31 de dezembro de 2014

Expectativas para o Ano Novo


     Quais as suas expectativas para o ano novo?
Não entendo como aleatório esse ciclo de um ano em nossas vidas. Foi o próprio Deus Criador que fez que a terra desse uma volta em torno do sol em 365 dias (e algumas horas). Quando observamos o calendário dos hebreus (Israel nos seus primórdios) havia 12 meses, que variavam entre 29 e 30 dias, dando assim um total de 354 dias. Porém, para completar o ciclo, a cada 3 anos aproximadamente (7 vezes em 19 anos) era acrescentado um mês de 29 dias entre os meses de Adar e Nisã.
Isso é que se entende por estrutura da criação de Deus e assim Deus fez todas as coisas para serem direcionadas por Ele. É a questão da estrutura e direção. Deus fez todas as coisas assim, mesmo que o pecado tenha dado direção pecaminosa aos nossos pensamentos e ações, devemos buscar nEle o propósito dEle haver nos criado e adequar nossas vidas a seus planos.  
Portanto, esse ano que se incia é plano de Deus para o ser humano e que inclui a Sua Igreja. Parafraseando o Salmo 118.24, esse é o ano que o Senhor fez, regozijemo-nos e alegremo-nos nele.
Meus amados irmãos, creio que Deus tem bênçãos portentosas para nossas vidas, famílias, trabalho e igreja. Está escrito em Efésios 3.20 que nosso Deus é “poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”.
Esse é o nosso Deus. O único Deus. Pelo poder das suas palavras o universo foi criado. Foi ele que nos criou com o seu poder. É Ele que sustenta a sua criação por sua vontade sábia e soberana. Se relembrarmos apenas rapidamente veremos o poder de Deus levantado um povo exclusivo para Si, cuidando, sustentando, abençoando, zelando, com todo amor.
Nosso Deus é poderoso para fazer infinitamente mais! Por isso é preciso deixar de lado a incredulidade, o pessimismo, a apatia, o relaxo e crer que Deus vai fazer grandes coisas em nosso meio – por meio de nós.
Creio que Deus vai abençoar e estruturar ainda mais nossas famílias. Derramar chuvas de bênçãos sobre nossos trabalhos – que é projeto de Deus para nós, segundo a vocação que pôs em cada um. Que Ele vai despertar cada dia mais a nossa vida espiritual e que vivendo nós na presença de Deus e servindo a Ele com alegria e amor, muitos outros farão parte da nossa família cristã. Essa é a minha expectativa para o ano novo.

 Pr. Robson Rosa Santana

23 de setembro de 2014

Fazendo Discípulos Estrategicamente

Curso adaptado do livro Strategic Disciple Making, de Aubrey Malphurs

Link do livro em inglês: http://bit.ly/1riqOZC

Parte I – A Preparação para Fazer Discípulos
1. O que a Igreja está fazendo em termos de discipulado?
2. Discipulado: o que isso significa?
3. Quem faz discípulos?
4. Como Jesus fazia discípulos?
5. Como a Igreja fazia discípulos?

Parte II – O Processo de Fazer Discípulos
6. Como reconhecer um discípulo maduro?
7. Como a Igreja faz discípulos maduros (Parte 1)
8. Como a Igreja faz discípulos maduros (Parte 2)
9. Você está fazendo discípulos?
10. Como recrutar a equipe certa (Parte 1)
11. Como recrutar a equipe certa (Parte 2)
12. Como preparar um orçamento estratégico
13. Curso de Discipulado da IPB: Um Exercício


Para baixar a apostila, clique aqui: http://bit.ly/1uCHomY

13 de setembro de 2014

Independência e Morte

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” (Gl 5.1)

Há 195 anos atrás o filho de D. João VI levantou a sua espada às margens de um riacho chamado Ipiranga, em São Paulo, e disse: Independência ou morte. Cantamos hoje, até com lágrimas nos olhos, o hino do Brasil: Ouviram do Ipiranga às margens plácidas / De um povo heroico o brado retumbante / e o sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante.

O hino diz que o sol da liberdade brilhou naquele momento. Mas que liberdade foi aquela, uma vez que D. Pedro I, o filho do Rei de Portugal, continuou governando o país? Todos os outros países da América que conquistaram a independência ficaram livres das metrópoles, tornando-se Repúblicas, o Brasil continuou monarquia.

Nada mudou, de fato. O povo continuou do mesmo jeito que estava. Quem era escravo continuou sendo escravo. Quem era pobre continuou sendo pobre. Os grandes latifundiários continuaram governando o Brasil segundo os seus próprios interesses.

O que tem a ver isso conosco? Há cerca de dois mil anos o Filho de Deus encarnou e pagou o escrito de dívida que pesava sobre nós. Jesus pegou as nossas dívidas e encravou na cruz. Foi na cruz que nosso pecado foi pago, para que vivêssemos a verdadeira liberdade.

