10 de setembro de 2008

DEZ FORMAS PRÁTICAS DE MATAR UM MISSIONÁRIO

1. Comece deixando de orar por ele...

2. Na igreja, passe a plantar fofocas e intrigas, a respeito dele, assim cada um se preocupará com banalidades e se esquecerá da obra a ser realizada...

3. Se você for pastor, jamais pregue a respeito de missões, afinal esta responsabilidade não é sua...

4. Sinta muita vontade de escrever, mas nunca escreva, afinal você “não sabe” e “não tem tempo”!!!

5. Se por acaso não resistir à tentação de escrever, escreva, mas sempre cobrando dele alguma coisa, por exemplo: quantas almas ganhou??

6. Esqueça datas importantes, como o aniversário de nascimento dele, da esposa e dos filhos...

7. Nunca demonstre seu amor por ele...

8. Nunca envie uma mensagem de ânimo, afinal todo missionário é um “super-crente” e, portanto, não precisa dessas coisas...

9. Mantenha o seguinte pensamento: todo missionário precisa passar fome para atingir o “êxtase espiritual” como se ele fosse um guru indiano...

10. Pare imediatamente de contribuir financeiramente, pois além das suas prioridades você já viu em algum lugar a expressão: “o missionário vive pela fé”...

Se você acha muito trabalhoso praticar todas estas sugestões, então escolha apenas duas ou três, e em breve o missionário estará morto!

Autor desconhecido
Extraído do site: www.apmt.org.br

A ELEIÇÃO DOS HOMENS E A ELEIÇÃO DE DEUS

Leia: 2 Ts 2:13-15

INTRO
De 2 em 2 anos ocorrem eleições no Brasil.
Num pleito o povo escolhe Prefeitos e Vereadores.
No outro, presidente, senadores, deputados federais, governadores e deputado estaduais.
No ano anterior ao final de seus mandatos, novamente o povo se prepara para eleição.
Enfim, somos nós, a população, que escolhemos os nossos representantes.
A Bíblia nos dá conta que Deus tem os seus eleitos.
E aproveitando o ensejo das eleições gostaria de falar sobre:

A ELEIÇÃO DOS HOMENS E A ELEIÇÃO DE DEUS

E quais são as diferenças entre essas duas eleições:

1º) Homens: é pelas obras - está condicionado, ou seja, depende daquilo que eles já fizeram ou que prometem vão fazer pelo povo.
“Se eu for eleito, eu vou fazer... eu vou construir... vou acabar com a fome... com o descaso na saúde e na educação..., vou acabar com o desemprego...”.
É uma eleição baseada nas suas propostas de governo. Nas obras que poderão fazer.
Elegemos por mérito ou pelas promessas, muitas vezes não cumpridas.
Realmente precisamos analisar as melhores propostas e o melhor candidato.

Mas a eleição de Deus é diferente:
Deus: é pela graça - não é por merecimento. Não é pelo que fizemos ou iremos fazer. É puramente pela graça. É favor imerecido. Não havia nada em nós que chamasse a atenção de Deus para a escolha de nossas vidas. Pelo contrário. Havia para nos condenar!
v. 13 diz que Deus que nos escolheu.
Ef 2.8-9: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”.
Exemplo: Jacó e Esaú (Rm 9.10-13).
“E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.

2º) Homens: é temporária - o mandato dos homens é de no máximo 4 anos. A cada 4 anos todos entram em campanha novamente para ver se são reeleitos.
E mesmo que se perpetuem no poder um dia acaba. Tem início e fim. É temporária.

Deus: é eterna. O v.13 “Desde o princípio Deus os escolheu”. Princípio de que? Da eternidade.
Nem existíamos e Deus já tinha nos escolhido.
Nem mesmo o universo existia e o Deus Yavé já tinha um propósito maravilhoso para nossas vidas.
Estava tudo na prancheta ainda, e já éramos eleitos do Senhor.
E se texto de Tessalonicenses não for suficiente:
Ef 1.4: “Porque Deus nos escolheu nele antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença”.
2 Tm 1.9: “que nos salvou e nos chamou com santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua determinação e graça. Essa graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos”
Não somente a nossa escolha foi na eternidade, como também o nosso mandato como filhos de Deus e herdeiros do céu é eterno.
Eis aí mais uma diferença.

