A vida ministerial de pastores, missionários e
líderes não é algo simples e fácil. São muitos os desafios, demandas e tensões,
seja pessoal, de dentro ou de fora da igreja.
Alguns princípios para a liderança da igreja de
Cristo podem ser elencados. Arival Dias Casimiro - pastor da Igreja
Presbiteriana de Pinheiros, na capital de São Paulo e uma das igrejas que mais
plantam igrejas no Brasil – nos trouxe em uma conferência quatro componentes da
visão celestial.
1.
Obediência à visão celestial. A marca principal que
vemos na vida do maior missionário da fé cristã, o apóstolo Paulo, foi a
obediência. Na estrada de Damasco, onde ocorreu a sua conversão pelo próprio
Cristo, Paulo foi chamado para ser testemunha do Evangelho às nações. Em cada
lugar que ele passou teve experiências únicas. Em alguns momentos tinha desejo
de ir para um lugar, e foi impedido pelo Espírito e direcionado para outro.
Querendo ir para certo lugar, foi impedido por Satanás. Porém, apesar de todos
os obstáculos e resistências dos homens e dos demônios, ele continuou firme em
chamar os pecadores ao arrependimento e à fé em Cristo, em obediência à visão
celestial.
2.
A visão das pessoas. Mateus registra o sentimento de Jesus frente às
pessoas que não tinham encontrado a salvação e a paz que só Ele poderia dar: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se
delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt
9.36). Líderes precisam sentir quebrantamento no coração ao estudar e escrever
sobre a Palavra. Precisam ser levados a orar pela meditação das Escrituras. Mas
jamais podem ser apáticos e indiferentes à realidade das pessoas. Jesus tinha
compaixão delas, pois via a sua verdadeira situação, elas estavam exaustas e
aflitas. Elas não tinham a direção certa do caminho. Eram como ovelhas sem
pastor. Elas precisam ser pastoreadas. Pode parecer contraditório, mas os líderes
necessitam de um coração pastoral. Um coração sintonizado com o coração do
Supremo Pastor. O que Deus colocou no seu coração para fazer? A visão de Deus
está conectada com a realidade? Deus colocou o desejo de reedificar os muros de
Jerusalém no coração de Neemias (cf.
Ne 2.12,17)
3.
A visão dos recursos. A compreensão
da vocação de Deus e a dinâmica da evangelização e discipulado, através de
estruturas e ministérios, demandam recursos financeiros. Muitos projetos e
planos podem ficar no coração e/ou no papel por se ver apenas a falta de
recursos. Mas algo precisa ficar claro: a obra é do Senhor. O Senhor proverá. A
falta de recursos deixa muitos paralisados. Certa feita o rei da Síria entrou
em guerra contra Israel. Todas as vezes que montava acampamento contra Israel,
Deus avisava a Eliseu e Eliseu livrava o povo judeu. O rei da Síria soube que
era Eliseu e foi à sua procura. Numa manhã, Geazi, o servo do profeta, viu o exército
sírio cercando a cidade onde estavam. Geazi tremeu e exclamou, mas Eliseu orou
para que ele visse o exército celestial do Senhor. E os soldados sírios foram
desbaratados (2Rs 6.15-17). A Igreja de Pinheiros tem um projeto de plantar 50
igrejas em cidades do interior de São Paulo em 10 anos, 5 a cada ano. Deus tem
levantado os recursos.
4.
A visão do tempo. Ao evangelizar os samaritanos Jesus traz um princípio
importante quanto ao tempo. Os discípulos sabiam que em quatro meses era tempo
de colher o que se plantou na terra, mas quando Jesus aplica a colheita às
coisas espirituais, Ele diz: “erguei os
olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo 4.35). O tempo de Deus é diferente do nosso.
O tempo de Deus é agora.
A missão é do Senhor. A igreja é coadjuvante. O
Deus que chama e direciona líderes ao mundo é o mesmo que levanta o sustento e
mantem a obra. Obedeça, faça e creia!
Robson Rosa Santana
Adaptado de palestra
do Rev. Arival Dias Casimiro
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