Estevão Domingos de Oliveira
Neto
Namorar é natural, é
normal, mas deve ser um ato agradável ao Senhor. O namoro é uma experiência
bonita, no entanto tem que ser coerente com os ensinos da Palavra de Deus. O
período de namoro serve para inspirar afeto, carinho e respeito entre os
namorados. Por outro lado, longe da palavra de Deus, o namoro pode resultar em
decepção, vergonha e traumas para a vida toda. Observemos alguns princípios que
agradam a Deus:
1) Não namorar por lazer –
Namorar não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma
etapa importante na construção de um relacionamento duradouro e feliz.
2) Não namorar alguém que
não serve ao Senhor (2Co 6.14-18) – Iniciar um namoro
com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura, pode resultar em
um casamento equivocado. É preciso cuidado até mesmo com as pessoas que
frequentam as igrejas, pois podem não ser verdadeiramente convertidas ou não
levarem o relacionamento com Deus a sério.
3) Impor limites no
relacionamento – O namoro “moderno”, seguindo o
padrão dos incrédulos, está deformado. Neste, a intimidade sexual ou as
práticas que levam a uma intimidade crescente, são normais. Mas o namoro do
cristão não pode ser assim. O aconchego excessivo é prejudicial, pois pode
levar ao “abrasamento”, e é muito difícil que os jovens namorados “abrasados”
não terminem por chegar ao ato sexual, coisa que é pecado diante de Deus, pois
o sexo é bênção de Deus para os casados. Fora do casamento, as práticas sexuais
são fontes de impureza, vergonha e pecado.
4) Não usar o beijo como
estímulo sexual – O beijo tem o seu lugar no
namoro. É um instrumento de afeto e carinho. O beijo na face, nas mãos e até
nos lábios, pode ser praticado sem que o respeito, o afeto, o carinho e a
dignidade do testemunho cristão sejam atingidos e transformados em estímulos
pecaminosos. Mas o beijo“ardente”, com “corpos colados”, “em oculto”, é –
inevitavelmente – fonte de estímulo sexual. Neste caso, o beijo desperta a
lascívia e é a porta de entrada para a fornicação (intimidade sexual entre não
casados). O jovem cristão não pode seguir este modelo.
5) Adotar práticas devocionais
no namoro – O jovem deve conversar com Deus sobre sua vida,
orar, ler a Bíblia, frequentar os cultos e reuniões da Igreja. Muitos jovens,
quando começam a namorar, param de ir à igreja, se afastam, se isolam dos
irmãos na fé. O namoro cristão não pode ser assim.
6) Namorar com dignidade e
respeito – No namoro equilibrado prevalece o tratamento
recíproco de dignidade, respeito, fidelidade e valorização do outro.
7) Esperar o tempo certo e
a pessoa certa para namorar e casar – Qual seria o tempo certo
para namorar e casar? O tempo certo é o da maturidade. É quando há maturidade
física e mental (ou psicológica), para assumir os compromissos com
responsabilidade. Jovens muito novos são, potencialmente, imaturos para o
namoro. Os pais e responsáveis não deviam estimular ou tratar com naturalidade
os casos de precocidade no interesse de jovens – ainda crianças – pelo namoro.
Por outro lado, cada jovem (ou cada solteiro) precisa esperar encontrar a
pessoa certa para o namoro e casamento. Não basta ser cristão e agradar à
vista. É preciso que Deus confirme essa aproximação e amizade. Também não é
certo alimentar um sentimento de aflição e ansiedade pela demora em encontrar
uma companhia para o namoro e, consequentemente, para o casamento, mas, sim,
procurar confiar e esperar em Deus! (Sl 84.11).
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Estudo adaptado do texto “Uma Palavra aos Jovens”, do Rev. Estevão Domingos de Oliveira Neto, Pastor da Igreja Presbiteriana de Jaguaribe, João Pessoa (PB).
Publicado
na SAF em Revista do 2º trimestre/ 2003. Disponível em: www.saf.org.br
gostei muito!!!
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