Jesus nos libertou do jugo da lei com todas as suas ordenanças. Jesus nos libertou do jugo do pecado. A Bíblia diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.” (Gl 5.1). Essas coisas que agora nos envergonham só de falar, Jesus Cristo já nos libertou de todas elas. Por isso Paulo diz: “Permanecei, pois, firmes”. Há uma tendência nossa de se adequar a alguns padrões desse mundo. Cristo já nos libertou, mas algumas pessoas e alguns pastores do rádio e da televisão nos dizem que além de Cristo é preciso ter algo mais. E tem muitos crentes à procura desse algo a mais.

Para estes, não basta ter Jesus. Tem de falar em línguas. Não basta ter Jesus. É preciso vestir terno e gravata ou toga. Não basta ter Jesus. Tem de ser rico e plenamente saudável. Essas coisas são jugos que os legalistas tentam colocar sobre as nossas vidas, e muitos estão tentando se adequar a elas. É preciso ficar firme contra esse tipo de coisa. Há igrejas que impõem uma cartilha de usos e costumes humanos e chamam isso de doutrina.

Contra esse legalismo e retorno à escravidão, a Palavra de Deus diz: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3:17). “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5.13). “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7.6).

Se nos curvarmos a esses tipos de coisas, estamos voltando à situação anterior. Por isso o alerta: “não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”. “E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão” (Gl 2.4).

O que ainda prende a sua vida? Jesus levantou a “espada” da graça, da misericórdia e do amor de Deus e declarou sobre o jugo e o poder do pecado: Independência e morte.

Pr. Robson Santana

14 de junho de 2014

Intencionalidade na Evangelização

     Certa feita uma jovem perguntou para seu pastor: - Por que a Igreja não está crescendo?. Ele respondeu rápido e direto: - Porque você não está evangelizando! Talvez você já tenha feito essa mesma pergunta e a resposta tem de ser a mesma. Há uma ideia errada que somente os lideres é que devem evangelizar e fazer discípulos. Ou a ideia igualmente errada de que “ovelha gera ovelha”. Na verdade todos os discípulos de Jesus devem se esforçar para ganhar o máximo possível de pessoas para Deus.
     Existem algumas marcas de uma Igreja que faz diferença. Dentre essas marcas a Igreja deve ter como centralidade a Palavra de Deus, ela deve ampliar sua visão de Deus, de si mesma e da sua missão (glorificar a Deus) e conectar-se com nosso tempo para que possamos alcançar os perdidos com uma abordagem adequada, sem comprometer a mensagem. Outra marca igualmente importante é a intencionalidade da evangelização.
     A igreja tem feito muitas coisas, mas a maioria deles é voltada para nós mesmos que já conhecemos a graça de Deus. Isso é importante, pois temos de viver em comunhão como família de Deus e crescer na fé, porém não podemos perder de vista que a vontade de Deus é “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4) e Ele conta com você. Por isso o apóstolo Paulo disse: “ai de mim se não pregar o evangelho!” (1Co 9.16).
     Há algumas razões para a omissão. Pode ser a secularização do coração, a preocupação com a autoimagem (rejeição), o sentimento de que não está preparado (insegurança). No entanto, creio que o motivo principal é a falta de intencionalidade em testemunhar da obra salvadora de Deus.
     Tomemos como exemplo o Diácono Filipe em Atos 8 de alguém que tinha a vida disposta para a evangelização. Nesse texto encontramos alguns aspectos:
     1) Diferentes movimentos, mesma direção: Para Fora. Filipe saiu de Jerusalém para Samaria. De Samaria para o caminho deserto – quanto evangelizou o eunuco Etíope. E desse caminho para Cesareia. O foco dele era claro: alcançar àqueles que ainda não ouviram a mensagem da Cruz. Dietrich Bonhoeffer disse que “a Igreja, só é Igreja, quando existe para os de fora”.
     2) Diferentes lugares, mesma tarefa: Anunciar. Nos vários lugares que Filipe foi, a partir de Jerusalém, seu foco era anunciar o Evangelho. Seja em Samaria, no caminho deserto ou Cesareia, ele sabia que tinha de anunciar o Cristo. Só Ele salva os perdidos de todos os lugares. Como bem sintetizou o apóstolo, “como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Para alcançar as pessoas próximas a nós precisamos atentar para os 3 Cs: (1) Converse com Deus – ore pelas pessoas. (2) Conecte-se com a pessoa – [a] busque se relacionar, [b] escute bem a pessoa e [c] encontre espaço para servir. Por fim, (3) Conte a sua história – dê testemunho do que Deus fez por você e continua fazendo.
     3) Diferente estratégias, mesma mensagem: Evangelho. Em Samaria e Cesareia Filipe pregou às multidões. Com o eunuco a abordagem foi pessoal. Mas a mensagem era a mesma: testemunhar da pessoa e obra de Cristo para a salvação.
     Você tem estado atento(a) e comprometido(a) com o interesse de Deus pela vida daqueles que lhe cercam?
     Pense em pessoas de seu círculo de relacionamentos e mova-se intencionalmente através dos 3 Cs.
Pr. Robson Rosa Santana
Adaptado de estudos do Pr. Ricardo Agreste

