25 de março de 2011

O Reino do Príncipe da Paz

Texto exposto: Isaías 9.1-7

O ministério de Isaías ocorreu de 740 a 700 a.C.
No período específico do cap. 9, Judá estava sofrendo com o imperialismo da Síria e Israel.
Acaz treme juntamente com todo o povo.
Esquecem de por a confiança em Deus!
Mas Deus diz a Acaz que dará um sinal:
“Eis que a virgem conceberá e dará luz a um filho e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14)
No cap. 8 lemos sobre a ameaça que vem agora de outro império: a Assíria.
É nesse contexto de opressão, desânimo e desespero que Deus faz as promessas maravilhosas em Isaías 9.1-7.

1) A DOUTRINA DO MESSIAS (9.1-3)
O Rei foi habitar no meio das trevas em Cafarnaum, nas terras de Zebulom e Naftali (Mt 4.15-16).
Embora tenha nascido em Belém, cidade do rei Davi, até porque era descendente dele, Jesus e seus pais vão morar em Nazaré e depois em Cafarnaum, na região predita do texto lido, a Galiléia dos gentios, ou seja, o círculo dos gentios.
A Galiléia era um entroncamento onde pessoas das mais diversas nações tinham de passar.
Ali era uma região de trevas espirituais.
Vejamos essa predição registrada em Mateus 4.12-17:
“Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”
A doutrina do Messias é justamente a sua luz resplandecendo nas trevas espirituais do ser humano.
É o ensino do evangelho (boas novas) do Reino de Deus.
No Evangelho de João está escrito a respeito de Jesus:
“A vida estava nele e vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (1.4-5).
João registra no prefácio o que o próprio Jesus falará de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12)
No capítulo seguinte (João 9) ele cura um cego para ilustrar o que Ele faz no coração das pessoas. Jesus veio para trazer a luz, ou seja, a libertação da cegueira espiritual causado pela opressão do pecado.
A conseqüência dessa iluminação espiritual é que traz alegria (Is 9.3).
Como diz o apostolo Paulo: “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2 Co 4.3-4).
Quando o cego é pressionado pelas lideranças judaicas, dizendo que Jesus era pecador, o ex-cego responde: “[...] Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo” (Jo 9.25)
Quem tem Jesus é feliz! Tem a alegria verdadeira e permanente em si. Onde a luz de Jesus brilha a alegria chega. Quando Filipe levou a luz de Cristo à Samaria, registrou-se: “E houve grande alegria naquela cidade” (At 8.8). Quando o eunuco encontrou com Jesus e foi batizando, a Bíblia diz: “...e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo” (At 8.39).
Para finalizar, acerca da alegria que tem quem recebe a Cristo, a Luz do mundo, também está escrito: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm14.17).

2) A VITÓRIA  DO MESSIAS (9.4-5)
O Messias Jesus é quem vai à nossa frente para vencer todas as batalhas, lutas, dificuldades, todos os nossos inimigos.
Jesus quebra todo o jugo, o cetro e vara dos opressores.
Jesus é o único que pode libertar as pessoas do jugo do pecado, da opressão de satanás.
A ilustração que Deus dá para Isaías é maravilhosa.
Deus age a para com os seus, assim “como no dia dos midianitas” (9.4).
Isaías relembra a história do grande livramento que o Senhor deu a Israel em relação aos midianitas.
Exércitos de Midiã estavam acampados para atacar e Deus fez com que Gideão selecionasse apenas 300 homens para a batalha, para que não se gloriassem na sua própria força.
E apenas com tochas e trombetas nas mãos deu a Israel a vitória.
Vejamos o texto: “Assim, tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam na mão esquerda as tochas e na mão direita, as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo SENHOR e por Gideão! E permaneceu cada um no seu lugar ao redor do arraial, que todo deitou a correr, e a gritar, e a fugir. Ao soar das trezentas trombetas, o SENHOR tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, que fugiu rumo de Zererá, até Bete-Sita, até ao limite de Abel-Meolá, acima de Tabate”.
Jesus é aquele que garante a vitória a seu povo. Paulo assim nos ensina: "Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós" (Rm 8.31). "Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).

3) O GOVERNO E O DOMÍNIO DO MESSIAS (9.6-7)
Este Filho de Deus e Filho do homem foi dado a nós.
Ele é o Rei do Reino de Deus: “Tem no seu manto e na sua coxa um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19.16)
Seu povo O conhecerá e O adorará pelos seguintes nomes:
a) Maravilhoso Conselheiro – Jesus tem a sabedoria divina. É Ele quem aconselha os filhos dos homens para seu bem-estar. Assim diz o Salmo 16.7: “Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina”. Ao final do sermão do monte, “estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mt 7.28-29). É Ele quem aconselha as igrejas, exemplo a Igreja em Laodicéia: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas” (Ap 3.18). Jesus é o nosso conselheiro maravilhoso!
b) Deus Forte – Jesus não somente tem a sabedoria, mas o poder para salvar, guardar e zelar dos seus súditos. Essa é a obra de Jesus como Mediador entre Deus e os homens. Ele realiza o propósito de salvar aqueles que são seus, que lhe foi dado pelo Pai.
c) Pai da Eternidade – Ele é Deus e um com o Pai, de eternidade a eternidade. Jesus é o autor da vida eterna. “Quem tem o Filho tem a vida” (1Jo 5.12). Jesus é o pai do mundo porvir. Pai do estado das boas novas!
d) Príncipe da Paz – Como um Rei, Jesus preserva a paz, ordena a paz, cria a paz. Ele é a nossa paz. Por isso Ele falou muitas vezes: “Não se turbe o vosso coração” (Jo 14.1); “A minha paz vos dou” (Jo 16.33). O apóstolo Paulo aprendeu e ensinou aos filipenses: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.6-7).

Conclusão
Deus já nos deu o Seu Filho para reinar no coração de seus servos.
Como dissemos, Jesus é o Reino do reino dos céus.
Jesus já inaugurou o reino desde que veio a primeira vez a esse mundo.
Na Sua segunda vinda gloriosa e majestosa Ele completa a obra com relação ao cumprimento e plenitude do Reino. Pois vivemos na tensão do “já” e “ainda não” do Reino do Cristo Jesus.
Você está debaixo do governo desse menino que nasceu e se tornou o Rei da Glória?

Robson Rosa Santana




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