J. C. Ryle, num pequeno texto intitulado “O Temor de um Pastor", disse:
"O que eu
temo em relação a você? Tudo.Temo que você persista
em continuar rejeitando a Cristo, até que perca a sua alma. Temo que você
seja entregue a uma mente reprovável e não desperte jamais. Temo que você
chegue a tal dureza de coração e morte, que nada romperá o seu sono, exceto a
voz do arcanjo e da trombeta de Deus. Temo que você se
agarre a este mundo fútil, com tanto apego que nada poderá separá-lo dele,
exceto a morte. Temo que você
viva sem Cristo, morra sem perdão, ressuscite sem esperança, receba julgamento
sem misericórdia e seja lançado inevitavelmente no inferno".
De fato, não há maior
tristeza para um pastor do que saber que suas
ovelhas estão doentes espiritualmente, que estão em pecado, que estão se
colocando em zona de perigo, que estão desprezando a Palavra do Senhor, envergonhando
o nome de Jesus e da igreja que frequenta.
Quanto a isso Pedro adverte: “No
passado vocês já gastaram tempo suficiente fazendo o que agrada aos
pagãos. Naquele tempo vocês viviam em libertinagem, na sensualidade, nas
bebedices, orgias e farras, e na idolatria repugnante" (1 Pe 4.3)
A TESE DE PAULO (v. 14a:): "O CRENTE NÃO PODE SE COLOCAR EM JUGO DESIGUAL COM
OS INCRÉDULOS"
Jugo desigual era
colocar numa mesma canga um boi e um burro. Eles são diferentes fisicamente. Um
maior do que o outro. As passadas eram diferentes. (Lv 19.19; Dt 22.10). Logo, a terra que
seria arada ficaria irregular, ficaria um trabalho mal feito. Porque a canga
deve ser posta em animais da mesma espécie.
Desse modo, de um
modo espiritual, o crente é diferente de um incrédulo. Isso não quer
dizer que não devemos falar com pessoas descrentes ou ter certa amizade com
eles. Porque se fosse
assim Jesus nos tiraria do mundo.
Mas, de acordo
com a Bíblia, há certo tipo de relacionamento com os incrédulos e com a sua
prática de viver, que é totalmente oposta ao modo de viver de um cristão
verdadeiro. Não tem como o
cristão compartilhar certas coisas com os incrédulos. Paulo é enfático:
"não se ponham em jugo desigual com eles!".
OS EXEMPLOS DE
PAULO (v.14b-16a): COMUNHÃO IMPOSSÍVEL
5 comparações vigorosas de Paulo:
“(1) porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou (2) que comunhão, da luz com
as trevas? (3) Que harmonia, entre Cristo e
o Maligno? Ou (4) que união, do crente com
o incrédulo? (5) Que ligação há entre o santuário
de Deus e os ídolos?”
Paulo adverte contra:
(1) Relações fixas – namoro,
noivado, casamento. A tendência é que os que não têm Deus influenciem os que
têm.
1 Co 2.14: “Ora, o homem
natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”
1 Co 7.39: “A mulher está
ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para
casar com quem quiser, mas somente no
Senhor”.
(2) Em conversas comuns
1 Co 15.33: “Não vos enganeis:
as más conversações corrompem os bons costumes”.
(3) Não se unir em comunhão religiosa com eles.
Ecumenismo. Participar de outros tipos de cultos, que não
verdadeiramente a Deus.
O MOTIVO DA
SEPARAÇÃO DESSAS COISAS (v.16-18): SOMOS
SANTUÁRIO DE DEUS.
“16b Porque nós
somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo. 17 Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor;
não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, 18 serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas,
diz o Senhor Todo-Poderoso.”
CONCLUSÃO
2 Co 7:1
"Tendo, pois, ó amados, tais promessas,
purifiquemo-nos de toda impureza,
tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de
Deus”.
C. H. Spurgeon: “Se
formos fracos em nossa comunhão com Deus, seremos fracos em tudo”.
Charles E. Fuller:
“Comunhão com Deus significa luta com o mundo”.
Leonard Ravenhill:
“As grandes águias voam sozinhas; os grandes leões caçam sozinhos; as grandes
almas andam sozinhas - sozinhas com Deus”.
João Calvino: “Nada
é mais perigoso do que nos juntarmos aos ímpios”.
Pr. Robson Santana
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