É impenetrável a humildade de Jesus ao ser zombado por Herodes e julgado politicamente por Pilatos. É triste ver uma parte do povo que saudou Jesus com hosanas e ramos de oliveiras, que deu boas vindas ao Rei Messias, esses mesmos gritarem: crucifica-o. É doído constatar que Jesus morreu até muito rapidamente (mesmo que tenha ficado pregado por 6 horas), pois Pilatos se admirou e pediu confirmação ao centurião.
No entanto, tudo que Jesus fez não deve apenas nos levar a uma reflexão de pesar por todo o sofrimento e humilhação que Ele passou. Pelo contrário, deve nos levar a refletir no amor infinito dele por nós pecadores. Que tudo que passou foi em nosso lugar. Que ao invés de pena, ele quer a inteireza de nosso coração, amor e devoção. Que Jesus quer que abandonemos nossos ídolos, visíveis e invisíveis. Que coloquemos toda nossa confiança nele, pois Deus cuida dos seus, em quaisquer circunstâncias. Mesmo em profunda dor e sofrimento, todo ensanguentado e exausto, ao ver mulheres chorando e batendo no peito, ele disse: "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!" (Lc 23.28).
Podemos sim nos emocionar e até chorar por todo sofrimento de nosso Salvador, mas não devemos esquecer, principalmente, que temos de chorar por causa da rebeldia recorrente em nós mesmos. Temos de chorar pelos nossos filhos para que a graça de Deus os alcance dia a dia. Temos de continuar chorando por pessoas do mundo inteiro que continuam rebeldes contra o Filho, mas que ainda podem ser encontrados por Ele. Deus nos ajude e nos use, para sua glória.
Pr. Robson Santana
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