31 de maio de 2014

“O Reino dos céus é tomado por esforço”


Há muitos textos que são fáceis de compreender. Há outros em que sua interpretação é mais difícil. E há outros textos que não compreenderemos plenamente aqui, pois o próprio Deus resolveu não deixar mais claro para nós. Talvez na eternidade Deus queira revelar para nós. Talvez não.
Um desses textos difíceis de compreender são as palavras de Jesus em Mateus 11.12, quando Ele diz que o “reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Almeida Atualizada). O contexto dessas palavras de Jesus é o testemunho que Ele dá a respeito de João Batista. Primeiro, Jesus fala que João não era alguém que pertencia aos grupos privilegiados da sociedade, que vestiam roupas finas e morava em palácios. Pelo contrário, “as vestes de João eram feitas de pelos de camelo; ele trazia um cinto de couro e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre” (Mc 1.6). Em segundo lugar, Jesus deixa claro que João era um profeta. Na verdade, o maior dos profetas do Antigo Testamento, pois ele foi o mensageiro profetizado por Malaquias (Ml 3.1), que preparou o coração do povo judeu para a chegada do Messias prometido: Jesus. Como Jesus mesmo disse, “os profetas e a lei profetizaram até João” (Mt 11.13). João viu o Cristo Jesus, mas morreu antes de ver a obra completa da cruz e ressurreição. E em ultimo lugar, nesse testemunho sobre João (Mt 11.7-19), Jesus afirma que ele era o Elias profetizado em Malaquias 4.5. Não no sentido da reencarnação, mas significando “no espírito e poder de Elias” (Lc 1.17), ou seja, esses dois profetas foram os mais semelhantes na Bíblia.
Expostos estes fatos, qual o sentido de “reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”. A expressão “tomado por esforço” é a tradução do verbo grego biazetai, que está na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo na voz média ou passiva. Se ele estiver na passiva, significa que o reino de Deus é forçado, querendo dizer que homens violentos o tomam pela força. Se estiver na voz média, pode-se traduzir por “força seu caminho” como um vento impetuoso. Robertson, na obra Words Pictures, conclui a análise desse verso dizendo que “estas difíceis palavras de Jesus significam que a pregação de João levou uma multidão violenta e impetuosa a reunir-se em torno de Jesus e seus discípulos”.
Diante do exposto e das palavras de Jesus que aqueles se “esforçam se apoderam dele”, entendo que tomar posse do reino exige esforço. Parece estranho para nós essa frase porque temos uma compreensão da salvação pela graça como se isso não exigisse esforço e abnegação para sermos santos e vencermos as tentações e provações aqui neste mundo. Palavras semelhantes de Jesus foram registradas por Lucas: “A lei e o profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo pregado o reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele” (Lc 16.16).

Na sua série de estudos bíblicos, John MacArthur Jr. (Mateus: a vinda do Rei, Editora Cultura Cristã, p.44) explica que a expressão “o reino dos céus é tomado por esforço” é mais bem traduzida como “o reino move-se para adiante e incansavelmente, e apenas os incansáveis forçam o seu caminho para ele”. Matthew Henry comenta de forma mais prática e devocional sobre essa verdade. Ele diz que isso “mostra o fervor e o zelo que são exigidos de todos aqueles que desejam fazer do céu a sua religião. Observe que os que desejam entrar no Reino dos céus devem se esforçar para consegui-lo; este reino é vítima de uma violência sagrada; o próprio ser deve ser negado, as tendências e a inclinação, a estrutura e o estado de espírito da mente devem ser alterados; há sofrimentos que devem ser suportados, uma força deve ser colocada sobre a natureza corrupta; devemos correr, lutar, combater, e sofrer agonias, e tudo isso não será suficiente para obter um prêmio como este e para vencer a oposição de fora e de dentro. ‘Os que se esforçam se apoderam dele’. Aqueles que têm interesse pela grande salvação são levados na direção dela com um desejo forte, e a terão mediante quaisquer condições, e não as acharão difíceis nem se deixarão levar sem uma benção (Gn 32.26). Aqueles que quiserem assegurar o seu chamado e eleição deverão se diligentes. O Reino dos céus nunca teve a intenção de tolerar a tranquilidade dos levianos, mas de ser o descanso daqueles que trabalham. É uma visão abençoada. Oh! Se pudéssemos enxergar mais, não uma disputa irada lançando os outros para fora do Reino dos céus, mas uma disputa sagrada, na qual todos são lançados para dentro dele!” (Mateus, CPAD, v.1, p.138).
Você está se esforçando para tomar posse do Reino?

