14 de junho de 2014

Intencionalidade na Evangelização

     Certa feita uma jovem perguntou para seu pastor: - Por que a Igreja não está crescendo?. Ele respondeu rápido e direto: - Porque você não está evangelizando! Talvez você já tenha feito essa mesma pergunta e a resposta tem de ser a mesma. Há uma ideia errada que somente os lideres é que devem evangelizar e fazer discípulos. Ou a ideia igualmente errada de que “ovelha gera ovelha”. Na verdade todos os discípulos de Jesus devem se esforçar para ganhar o máximo possível de pessoas para Deus.
     Existem algumas marcas de uma Igreja que faz diferença. Dentre essas marcas a Igreja deve ter como centralidade a Palavra de Deus, ela deve ampliar sua visão de Deus, de si mesma e da sua missão (glorificar a Deus) e conectar-se com nosso tempo para que possamos alcançar os perdidos com uma abordagem adequada, sem comprometer a mensagem. Outra marca igualmente importante é a intencionalidade da evangelização.
     A igreja tem feito muitas coisas, mas a maioria deles é voltada para nós mesmos que já conhecemos a graça de Deus. Isso é importante, pois temos de viver em comunhão como família de Deus e crescer na fé, porém não podemos perder de vista que a vontade de Deus é “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4) e Ele conta com você. Por isso o apóstolo Paulo disse: “ai de mim se não pregar o evangelho!” (1Co 9.16).
     Há algumas razões para a omissão. Pode ser a secularização do coração, a preocupação com a autoimagem (rejeição), o sentimento de que não está preparado (insegurança). No entanto, creio que o motivo principal é a falta de intencionalidade em testemunhar da obra salvadora de Deus.
     Tomemos como exemplo o Diácono Filipe em Atos 8 de alguém que tinha a vida disposta para a evangelização. Nesse texto encontramos alguns aspectos:
     1) Diferentes movimentos, mesma direção: Para Fora. Filipe saiu de Jerusalém para Samaria. De Samaria para o caminho deserto – quanto evangelizou o eunuco Etíope. E desse caminho para Cesareia. O foco dele era claro: alcançar àqueles que ainda não ouviram a mensagem da Cruz. Dietrich Bonhoeffer disse que “a Igreja, só é Igreja, quando existe para os de fora”.
     2) Diferentes lugares, mesma tarefa: Anunciar. Nos vários lugares que Filipe foi, a partir de Jerusalém, seu foco era anunciar o Evangelho. Seja em Samaria, no caminho deserto ou Cesareia, ele sabia que tinha de anunciar o Cristo. Só Ele salva os perdidos de todos os lugares. Como bem sintetizou o apóstolo, “como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Para alcançar as pessoas próximas a nós precisamos atentar para os 3 Cs: (1) Converse com Deus – ore pelas pessoas. (2) Conecte-se com a pessoa – [a] busque se relacionar, [b] escute bem a pessoa e [c] encontre espaço para servir. Por fim, (3) Conte a sua história – dê testemunho do que Deus fez por você e continua fazendo.
     3) Diferente estratégias, mesma mensagem: Evangelho. Em Samaria e Cesareia Filipe pregou às multidões. Com o eunuco a abordagem foi pessoal. Mas a mensagem era a mesma: testemunhar da pessoa e obra de Cristo para a salvação.
     Você tem estado atento(a) e comprometido(a) com o interesse de Deus pela vida daqueles que lhe cercam?
     Pense em pessoas de seu círculo de relacionamentos e mova-se intencionalmente através dos 3 Cs.
Pr. Robson Rosa Santana
Adaptado de estudos do Pr. Ricardo Agreste