia e manter seu poder. Maquiavel acredita que a política não pode ser guiada pela moralidade ou pela religião, mas sim pelo realismo e pela prática. Nele Maquiavel argumenta que, em alguns casos, a ética não é suficiente para manter o poder e a estabilidade política. Ele sugere que os líderes devem estar dispostos a fazer o que for necessário para manter o controle, incluindo a manipulação das massas e o uso da violência. Ou seja, os líderes devem ser pragmáticos e adaptáveis às mudanças políticas e sociais.

Ele defende que os governantes devem ser astutos e saber quando agir de forma assertiva e quando adotar uma abordagem mais cautelosa. Segundo Maquiavel, o líder deve ser temido e amado, mas nunca odiado, e deve ser capaz de manter o controle sobre seus subordinados. Para ele, o fim justifica os meios, e o príncipe deve usar todas as ferramentas disponíveis para garantir a estabilidade e a segurança do Estado.

Outro aspecto importante de "O Príncipe" é a distinção entre virtù e fortuna. Virtù é a habilidade, a inteligência e a astúcia do príncipe, enquanto fortuna é a sorte, o acaso ou as circunstâncias inesperadas. Maquiavel acredita que o príncipe deve ser capaz de usar sua virtù para lidar com as mudanças da fortuna e garantir seu poder, ou seja, a capacidade do governante de tomar decisões corajosas e eficazes, bem como a necessidade de manter o favor do povo e da nobreza. Nessa obra, ele também afirma que é melhor ser temido do que amado, porque o medo é mais confiável do que o amor, e o príncipe que é temido não precisa se preocupar com a traição ou a desobediência.

Em suma, “O Príncipe” é uma obra que visa fornecer orientações práticas para os governantes da época, apresentando uma abordagem realista e pragmática da política e do poder. A obra é controversa e tem sido interpretada de várias maneiras ao longo dos anos, mas ainda é considerada uma das obras mais influentes na história da filosofia política.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo: um pouco da filosofia do filme


TUDO em todo o lugar ao mesmo tempo. Direção e roteiro: Daniel Scheinert e Daniel Kwan. Produtor Executivo: Tim Headington. Estados Unidos: Diamond Films, 2022. Netflix.

"Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” é um filme de ficção científica e comédia de ação dirigido por Dan Kwan e Daniel Scheinert. Retrata a vida sobrecarregada da imigrante chinesa Evelyn Wang (Michelle Yeoh), cuja lavanderia está à beira do fracasso e seu casamento com um marido covarde está em ruínas, enquanto ela luta para sobreviver, incluindo seu relacionamento difícil com seu pai e sua filha (Stephanie Hsu). E como se isso não bastasse, Evelyn deve se preparar para um encontro desagradável com a rígida burocrata Deirdre Beaubeirdre. (Jamie Lee Curtis), uma auditora da Receita Federal americana.

Mas quando um agente implacável perde a calma, uma brecha inexplicável se abre no multiverso, abrindo caminho para uma exploração aberta de uma realidade paralela. Evelyn inicia uma aventura onde ela deve sozinha salvar o mundo e impedir que uma criatura maligna destrua as inúmeras ​​camadas do mundo invisível. Enquanto explora outros universos e outras vidas que poderia ter vivido, as coisas se complicam ainda mais quando ela se vê preso nessa armadilha da possibilidade e incapaz de voltar para casa.

Do ponto de vista filosófico, o filme "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" apresenta vários aspectos filosóficos que são explorados ao longo da história. Abaixo estão alguns exemplos:

A natureza da realidade: O filme levanta questões sobre a natureza da realidade e como nossas experiências passadas afetam nossa compreensão do mundo ao nosso redor. A personagem principal começa a questionar a realidade de sua existência e se tudo o que está acontecendo ao seu redor é real ou uma ilusão.

A relação entre tempo e memória: O filme também explora a relação entre tempo e memória e como nossas memórias afetam nossa compreensão do tempo. As cenas são apresentadas em ordem cronológica não linear, o que destaca como nossa memória pode influenciar como vemos o tempo passar.

Identidade pessoal: O filme também questiona a identidade pessoal e a noção do "eu". As várias versões dos personagens principais sugerem que a identidade não é fixa e pode mudar ao longo do tempo.

Solidão e isolamento: A solidão e o isolamento são temas recorrentes no filme. A fazenda isolada onde a história se passa e a sensação constante de que algo não está certo sugerem a sensação de isolamento que pode surgir quando questionamos a natureza da realidade.

O tempo como uma construção humana: O filme sugere que o tempo é uma construção humana e que nossa percepção do tempo pode ser altamente subjetiva. Várias cenas no filme sugerem que o passado, presente e futuro estão todos acontecendo simultaneamente.

Destino e responsabilidade humana: O filme sugere que há um destino maior ou destino que conecta todas as coisas, e que Kuang é um herói que deve salvar o multiverso. Este tema levanta questões sobre o papel do destino e da responsabilidade pessoal em nossas vidas, e se temos controle sobre nossos próprios destinos.

Bem e mal: O filme explora o conflito entre o bem e o mal, e sugere que mesmo os personagens mais maus têm o potencial de redenção. Este tema levanta questões sobre a natureza do bem e do mal, e se esses conceitos são fixos ou sujeitos a mudanças.

A natureza da existência: Por fim, o filme levanta questões mais amplas sobre a natureza da existência e o significado da vida. Em várias cenas, as personagens parecem estar presas em ciclos repetitivos, sugerindo que a existência humana pode ser cíclica e sem sentido. O filme sugere que encontrar um significado na vida pode ser uma tarefa difícil e que a resposta pode ser inalcançável.

Em termos gerais, o filme aborda temas filosóficos complexos e estimula o espectador a questionar sua compreensão do mundo ao seu redor.