3º) Homens: é egoísta e interesseira - aqueles que elegem, os eleitores, muitas vezes estão buscando o interesse pessoal, familiar. Ou seja, que de alguma forma sejam beneficiados com os candidatos eleitos.
Os candidatos, por sua vez, estão em busca do poder, em sua grande maioria, para uma satisfação pessoal ou para buscar enriquecimento ilícito.
Pior, desejam se perpetuar no poder: vereadorà prefeitoà deputadoà prefeitoà governadorà deputado...e etc.
Há candidatos que não fazem nada pela população. Desprezam os mais pobres. Mas quando chega próximo às eleições, tentam tapar o sol com a peneira. Tentam iludir as pessoas com algo que prometem fazer.
É apenas um interesse eleitoreiro e egoísta.
Como vivemos num país de muitos pobres, as pessoas realmente usufruem o que lhes possa ser oferecido. Mas deveriam não votar nessas pessoas.
Isso é barganha em troca de votos. É crime eleitoral.

Deus: é amorosa e voluntária - v.13: “Irmãos amados pelo Senhor”.
Jr 31.3: “com amor eterno eu te amei, com misericórdia eu te atrai”
Jo 3.16: “Deus amou o mundo de tal maneira...”
Ef 1.5: “em amor nos predestinou”
Ef 2.4: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou”.
Se nós somos crentes em Jesus, é porque Deus nos escolheu antes da criação do mundo, e Ele nos escolheu porque nos amou desde a eternidade.
É por isso que a salvação não é baseada em méritos, por que não havíamos feito nada para que Ele nos gratificasse com a salvação. Foi por amor.
Houve uma novela tempos atrás com o nome de “Por Amor”. A verdadeira história que merece esse título é a obra de salvação registrada nos evangelhos.
Ali está escrito a verdadeira novela do amor verdadeiro de Deus pela humanidade.
O Filho eterno de Deus pendurado naquela cruz. Isso sim podemos dizer que foi “Por amor”.

CONCLUSÃO
Para que fomos eleitos? A nossa eleição tem por objetivo a nossa salvação!
A salvação tem dois aspectos:
(1) Libertação da culpa pelos nossos pecados; e
(2) Herança eterna, “a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.14).
Mas a eleição gera alguns problemas na mente de algumas pessoas: “Se eu sou eleito, vou fazer o que eu quiser. Já sou salvo mesmo!”, “Se Deus já sabe, para que evangelizar?”.
Esse tipo de pensamento é de crentes que não aceitam o que está escrito na Bíblia de forma tão clara, como nos textos que citamos, e de outros, e de pessoas incrédulas e perversas. Talvez até do joio no meio do trigo.
Paulo pergunta:
Rm 6.1: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum!”
Quem entende a graça de Deus em nos escolher e salvar é agradecido eternamente.
Deus nos escolheu para salvação, “Pela (mediante) santificação do Espírito e fé na verdade” (v.13).
“Permanece firme e obedece a palavra de Deus” (v.15).

Mais uma questão: por que Deus escolhe uns e deixa de escolher outros, isso não seria injusto?
Injusto de forma nenhuma.
No entanto, ninguém pode responder o motivo da escolha de uns e de outros não. É um mistério de Deus. O que sabemos é que não foi por merecimento. Foi pela graça. Pois ninguém é melhor que ninguém. Todos os seres humanos nasceram em condições iguais, ou seja, debaixo de pecado e condenação.
Rm 9.14-16: “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”.

O que a doutrina bíblica da eleição nos ensina? John Leadrey Dagg, em seu Manual de Teologia, nos diz:
Todos os que finalmente serão salvos, foram escolhidos por Deus Pai para a salvação antes da fundação do mundo e foram dados a Jesus Cristo, no pacto da graça”.

Finalizo com a oração paulina da seqüência do texto inicial:
“Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra” (2 Ts 2.16-17).

Pr. Robson Rosa Santana

Mensagem entregue na Igreja Presbiteriana Boas Novas (Cocalzinho de Goiás), em 07/09/2008.

POR QUEM CRISTO MORREU?

Esta pergunta parece ter uma resposta simples e óbvia, mas está envolta em várias controvérsias e até mesmo em heresias. A partir da Bíblia, especialmente o Novo Testamento, responderemos à pergunta “por quem Cristo morreu?”.