Pr. Robson Rosa Santana

24 de março de 2014

O sucesso crescente dos filmes de super-heróis



1. O SURGIMENTO DOS SUPER-HERÓIS DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Os super-heróis são personagens de ficção que possuem poderes sobre-humanos ou habilidades adquiridas que buscam o interesse público, ou seja, têm por objetivo a defesa do bem, a busca da paz, combater o crime. Enfim, lutar contra todo tipo de mal. Segundo Maria Ignês Carlos Magno e Rogério Ferraraz, “os super-heróis são produtos culturais próprios da sociedade da era industrial”.[1]
O surgimento desse tipo de ficção de super-heróis não é fácil de definir. Antes de 1938 houve personagens heroicos como Pimpinela Escarlate (1903), Tarzan (1912), Dr. Syn (1915), Zorro (1919), Buck Rogers (1929) e Flash Gordon (1934), dentre outros, mas ainda no formato Pulp ou em tiras de jornal.  
As que perduram até hoje vem do contexto da Depressão de 1929, como Super-Homem, e do pós inicio da 2ª Guerra, como Capitão América; Homem Aranha surge na década de 1960; citando apenas alguns exemplos. Todos eles são frutos de seus contextos, ou seja, têm uma ideologia política, por isso não podem ser vistos apenas como entretenimento infantil. Capitão América, por exemplo, depois da II Guerra desapareceu em 1948, voltou, saiu de circulação novamente e ressurgiu em 1964 em outro contexto de liberdade sexual, de gênero, guerra do Vietnã, etc. No capítulo 1, do livro Cinema e Fé Cristã, que trata sobre “História e Mitologias”, Brian Godawa afirma que a humanidade usa as histórias “para dar um sentido e um propósito à vida”, e que “um exemplo de adaptação mitológica em nossa sociedade secular pode ser visto nos heróis das histórias em quadrinhos”.[2]

2. O SUCESSO DOS SUPER-HERÓIS NO CINEMA

Havia muita dúvida quanto ao sucesso ou lucro dessas HQs de super-heróis no formato de filmes. A Era Reagan protagonizou a diluição total entre política e entretenimento, fruto do pós-modernismo. Houve um deslocamento do sujeito, a crise de identidade. Desse modo, “tais filmes trazem de forma exemplar as características e os elementos apontados como fundamentais para se compreender as fraturas de identidade potencializadas na e pela cultura midiática contemporânea”.[3]
Superman foi o primeiro em 1980 e desencadeou uma série de adaptações de outros super-heróis. A tendência moderna intensificou-se a partir do ano 2000 com X-Man, Homem Aranha (2002) e novamente Superman (2002), dentre outros. Segundo o site Adoro Cinema, há uma lista de 12 filmes de super-heróis para serem lançados entre 2013 e 2015: Homem de Aço (2013), Wolverine Imortal (2013), Kick-Ass (2013), Thor: O Mundo Sombrio (2013), Capitão América - O Retorno do Primeiro Vingador (2014), O Espetacular Homem-Aranha 2 (2014), X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014), Tartarugas Ninja (2014), Guardiões da Galáxia (2014), Quarteto Fantástico (2015), Os Vingadores 2 (2015), Homem-Formiga (2015).[4]
O artigo da BBC World News What's behind the current success of superhero movies? (O que está por trás do atual sucesso dos filmes de super-heróis?) tenta trazer algumas respostas para a questão, pois o sucesso é inegável. Apenas em 2006 – quando o artigo foi escrito, os filmes O Cavaleiro das Trevas, Homem de Ferro, Hancock, O Incrível Hulk e Hell Boy 2 faturaram mais de 2 bilhões de dólares somente nos Estados Unidos.[5] Ainda conforme esse artigo, “alguns acham que a crise econômica fez os americanos famintos pelo escapismo de super-herói e é por isso que tem sido tão popular”.[6] Essa conclusão deve-se ao fato de que alguns acham que há uma estreita relação entre as incertezas na área econômica e o sucesso dos filmes de super-heróis.
Existem outros aspectos que vão além do cenário americano, uma vez que o sucesso tem se tornado global, estimado em mais de 60 países. Lauren Schuker afirma: “eles realmente têm um presença internacional de um modo que outras franquias não o têm. Então eu acho que nós vamos começar a ver uma enorme quantidade desses filmes nos próximos anos, e em adição, filmes desse tipo que combinam diferentes super-heróis juntos”.[7]
No artigo Why are Superhero Movies so popular? (Por que os filmes de super-heróis são tão populares), o site Wisegeek afirma o reavivamento do gênero no cinema, e que o sucesso tem ultrapassado as expectativas. Segundo o site, os filmes de super-heróis tem alcançado o top das 6 maiores bilheterias – dentre 12 – na semana de estreia de filmes.[8] Assim como no artigo da BBC, este artigo diz que uma das possíveis causas é o escapismo. Segundo a Wisegeek, os filmes de super-heróis,

são tradicionalmente concebidos para ser uma mistura de educação e entretenimento, e os filmes de super-heróis tendem fortemente para o último elemento. Esses filmes tendem a ser potências de ação, acrobacias e emoção, envolvendo o público em um mundo colorido e totalmente realizado. Assistir a um filme de super-heróis é uma grande oportunidade para relaxar e não pensar em stress ou coisas difíceis em sua vida.[9]

