12 de abril de 2017

O Pecado da Incredulidade | Mensagem em Mc 6.1-6

    INTRODUÇÃO
Você já foi desprezado? Todos nós sabemos que efeito negativo causa em nós o desprezo, o escarnio, o desdém, o pouco causo.
Jesus sabia muito bem como era isso. Isaías profetizou sobre ele: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso” (Is 53.3).
Duas questões básicas esse texto traz para nós:
1) Como Jesus reagiu ao desprezo?
2) Como nós mesmos tratamos Jesus? Quem é Jesus para você?

CONTEXTO
Jesus no início de seu ministério passou a morar em Cafarnaum. Cidade à beira do mar da Galileia. Onde em muito ensinou, realizou muitos milagres e chamou 4 dos apóstolos.
Cristo faz uma visita “à sua terra”. Ele nasceu em Belém de Judá, mas viveu Sua vida na cidade de Nazaré. Por isso Ele é também chamado de Jesus de Nazaré.
Jesus queria repartir alguma benção e salvação àqueles da sua família e aos amigos e vizinhos que conhecia pelo nome.

    1. JESUS PREGOU NA SINAGOGA DELES NO SÁBADO
Parece que não houve a mesma procura por Ele como havia em outros lugares, a exemplo de cafarnaum.
Então Ele espera até o dia oficial de culto que era o sábado.
Ele lê as Escrituras e explica para eles.
Aplicação: isso nos ensina que aos domingos a Palavra do Senhor deve ser pregada, assim com Jesus fazia.
Essa é forma bíblica de glorificarmos a Deus quando desejamos de todo coração receber a Palavra dele em nos.

2. AS PESSOAS RECONHECIAM AS COISAS QUE ELE FAZIA, MAS NÃO CRIAM EM QUEM ELE DIZIA QUE ERA
(1)  Reconheciam que Ele falava com grande sabedoria – especialmente por não ter recebido educação formal. Não estudou nas escolas dos mestres da Lei (rabínicas).
(2)  Reconheciam que Ele realizava muitas maravilhas-milagres.
Em outras palavras, eles concordavam que suas palavras vinham do alto e eram confirmadas pelos milagres, mas não chegaram à conclusão correta sobre quem era Jesus.

    3. AS PESSOAS PROCURAVAM DESACREDITÁ-LO
Toda a sabedoria ensinada e os milagres realizados não surtiram efeito nenhum no coração deles.
“Não é este o carpinteiro?” – Jesus, seguindo ofício do padrasto José, também foi um carpinteiro.
(a)  Mais uma vez Jesus demonstrava humildade, ao assumir uma profissão que não tinha muita reputação.
(b)  Ele nos ensina aqui a contra a preguiça e ociosidade.
(c)  Ao mesmo tempo honra o oficio de trabalhos manuais – incentiva aqueles que se sustentam com trabalhos manuais.
Outro motivo de desprezo: Jesus não tinha familiares importantes.
v.3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele.”
Mesmo em face das evidências, como afirmou o mestre Nicodemos em João 3, eles se escandalizavam e desprezavam Jesus. Grande era a incredulidade deles. Não aceitavam explicações, a dureza do coração era maior.
                                                              
VEJAMOS COMO JESUS LIDOU COM ESSE DESPREZO E INCREDULIDADE
1) Jesus entendia parcialmente a incredulidade deles
v.4: “Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa.”
Jesus cresceu no meio daquelas pessoas.
Realmente é raro alguém se destacar no seu lugar de origem.
A familiaridade gerou o desprezo. De certa forma isso é até compreensível.
E o sucesso de alguém do meio, muitas vezes gera inveja. Pilatos sabia que Jesus foi entregue por inveja!
                                                                                 
2) Apesar do desprezo, Jesus ainda fez o bem a eles.
Ele curou “uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos”  (v.5)
Mesmo sabendo que não seria reconhecido por isso, Jesus foi bondoso para com os ingratos e maus.
                                                                                                     
3) Jesus “não pôde fazer ali nenhum milagre” (v.5)
Ele realizou, mas não tantas como em outros lugares.
Expressão estranha, como se a incredulidade atasse as mãos de nosso Senhor Todo Poderoso.
Talvez por eles não procurassem para fazer.
É como se eles estivessem fechando as portas para as bênçãos.
                                  
4) Jesus ficou admirado com a incredulidade deles (v.6)
Não é comum a gente ver Jesus admirado com a alguma coisa. Mas Bíblia fala que ele ficava admirado com a fé dos gentios (por exemplo, o centurião – Mt 8.10) e a incredulidade dos judeus.
            
5) Jesus continuou pregando a Palavra
v.6b - “Contudo, percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar”
às vezes o evangelho encontra melhor recepção em outros lugares, especialmente onde é menos conhecido.
                               
FINALIZO FOCANDO NO TEMA CENTRAL DESSE TEXTO:
O PECADO DA INCREDULIDADE

QUEM É JESUS PARA VOCÊ?! Muitos estão familiarizados com Cristo, mas fatalmente perdidos!
Por quê? A incredulidade é o pecado imperdoável!
Não basta reconhecer que a Bíblia tem ensinos que nos edificam, ou até mesmo que Jesus fez e continua fazendo milagres (fé miraculosa).
É preciso acreditar que Ele é o Filho de Deus encarnado, que morreu na cruz para perdoar nossos pecados e entregar toda nossa vida em obediência a Ele. Essa é a fé genuína e salvadora.
Você crê assim? Ou na prática você o despreza como os de Nazaré?

Robson Rosa Santana

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