17 de outubro de 2008

ELEIÇÃO: INCENTIVO PARA A EVANGELIZAÇÃO

“Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18:9).

Na cidade de Corinto houve uma forte oposição ao evangelho, tanto por parte dos gentios, como dos judeus. Diante desta situação desmotivadora, Deus lhe fala em visão ao apóstolo Paulo para que não temesse, pois Ele tinha muitos escolhidos naquela cidade. A verdade doutrinária que aprendemos é que o fato do Senhor ter um povo naquela cidade, como tem em todas as tribos, povos, línguas e nações, deve ser o agente motivador para anunciar o evangelho de Cristo.

Qual, pois, a relação entre predestinação e evangelização? Ambas são decreto de Deus. Na eternidade Deus ordenou tanto um povo para Si, como os instrumentos que levariam Seu plano adiante. Se Ele quisesse, todos os eleitos seriam salvos pela poder da Sua voz ecoando dos céus, ou através da pregação dos anjos, ou de qualquer outra forma. Mas não é assim. Deus resolveu nos incluir na consecução do Seu decreto. Nós, os Seus servos, somos a instrumentalidade de Deus no plano da salvação por meio de Cristo Jesus. E não podemos, desse modo, fugir de nossa responsabilidade.

Há pelo menos três aspectos em Atos 18:9, 10 que é importante ressaltar:

1. Primeiro é o fato de que Deus nos encoraja na obra da evangelização - “não temas... fala... não te cales”. Isto mostra que o Senhor está no controle de todas as coisas e é o nosso Controlador. O próprio Jesus nos encoraja a pregar o evangelho até os confins da terra. Para isso devemos estar no poder do Espírito Santo e na Sua direção.

2. O segundo é a segurança que temos. Deus não estar alheio à Sua obra de redenção. Ele não estar de braços cruzados olhando distante para sua criação. Ele estar agindo eficazmente no coração do pecador, através de Seu Espírito, e atraindo os homens a Si mesmo. De modo algum Ele nos abandonaria. Ele, na verdade, nos dá segurança, “eu estou contigo e ninguém ousará fazer-te mal”.

3. O terceiro fato, como já disse, é a nossa maior motivação. Quantas vezes os apóstolos, como todos os cristãos genuínos, não sofreram oposição dos pecadores impenitentes e pensou em desistir de falar-lhe de Cristo, por causa da dureza de seus corações. Se não fosse a convicção de que Deus tem um povo para Si, e que esse povo há de confessar o bendito nome de Jesus, sucumbiríamos em nossas fraquezas. Mas, não. Deus está dizendo a mim e a você: “Eu tenho muito povo nesta cidade". Se fossemos depender do incrédulo e de nossos próprios recursos, desistiríamos facilmente do mandamento da evangelização.

Conclusão
Devemos pregar a evangelho sem esmorecer, pois teremos sucesso em nossa tarefa. Deus nos garante isso. Paulo tinha tanta convicção que havia sido chamado para promover a fé dos gentios que pensou que durante seu ministério ele haveria de ganhar todos os gentios eleitos para Cristo. Vemos esta pretensão quando ele fala da plenitude dos gentios. Para ele, ao se completar o número dos eleitos salvos, Jesus Cristo voltaria. Ele demonstra isto quando escreve aos tessalonicenses: “Ora ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor de modo algum precederemos os que dormem”. “ depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles...” (I Ts. 1:15, 17 - itálico meu). Desse modo, enquanto estivermos aqui neste mundo não devemos nos cansar de anunciar a Cristo e promover a fé dos eleitos, para glória de Deus Pai.

Para meditação e ação
“Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus com eterna glória” (2 Tm 2:10).

Robson Rosa Santana

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