Como já nos situamos em relação à questão histórica de dois heróis das HQs, Superman e Capitão América, da mesma forma os filmes de super-heróis surgem em contextos históricos que não podem ser desprezados. O sucesso dessa etapa pós ano 2000 também precisa ser considerado sob a perspectiva das Guerras do Iraque e Afeganistão em 2002, e com isso os problemas dos conflitos armados. E os super-heróis assemelham-se a oficiais militares que através da violência justificada – ou não - procuram estabelecer a paz e a vida normal. Desse modo, “alguns membros do público podem estar relacionados a este conceito, quer a nível pessoal ou em relação às suas ideias sobre a guerra e todas as situações do mundo atual”.[10] Os super-heróis são figuras que inspiram à esperança em tempos difíceis. Promovendo assim a ideia de paz, segurança e liberdade.
Ainda conforme artigo acima, “além dos motivos globais e psicológicos, filmes de super-heróis são apenas um monte de diversão. Desde o sucesso dos primeiros exemplos recentes do gênero, como X-Men e Homem-Aranha, a indústria cinematográfica de Hollywood começou investindo enormes quantias de dinheiro para os filmes, com grande retorno”.[11] Segundo o crítico Ricardo Calil, na revista Bravo (2007):

Ao longo de sua fantástica trajetória ficcional, os super-heróis das histórias em quadrinhos salvaram a mocinha, a América e a humanidade inúmeras vezes. Na vida real, eles têm agora uma missão mais prosaica, mas nem por isso menos exigente: tirar a indústria cinematográfica americana de uma das maiores crises de sua história e acalmar os inseguros executivos de Hollywood, amedrontados pelo avanço das novas tecnologias e da pirataria.[12]

Não se pode desconsiderar que existam outros motivos para os sucessos desse gênero. Para os amantes das HQs, por exemplo, uma história no papel ao ser passada para as telas com altas tecnológicas e efeitos especiais, é um sonho realizado. Ainda segundo Godawa, “A proliferação de histórias em quadrinhos que acabam sendo adaptadas para o cinema é um sinal de que existe uma fome contemporânea pelo culto aos heróis, o desejo de redenção por meio de atos salvífico de uma divindade”.[13]

3. ELEMENTOS DA CRIAÇÃO NOS FILMES DE SUPER-HERÓIS

A partir daqui iremos fazer uma análise dos filmes de super-heróis sob a ótica bíblica da criação-queda-redenção. Como seres humanos criados à imagem de Deus, não podemos fugir do nosso referencial existencial, que é Deus. A isso chamamos de análise teorreferente. Usando as palavras de Davi Charles Gomes, “a ideia da ‘teo-referência’ da realidade é usada aqui em contraste com a ideia de que a realidade pode ser conhecida tendo o homem como ponto de referência final”.[14] Positivamente ou negativamente, quanto as suas ações, os homens sempre refletem uma vida orientada por Deus conforme as Escrituras ou agem em emancipação pecaminosa contra Deus. Deus é sempre a referencia para analisar as ações e subcriações humanas, incluindo as histórias de super-heróis no cinema. Vamos então para alguns paralelos do primeiro elemento bíblico: aspectos criacionais.
A própria criatividade dos autores e empresas ligadas a esse ramo editorial, e agora cinematográfico, revela um aspecto de subcriação.
As regras são implícitas, existencialmente falando, envolvendo os contextos históricos da América e do mundo, como as guerras ou questões socioculturais. No entanto, para serem considerados super-heróis, alguns personagens ultrapassam as regras das leis da física humana, seja de modo “natural”, como Superman, ou fruto de resultados aleatórios de pesquisas científicas, como Homem-Aranha e Hulk. Ou ainda, habilidades adquiridas pela “evolução” como Wolverine ou com ajuda de tecnologias como Batman, Homem de Ferro e Flash Gordon.  
Outro aspecto criacional é a beleza plástica desses filmes, além das novas tecnologias de materiais, há a qualidade fantástica dos efeitos especiais feitos em altas tecnologias da computação gráfica (CG).
Embora todos os super-heróis, sejam eles descendentes de subdeuses como Thor ou Superman, como não são como o Deus da Bíblia, perfeito em todas suas virtudes, ou heróis surgidos de mutações genéticas, eles apresentam falhas, e de alguma forma, tentam aperfeiçoar-se.
Podemos ainda destacar, dentro desse tópico, as ideias de unidade que os super-heróis geram. Eles unem as pessoas por causa do bem comum que trazem a uma sociedade, país ou, até mesmo, o mundo. E quando os super-heróis se unem, a representatividade deles aumenta junto a opinião pública, seja ficcionalmente ou realisticamente, a exemplo dos Vingadores da Marvel. Quanto ao anseio por esses filmes e aquilo que representam, há até uma frustração dos fãs das HQs quanto a não efetividade de filmes baseados na Liga da Justiça, da DC Comics.

