29 de março de 2023

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo: um pouco da filosofia do filme


TUDO em todo o lugar ao mesmo tempo. Direção e roteiro: Daniel Scheinert e Daniel Kwan. Produtor Executivo: Tim Headington. Estados Unidos: Diamond Films, 2022. Netflix.

"Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” é um filme de ficção científica e comédia de ação dirigido por Dan Kwan e Daniel Scheinert. Retrata a vida sobrecarregada da imigrante chinesa Evelyn Wang (Michelle Yeoh), cuja lavanderia está à beira do fracasso e seu casamento com um marido covarde está em ruínas, enquanto ela luta para sobreviver, incluindo seu relacionamento difícil com seu pai e sua filha (Stephanie Hsu). E como se isso não bastasse, Evelyn deve se preparar para um encontro desagradável com a rígida burocrata Deirdre Beaubeirdre. (Jamie Lee Curtis), uma auditora da Receita Federal americana.

Mas quando um agente implacável perde a calma, uma brecha inexplicável se abre no multiverso, abrindo caminho para uma exploração aberta de uma realidade paralela. Evelyn inicia uma aventura onde ela deve sozinha salvar o mundo e impedir que uma criatura maligna destrua as inúmeras ​​camadas do mundo invisível. Enquanto explora outros universos e outras vidas que poderia ter vivido, as coisas se complicam ainda mais quando ela se vê preso nessa armadilha da possibilidade e incapaz de voltar para casa.

Do ponto de vista filosófico, o filme "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" apresenta vários aspectos filosóficos que são explorados ao longo da história. Abaixo estão alguns exemplos:

A natureza da realidade: O filme levanta questões sobre a natureza da realidade e como nossas experiências passadas afetam nossa compreensão do mundo ao nosso redor. A personagem principal começa a questionar a realidade de sua existência e se tudo o que está acontecendo ao seu redor é real ou uma ilusão.

A relação entre tempo e memória: O filme também explora a relação entre tempo e memória e como nossas memórias afetam nossa compreensão do tempo. As cenas são apresentadas em ordem cronológica não linear, o que destaca como nossa memória pode influenciar como vemos o tempo passar.

Identidade pessoal: O filme também questiona a identidade pessoal e a noção do "eu". As várias versões dos personagens principais sugerem que a identidade não é fixa e pode mudar ao longo do tempo.

Solidão e isolamento: A solidão e o isolamento são temas recorrentes no filme. A fazenda isolada onde a história se passa e a sensação constante de que algo não está certo sugerem a sensação de isolamento que pode surgir quando questionamos a natureza da realidade.

O tempo como uma construção humana: O filme sugere que o tempo é uma construção humana e que nossa percepção do tempo pode ser altamente subjetiva. Várias cenas no filme sugerem que o passado, presente e futuro estão todos acontecendo simultaneamente.

Destino e responsabilidade humana: O filme sugere que há um destino maior ou destino que conecta todas as coisas, e que Kuang é um herói que deve salvar o multiverso. Este tema levanta questões sobre o papel do destino e da responsabilidade pessoal em nossas vidas, e se temos controle sobre nossos próprios destinos.

Bem e mal: O filme explora o conflito entre o bem e o mal, e sugere que mesmo os personagens mais maus têm o potencial de redenção. Este tema levanta questões sobre a natureza do bem e do mal, e se esses conceitos são fixos ou sujeitos a mudanças.

A natureza da existência: Por fim, o filme levanta questões mais amplas sobre a natureza da existência e o significado da vida. Em várias cenas, as personagens parecem estar presas em ciclos repetitivos, sugerindo que a existência humana pode ser cíclica e sem sentido. O filme sugere que encontrar um significado na vida pode ser uma tarefa difícil e que a resposta pode ser inalcançável.

Em termos gerais, o filme aborda temas filosóficos complexos e estimula o espectador a questionar sua compreensão do mundo ao seu redor.

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