18 de março de 2017

Fidelidade e benção: dízimos e ofertas

  Os Estados Unidos é o país mais rico do mundo. A renda da classe média em 2004 era de 52.000 dólares, o equivalente hoje a cerca de mais de R$13.000 por mês. No entanto as famílias americanas têm uma dívida, em média, de 7.000 dólares (cerca de R$ 21.000). Nesse mesmo ano, a ajuda com causas beneficentes foi de 794 dólares, por volta 1,5% do que ganhavam.
Quando se analisou os membros de 8 denominações dos Estados Unidos, em 2003, eles contribuíram com 4,4% da renda para a obra de Deus. Houve um decréscimo de 6,2% comparado com 1968. Eles ficaram menos generosos com a obra de Deus no mundo. Gasta-se mais em causa própria do que para o Reino de Deus.
Houve também uma mudança no percentual do dinheiro arrecadado investido em missões. Em 1920 10% dos dízimos e ofertas eram destinados a missão em outros lugares do mundo. Em 2003 baixou para 3% dos dízimos e ofertas. Resumindo, (1) Tem-se diminuído as contribuições à Igreja de Jesus e (2) Aumentado o foco nas causas da igreja local. Penso que no Brasil não seria muito diferente dos Estados Unidos, talvez pior o um pouco.
O que temos feito com nosso dinheiro?
Se colocamos nosso pensamento nas coisas do mundo e não nas de cima, ficamos mundanos em relação ao nosso dinheiro. Quanto, então, devemos ofertar? No mínimo 10% - biblicamente falando, o dízimo. A Bíblia fala de oferta proporcional, ou seja, de acordo com a nossa prosperidade. Vejamos alguns textos: “No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar (1Co 16.2). “Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem” (2Co 8.12). O dízimo é uma aplicação específica de entrega proporcional.
Para aqueles que acham que o dízimo não é do Novo Testamento, ou que é um valor alto, veja o que disse Jerry Bridges: “Se o próprio Deus afirmou que os judeus estavam roubando dele porque não entregavam o dízimo, será que ele fica feliz quando ofertamos menos da metade do que os judeus” (cf. Ml 3.8). O próprio Bridges testemunha que deixou a indústria para trabalhar na missão The Navigators (Os Navegadores). Passou a receber 75% do que ganhava e achava que não tinha como devolver o dízimo; mas isso o incomodava. Até que leu sobre a história de Elias alimentado pela viúva de Sarepta (1Rs 17.8-16). Passou a ser fiel nos dízimos e continuou sendo sustentado por Deus.
Temos de lembrar sempre que tudo o que temos e nossa capacidade de ganhar mais vem de Deus. “Não digam, pois, em seu coração: ‘A minha capacidade e a força das minhas mãos ajuntaram para mim toda esta riqueza’. Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados, conforme hoje se vê” (Dt 8.17,18). Nossos dízimos e ofertas devem refletir o valor que colocamos nas bênçãos de Deus derramadas sobre nossas vidas.
E os 90%? Bem, o que a Bíblia deixa claro é que tudo vem de Deus. 100% do somos e temos é dEle! Somos mordomos do que o Senhor nos dá. Não devemos ser levados pelo consumismo do mundo. Devemos gastar, no máximo, de acordo com o que ganhamos.
Como disse Hernandes Dias Lopes, nosso dinheiro deve ser ganho de forma honesta e deve ser administrado de forma que glorifique a Deus e abençoe ao próximo. Biblicamente falando, devemos administrar nossa renda da seguinte forma: (1) Dízimo e ofertas; (2) Cuidado da família; (3) Socorro aos irmãos; (4) Ajuda ao próximo; e (5) Pagamento de impostos, etc.
Deus nos ajude a não sermos levados pelos pensamentos mundanos com relação ao dinheiro. Primeiro, não devolvendo a Deus o que dele, para sua obra. Segundo, gastando mais do que se ganha. Sejamos fiéis e abençoados!

Adaptado do livro Pecados Intocáveis, de Jerry Bridges

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