4. ELEMENTOS DA QUEDA NOS FILMES DE SUPER-HERÓIS

O aspecto mais considerável dos super-heróis é o fato deles, pelo menos a maioria, terem superpoderes que são usados para o bem público. E isso leva ao aspecto idolátrico nessas subcriações e na vida real, quando o fanatismo chega ao ponto da idolatria. Pois há uma intencionalidade dos criadores dos super-heróis em divinizar seus personagens.
O último filme do Superman – Homem de Aço (2013) - levantou de forma bem clara os paralelos do personagem com Jesus Cristo. Ele de alguma forma se torna mediador dos homens. Grant Morrison, no livro Superdeuses, afirma: 

O Super-Homem foi criado para ser mais forte, rápido e durável que qualquer ser humano. Ele é mais real que nós. Escritores vêm e vão, gerações de artistas o interpretam, e ainda assim algo persiste, algo que é sempre Superman. Nós temos que nos adaptar às regras dele, se quisermos adentrar seu mundo. Nunca podemos mudá-lo demais, ou perdemos o que ele é. Há um grupo persistente de caraterísticas que definem o Super-Homem, através de décadas de vozes criativas. O personagem possui essa qualidade essencial e imutável, em qualquer de suas encarnações. E isso tem nome: divindade.[15]

Há distorções sexuais e vaidade a exemplo do Homem de Ferro. Há vingança no Homem Aranha. Ira e descontrole no Hulk. Rebeldia no Thor. Culpa no Capitão América, por exemplo. Pastores tem pregado uma série de estudos falando da supremacia de Cristo sobre essas pretensas divindades falíveis e pecaminosas, intitulada Mais que um Vingador.[16]
Sejam bem intencionados ou não, vê-se muita violência física e verbal. O filão no mercado cinematográfico tem gerado um consumismo exacerbado. Há uma rede de comida rápida (fast food) que já atrela aos seus lanches bonecos dos personagens. Brinquedos, camisetas e outros apetrechos são comercializados globalmente.
 Farraraz e Magno depois de falar de algumas cenas de Homem Aranha 3 e Superman afirmam da grande vaidade que há nesses super-heróis ante seus feitos.[17]

5. ELEMENTOS DA REDENÇÃO NOS FILMES DE SUPER-HERÓIS

Segundo Brian Godawa, “a narrativa de histórias nos filmes resume-se à redenção, isto é, à recuperação de algo perdido ou obtenção de algo necessário”[18]. E continua: “os filmes podem ser basicamente histórias, mas essas histórias são no final, no fundo, acima de tudo quase sempre a respeito da redenção”.[19] É óbvio que o sentido de redenção aqui nem sempre corresponde ao sentido bíblico, mas há paralelos na busca de significado e esperança, eternidade, que mesmo sendo desfocado da verdade bíblica, tornam-se uma “redenção” humanista.
O surgimento do Superman lembra a encarnação e a vida de Cristo. O último filme (2013) fez questão de remontar aos aspectos originais desse super-herói. De alguma forma ele é o mediador entre a humanidade e seu pai Jor-El (El em hebraico significa deus). Os super-heróis representam em sua maioria deuses. Na verdade, a maioria dos super-heróis salvam a mocinha, a América ou o mundo. Como entretenimento, essas narrativas fazem um recorte da realidade, um momento sabático (descanso), apontando para a esperança do descanso celestial na eternidade (cf. Hb 4.9-11). Enfim, na maioria dos filmes há sempre aspectos redentivos, nos de super-heróis ficam mais evidentes.

6. APLICAÇÕES

6.1 Doxológica 
Devemos assistir filmes in coram Deo, na presença de Deus. Como diz 1 Coríntios 10.31: “ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. Nenhuma subcriação é neutra, especialmente aquelas que são escritas pelas pessoas. Como já dissemos, é preciso levar em conta o contexto histórico, social, psicológico e religioso dessas obras, pois sempre tem uma mensagem, clara ou implícita (tácita), para passar.

6.2 Eclesiológica
Como nenhum filme é neutro, de uma forma ou de outra é passada para as telas a cosmovisão do escritor/roteirista, por isso é preciso estar atento para a mensagem essencial dos filmes, que em sua maioria ficam implícitos. Por exemplo, ao analisar o cerne do filme Wolverine Imortal (2013), chega-se à conclusão que aqueles deuses falsos clássicos estão evidentes na história: dinheiro, sexo e poder. Sendo que o poder e dinheiro tentam desenvolver avanços tecnológicos que alcancem a imortalidade.
Além do mais, olhando para o outro lado da tela, para os expectadores, é necessário estar alerta contra o vício, a idolatria e o escapismo (fuga da realidade material e espiritual). Como diria Godawa, não devemos ser glutões culturais, nem anoréxicos culturais, mas devemos buscar assistir filmes com sabedoria e discernimento. Pois “um dos propósitos da arte é estimular a discussão de crenças e valores, para nos engajarmos em um discurso existencial mútuo”.[20] Por outro lado, há situações que é preciso deixar de assistir se de fato não trouxer nenhuma edificação, se não for conveniente ou dominar a vida da pessoa (1 Co 6.12; 10.23).