Para alguns cristãos sinceros Jesus morreu por todos os homens e todos serão salvos. O amor de Deus é tão grande que, enfim, todos irão passar a eternidade com Ele nos céus. Isto é o que se chama de expiação ou redenção universal (universalismo). É preciso lembrar que o Senhor Jesus falou que existe um lago de fogo e enxofre que arderá por toda a eternidade e que muitos serão lançados nele (Mt 3:12;18:8; 25:41, Jd 1:7, Ap 14:10; 19:20; 21:8).

Há outra corrente cristã que afirma que Cristo morreu por toda a humanidade, por cada indivíduo que adentrou neste mundo e cabe a cada um deles tomar a decisão pessoal por Jesus e assim ser salvo. Tudo depende do homem; afinal o ser humano não é tão corrompido pelo pecado. Há muito de bondade nele, inclusive o desejo pelas coisas de Deus. O que Cristo fez na cruz está disponível, basta os homens quererem. Os que pensam assim afirmam que Jesus morreu por todos, mas nem todos serão salvos, somente aqueles que por sua livre vontade aceitarem a Cristo como Senhor e Salvador. Em última análise, Cristo deu apenas a possibilidade de salvação, mas não garantiu a salvação de ninguém. Estes são chamamos de arminianos, porque foi Jacobus Arminius (1560-1609) quem defendeu este ponto de vista primeiramente. O que Cristo fez pode ser ilustrado mais ou menos assim: uma pessoa caiu num mar revolto e por si mesmo não tinha condições de se salvar, então lhe jogam uma bóia salva-vidas e ele tem a escolha de pegar e ser salvo ou desprezar a bóia e morrer afogado.

Nós, reformados presbiterianos ou calvinistas, entendemos, por revelação das Escrituras Sagradas, que somente os escolhidos serão salvos do grande julgamento de Deus (Mt 20:16; 22:14; 24:22; 24:31; Mc 13:20; Lc 18:7; Rm 8:33; Cl 3:12; 2Tm 2:10; Tt 1:1; 1Pe 1:1-2; Ap 17:14). A Bíblia não deixa claro por que Ele escolhe alguns e reprova outros, isto compete a Ele. Porém deixa claro que não foi por merecimento, mas por amor (Jr 31:3; Jo 3:16; Ef 2.4-5). Pois o que todos os homens merecem por natureza é a ira e condenação de Deus (Jo 3.36; Ef 2.1-3).

Segundo as Escrituras, Jesus morreu pelos eleitos de Deus, e somente por estes. O sangue de Jesus tem o poder de perdoar os pecados do mundo inteiro, mas eficazmente o Seu sangue só terá efeito naqueles que Deus escolheu. Como disse Paulo, Jesus morreu pela Igreja (Ef 5.25). Tanto Isaías, quanto o próprio Jesus disseram que Ele justificaria a muitos (Is 53:11; Mt 20:28; 26:28; Mc 14:24), não todos! Esta é a posição cristã presbiteriana e calvinista do assunto, a que chamamos de expiação limitada ou redenção específica. Louvado seja Deus porque o que Cristo realizou na cruz será eficaz sobre todos aqueles que o Pai escolheu por sua infinita graça, misericórdia e bondade. Que Deus nos dê a oportunidade de levar alguns dos eleitos aos pés da cruz de Cristo.

Pr. Robson Rosa Santana

2 de setembro de 2008

CRUZANDO FRONTEIRAS

Epílogo

Seja a nossa atitude a mesma de Cristo Jesus, o qual, para chegar até nós, cruzou a fronteira entre o céu e a terra,
Cruzou a fronteira da pobreza para nascer em um curral e viver sem saber onde iria reclinar sua cabeça a cada noite,
Cruzou a fronteira da marginalização para abraçar publicanos e samaritanos,
Cruzou a fronteira do poder espiritual para libertar os que eram afligidos por legiões de demônios,
Cruzou a fronteira do protesto social para dizer verdades aos fariseus, escribas e mercadores do templo,
Cruzou a fronteira da cruz e da morte para ajudar a todos nós a passarmos para o outro lado;
Senhor ressuscitado que por isso nos espera lá, em toda fronteira que tenhamos de cruzar com seu evangelho.


Samuel Escobar
Desafios da Igreja na América Latina, pp. 84-85