6.3 Missiológica
A ponte missiológica que podemos extrair dos filmes é analisar qual a proposta redentora que eles apresentam. No caso dos filmes de super-heróis, eles evocam aspectos quase divinos ou até mesmo divinos através de seus superpoderes, que embora ficcionais, despertam “o desejo de redenção por meio de atos salvífico de uma divindade”.[21]
A Igreja de Cristo, conhecedora do único meio de salvação da humanidade, deve analisar os “falsos redentores” e proclamar que somente Jesus salva verdadeiramente os pecadores (Jo 14.6, 1Tm 2.5).
No entanto, é preciso destacar o aspecto subjetivo de cada pessoa. Alguns estão plenamente conscientes que histórias e filmes são entretenimentos, mesmo que contenha uma cosmovisão embutida, e são apenas recortes da realidade que trazem momentos de satisfação e alegria. Quanto às aplicações práticas, é preciso tomar cuidado com o excesso de contextualização da mensagem. Por exemplo, no caso citado anteriormente sobre a série de mensagens baseadas nas falhas de caráter dos vingadores, a vinheta de chamada para assistir a série dizia que eles precisam de um salvador. A pergunta que se faz é: como personagens de ficção podem ser salvos?[22]

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Creio que o ponto geral a se destacar sobre super-heróis é que a humanidade nunca passou sem eles. Na Antiguidade clássica existiam os deuses e semideuses. Nos séculos seguintes tivemos os heróis da literatura, nem sempre superpoderosos, mas sempre em atitudes de superação. De alguma forma o ser humano projeta nos heróis em geral o que não são na vida real, sempre se imaginando senhor das circunstâncias, podendo revertê-las ao seu bel prazer.
Em tempos recentes, os super-heróis têm sido retratados mais em sua humanidade, como no último Homem de Ferro (quase que o filme todo sem a armadura). Outro é O Homem Aranha 2, onde Peter Parker perde temporariamente seus poderes. Outro ponto a ser destacado nesse sentido é a figura do anti-herói, onde não se tem mais um padrão moral perfeito, apenas atos que se julgam justos para servir ao bem da sociedade. As pessoas entendem que o bem pode ser praticado por quem é mal (o que é até verdade biblicamente falando), mas pior que isso, sentem-se atraídas por aqueles que equilibram uma personalidade má, com atos de justiça.
Finalmente, os heróis evocam a realidade de que precisamos de socorro, e como uma boa ficção, esses personagens provam o que “a força do homem nada faz, sozinho está perdido”. Mais do que projetar a força que se almeja, os autores projetam a fraqueza da humanidade, sempre desprotegida diante de catástrofes, violência e injustiça. Seres que não existem aliviam falsamente por algumas horas essas sensações reais da vida cotidiana. Eles apontam para a necessidade de um verdadeiro salvador, que não é superpoderoso, mas Todo-Poderoso.

Robson Rosa Santana

Revisão e sugestões:
Adalberto do Amaral Ribeiro Taques

Notas



[1] MAGNO, Maria Ignês Carlos, FERRARAZ, Rogério. Super-heróis ou celebridades midiáticas? Crise de identidade e suas representações em filmes do Homem-Aranha e do Super-Homem. In: Comunicação, Mídia e Consumo. São Paulo, Vol. 6, N° 6, p. 129-147, Jul. 2009. p.135.
[2] GODAWA, Brian. Cinema e Fé Cristã: vendo filmes com sabedoria e discernimento. Trad. Jarbas Aragão, Viçosa (MG): Ultimato, 2004, p.26.
[3] MAGNO e FERRARAZ. Super-heróis ou celebridades midiáticas?, p.138.
[4] 12 novos filmes de super-heróis dos quadrinhos. Disponível em: http://www.adorocinema.com/materias-especiais/filmes/arquivo-100288/. Acesso em: 02 set. 2013.
[5] Disponível em: http://www.bbcworldnews.com/Pages/ProgrammeFeature.aspx?id=41&FeatureID=901. Acesso: 26 ago. 2013.
[6] Ibid.
[7] Ibid.
[8] Ver artigo online em: http://www.wisegeek.com/why-are-superhero-movies-so-popular.htm. Acesso: 26 ago. 2013.
[9] Ibid.
[10] Idid.
[11] Ibid.
[12] MAGNO, Maria Ignês Carlos, FERRARAZ, Rogério. Super-heróis ou celebridades midiáticas? Crise de identidade e suas representações em filmes do Homem-Aranha e do Super-Homem. In: Comunicação, Mídia e Consumo. São Paulo, Vol. 6, N° 6, p. 129-147, Jul. 2009. p. 139.
[13] GODAWA. Cinema e Fé Cristã, p.28.
[14] GOMES, Davi Charles. A metapsicologia vantiliana: uma incursão preliminar. In: Fides Reformata XI:1 (2006), p. 116, nota 14.
[15] MORRISON, Grant. Superdeuses. 1ª Ed. Trad. Érico Assis. São Paulo: Seoman, 2012. 496p.
[16] Veja a série ministrada em algumas Igrejas Presbiterianas: Campolim: www.comunidadecampolim.com.br/palestras_em_categoria.php?id=42.  Chácara Primavera: http://www.chacaraprimavera.org.br/serie-de-palestras/mais-que-um-vingador-a-supremacia-de-cristo-sobre-todos. Esta série tem sido ministrada em várias outras igrejas.
[17] MAGNO e FERRARAZ. Super-heróis ou celebridades midiáticas? p.142.
[18] GODAWA. Cinema e Fé Cristã, p.15.
[19] Ibid.
[20] GODAWA. Cinema e Fé Cristã, p. 223.
[21] Ibid., p.28.
[22] O vídeo de chamada da série está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=2sq39DMJBu8. Acesso em: 04 set. 2013.

7 de março de 2014

A Importância da Mulher na Bíblia - Dia Internacional da Mulher

  O dia 08 de março é reconhecido internacionalmente como Dia da Mulher. Neste dia de 1857 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York fizeram greve por melhores condições de trabalho e salário. Foram reprimidas com total violência. Trancaram-nas na fábrica que foi incendiada, morrendo cerca de 130 mulheres. A ONU oficializou essa data em 1975. À parte desses eventos históricos que buscaram igualdade e dignidade para as mulheres, o que a Palavra de Deus tem a nos dizer sobre elas?
   1) Deus criou homem e mulher com dignidade igual. A mulher não é inferior ao homem. Homem e mulher foram feitos à imagem de Deus. Por muito tempo e até hoje, as mulheres sofrem o preconceito por ser mulher. Em estatísticas do passado, somente os homens eram contados. Religiosos judeus da antiguidade todos os dias agradeciam a Deus por não nascer “pagão”, e por não nascer mulher. Até pouco tempo atrás as mulheres não estudavam. Somente aprendia a ser uma boa esposa e boa dona de casa, em face do preconceito sexual masculino. Pedro nos diz que homem e mulher são herdeiros da mesma graça de Deus (1 Pe 3.7).
   2) Mas Deus criou homem e mulher diferentes. Se não houvesse diferença nenhuma entre homem e mulher, Deus criaria somente o homem. Mas Deus diz que não era bom que o homem (macho) esteja só, assim criou a mulher. Uma pessoa só se completa com alguém do sexo oposto. Isso se refere ao casamento entre um homem e uma mulher.
   E aqui entra algumas funções das mulheres: esposa, mãe, dona de casa (ou orientadora). Quanto ao papel do marido, a Bíblia nos instrui quanto ao trato da mulher como esposa e dona do lar. “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida” (1 Pe 3.7). (A) o marido deve participar do andamento de sua casa. Não deve ser omisso ou aproveitador. (b) O marido deve conhecer a sua mulher – ela pensa e age diferente. É mais frágil, não na dignidade ou inteligência, mas no emocional  e na força física (homem que violenta mulher é covarde). E ele deve (c) tratá-la com dignidade. A mulher é preciosa, Ela tem seu valor. Que Deus lhe deu.
   3) A mulher deve continuar lutando para conquistar essa igualdade. Até o século retrasado (XIX), as mulheres não estudavam. O pai escolhia os maridos para as filhas, por interesses os mais diversos, principalmente, status na sociedade e estabilidade financeira. Somente em 1932 as mulheres adquirem o direito de votar e serem votadas no Brasil. Hoje as adolescentes colhem os frutos das lutas dos direitos à igualdade das mulheres.
   De fato, se as mulheres executam os mesmos trabalhos devem ganhar o mesmo que os homens. AS mulheres devem continuar lutando para que seus direitos constitucionais sejam, de fato, cumpridos. (CF. Art 5º, Inciso I: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.
   Conselhos às Mulheres:
  1) Lutar por igualdade é justo, mas não queira ser superior ao homem. Cuidado com o feminismo exagerado. Igualdade é uma coisa, querer ser superior ao homem é inverter os papéis. Há mulheres que têm aversão, raiva dos homens.
   2) Cuidado para não se sobrecarregar com os trabalhos dentro e fora de casa. Há mulheres cansadas, desanimadas com a vida, por causa do excesso de trabalho. Lembre-se: Você tem de cuidar do marido como ESPOSA. Você tem de cuidar dos filhos como MÃE. Você tem de cuidar/administrar a CASA. Trabalhe fora, mas se não houver tanta necessidade, não se afadigue demais. Se capacite o mais que você puder. Estude o quanto você puder. Mas cuidado com o estresse. É preciso ver se vale a pena. Pondere nessas questões. Deus abençoe o seu dia.

Pr. Robson Rosa Santana

Para meditação:
 “A mulher foi feita de uma costela tirada do lado de Adão; não de sua cabeça para governar sobre ele, nem de seu pé para ser pisada por ele; mas de seu lado, para ser igual a ele, debaixo de seu braço para ser protegida, e perto de seu coração para ser amada”. 
(Matthew Henry)


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